
Em um mundo onde tecnologia avançada, pesquisas científicas e inteligência artificial caminham lado a lado, Alma-chan wa Kazoku ni Naritai 「アルマちゃんは家族になりたい」 nos convida a olhar para além dos circuitos e algoritmos. O anime parte de um cenário sci-fi familiar — robôs autônomos, gênios excêntricos e descobertas revolucionárias — para contar algo muito mais humano: o desejo de pertencer e formar uma família.
Entre laboratórios, discussões científicas e pequenas rotinas do dia a dia, Alma nasce como uma androide guiada pela missão de aprender, observar… e sentir. Baseado no web mangá de Nanateru, o anime estreou no dia 5 de outubro, com adaptação do Studio Flad para 11 episódios. Com um tom leve e formato episódico, a obra explora laços familiares pouco convencionais. Embarca comigo?
Ficha técnica de Alma-chan wa Kazoku ni Naritai
Anime: Alma-chan wa Kazoku ni Naritai (Alma-chan Wants to Have a Family!)
Gênero: Sci-Fi e Comédia
Número de Episódios: 11
Estreia: 5 de outubro de 2025
Estúdio: Studio Flad
Adaptação: web mangá de Nanateru
Alma é uma androide criada por dois cientistas brilhantes, extremamente orgulhosos e emocionalmente desajeitados: Kamisato Enji e Yobane Suzume. Apesar da parceria profissional, os dois vivem em constantes conflitos pessoais, enquanto escondem o que sentem um pelo outro em provocações diárias. É nesse ambiente caótico que Alma passa a observá-los como figuras parentais, tentando entender o que é amor, família e convivência humana. A cada episódio, ela aprende algo novo — seja na escola, entre amigos ou dentro de casa.
Review de Alma-chan wa Kazoku ni Naritai
Quem acompanhou minhas primeiras impressões da temporada de animes de outubro, sabe que Alma-chan wa Kazoku ni Naritai entrou na lista depois que a seleção já estava encerrada. A fofura de uma protagonista criada a partir de uma combinação entre robótica e inteligência artificial para replicar os sentimentos humanos foi maior do que a quantidade de obras que separei para acompanhar.
Desde o primeiro episódio, é difícil não se encantar. Alma é absurdamente fofa, e sua dublagem, na voz de Tsukishiro Hika, reforça ainda mais essa sensação. Cada interação com seus “pais” cientistas parece genuinamente calorosa, assim como a dinâmica familiar improvisada que começa a ganhar forma.
A introdução de personagens secundários, como a “tia” Toki (irmã mais nova do Enji) e a cientista Omoikane Tokoyo (aka Toko e kouhai da Suzume), amplia esse universo acolhedor sem quebrar o tom relaxante. No episódio 3, quando Alma começa a frequentar a escola — tanto para ampliar sua base de conhecimento sobre as interações humanos quanto para expandir o escopo familiar — o anime abraça de vez o formato slice of life. Cada episódio funciona como um relatório, que reflete as descobertas diárias de Alma em suas convivências.
Fofura, rotina e um leve déjà vu
Ao longo da temporada, porém, surge uma leve sensação de repetição: muitos episódios seguem estruturas semelhantes e sem uma narrativa principal por trás como apoio, o que pode gerar a sensação de déjà vu. Pode até ser uma abordagem intencional, já que o foco está na rotina e no crescimento emocional de Alma.
O último episódio é o único que traz uma leve reviravolta. O anime revela parcialmente o passado de Suzume e Enji — dos tempos de escola até os dias atuais — e como os dois se complementam no trabalho apesar da constante troca de farpas.
⚠️ >> Alerta de spoiler!
O reconhecimento internacional do trabalho de Enji e Suzume leva a família para os EUA, mas a ausência dos dois faz Alma sentir solidão pela primeira vez de forma mais intensa. Afinal, como ela é uma androide que replica as emoções humanas, Alma se sente como qualquer criança humana na idade dela se sentiria. A decisão de voltar ao Japão e priorizar a família fecha o arco de um jeito simples, mas extremamente satisfatório.
Alma-chan wa Kazoku ni Naritai pode não ser o anime mais memorável da temporada. É uma obra doce, leve e reconfortante, que funciona como uma boa companhia quando você só quer algo fofo e relaxante, com um toque sci-fi e pitadas de humor. Algumas tramas são totalmente previsíveis, outras nem tanto, e a maioria rende algumas cenas hilárias.
Se ao invés de aprendizados do dia a dia, você prefere mergulhar nas descobertas do primeiro amor, Suki na Ko ga Megane wo Wasureta pode ser o próximo da sua lista. ˆ-ˆv