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[Review] Witch Watch: magia, risadas e caos sob o mesmo teto

Anime Witch Watch com Keigo e Nemu andando ao ar livre

Abra a janela, olhe para fora, respire fundo e sinta o cheiro de poções fervendo, porque Witch Watch 「​​ウィッチウォッチ」 chegou para transformar a rotina em uma deliciosa bagunça mágica. Entre feitiços que dão certo ou viram puro caos, o anime explora um humor tão absurdo que é quase impossível conter as risadas. Cada episódio é um convite para rir alto, se apaixonar pelos personagens e lembrar que até os encantamentos atravessados podem nos levar aos momentos mais divertidos.

Com 25 episódios exibidos entre 6 de abril e 5 de outubro de 2025, Witch Watch é uma produção encantadora do Bibury Animation Studios, que adapta o mangá de Shinohara Kenta Shinohara. A história combina elementos clássicos de magia com situações cotidianas modernas e tudo isso com o carisma de um elenco que parece saído de uma sitcom sobrenatural. Embarca comigo?

🧙‍♀️Ficha técnica de Witch Watch

Anime: Witch Watch

Gênero: Comédia e Fantasia

Número de Episódios: 25

Estreia: 6 de abril de 2025

Estúdio: Bibury Animation Studios

Adaptação: mangá de Shinohara Kenta


Após seis anos de treinamento, a bruxa Wakatsuki Nico retorna à cidade onde costumava viver com seu amigo de infância. Agora, ela precisa apontar um familiar para protegê-la. E o escolhido é Otogi Morihito, aka Moi-ちゃん, um ogro com força sobre-humana e paciência de santo para lidar com suas frequentes trapalhadas. Os dois passam a viver juntos sob o mesmo teto, enquanto outros guardiões — um tengu, um lobisomem e um vampiro — se unem ao grupo. Entre explosões mágicas, transformações estranhas e uma profecia misteriosa, cada dia se torna uma mistura de humor, caos e magia.

Review de Witch Watch

Witch Watch é uma verdadeira caixinha de surpresas. O anime começa como uma comédia leve, tentando encontrar os ingredientes certos para conquistar sorrisos enquanto se posiciona no centro do palco. É tanto Moi-ちゃん pra lá e pra cá nos primeiros episódios, que parece não ter forças para ir além de um passatempo. Mas como diz o ditado “nem tudo é o que parece”, o início era apenas a superfície.

Se a primeira impressão é a que fica, Witch Watch já derruba essa lógica. O que começa com todo o jeito de virar apenas mais um anime da lista logo entra no modo mudança de planos:  carisma transbordando pra cá, personagens memoráveis pra lá e a comédia dispersando o excesso de Moi-ちゃん por uma sequência de cenas engraçadas. 

O humor é o ponto alto: inteligente, autodepreciativo e repleto de referências a outros animes (e até filmes) e clichês do gênero. E ganha ainda mais força quando a dupla se transforma em um grupo improvável, abrindo espaço para novos moradores com a chegada de Kanshi, Keigo e Miharu no episódio 12. É a partir daqui que o anime começa a brilhar para valer, além de trazer algumas revelações sobre Keigo e um tom mais emocional, sem deixar a comédia de lado. Afinal, a convivência entre diferentes personalidades que passam a viver sob o mesmo tempo rende cenas de puro ouro cômico, e momentos de ternura genuína. 

Todos os personagens marcam, cada um com sua personalidade excêntrica, mas dois conquistaram o coração e roubaram o protagonismo no quesito romance (mesmo que nada tenha se desenvolvido ainda): o irresistivelmente cool Magami Keigo e a doce Miyao Nemu. Não por acaso os dois aparecem na imagem de destaque do post.

Momentos engraçados não faltam

Se tem um quesito que Witch Watch não economiza é encontrar meios de arrancar gargalhadas. Um dos episódios mais divertidos é quando Nico e Kanshi tentam virar youtubers e falham gloriosamente. E o que dizer da lendária cerimônia do chá? O que, em outros contextos teria uma abordagem mais serena, aqui é digna de um troféu de comédia.

Os feitiços da Nico não ficam para trás. Até mesmo os mais bobinhos, e aparentemente inofensivos, ganham proporções hilárias: 

  • Kanshi no modo turbo 10x mais rápido para tentar ganhar dinheiro;
  • A transformação de Morihito e companhia em versões rabiscadas de mangá;
  • Nova abertura a partir do episódio 13, com direito à coreografia de mãos sincronizadas;
  • O anime dentro do anime, que deixou muita gente confusa ao apresentar “Uron Mirage”, com abertura e encerramento próprios (criatividade no nível máximo!);
  • A entrada caótica de Miharu para completar o grupo no clássico episódio de viagem; 
  • A magia que “alongou demais” certas partes do corpo dos personagens (e causou uma sequência de piadas imbatível), além da referência a Jogos Mortais (Jig Saw);
  • A conversa na linguagem dos pães e o mindset positivo do Morihito tentando ver apenas o lado bom das coisas mesmo em uma sequência de azar.

Entre os mais marcantes, mas não necessariamente engraçados, os episódios 16 e 20 são os meus preferidos. Em um, Keigo e Nemu conversam e assistem a um filme juntos. No outro, o foco é totalmente deles. 

Impressões finais de Witch Watch

Anime Witch Watch com o grupo reunido: Miharu, Nemu, Keigo, Kanshi, Morihito e Nico

Mesmo sendo uma comédia predominantemente episódica, Witch Watch sabe quando pisar no freio para entregar emoção e desenvolvimento, como na revelação sobre o passado de Keigo ou nas sutis demonstrações de afeto entre Nico e Moi.

O estúdio Bibury acertou em cheio no visual: as cores são vibrantes, os efeitos mágicos são divertidos e as expressões exageradas dos personagens são puro meme material. Cada episódio é uma nova aventura, do caos das tentativas de Nico de virar youtuber à hilariante cerimônia do chá que parece sair de um programa de humor japonês.

O final é um verdadeiro presente: celebra o crescimento dos personagens, a força dos laços criados e, claro, o riso que a obra provoca do começo ao fim. E com o anúncio da segunda temporada, fica impossível não desejar mais dessa confusão encantadora. Witch Watch é a mistura perfeita de humor, magia e amizade: um “slice of chaos” com coração. Se você gosta de animes que fazem rir sem precisar pensar demais, mas ainda assim surpreendem com criatividade, esse feitiço é para você.

Silent Witch também é recomendação, mas mais slice of life e menos caos de risos.

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