
[Atualizado em 1 de outubro] Três meses após o single “BEEP”, izna (이즈나) apresenta seu 2º miniálbum Not Just Pretty nesta terça-feira, 30 de setembro. O EP marca uma guinada mais ousada na carreira de Jeemin, Jungeun, Koko, Mai, Saebi e Sarang — além de chegar como o primeiro lançamento desde a saída de Jiyoon do grupo.
Composto por cinco faixas, que transitam por diversos estilos (dance, pop, synth-pop e hip-hop), a titletrack pretende quebrar estereótipos e mostrar um novo lado das meninas. No entanto, são as b-sides que conquistam o centro do palco, inclusive com nomes que poderiam facilmente carregar o álbum. Embarca comigo?
Titletrack “Mamma Mia”: entre ousadia e…
Escolhida como titletrack de Not Just Pretty, “Mamma Mia” parece apostar na tentativa de dar um salto sonoro. Produzida por Teddy, a faixa se atém a uma abordagem minimalista acompanhada por um refrão repetitivo. Se a intenção era transmitir confiança e independência, a escolha do figurino é o que mais se aproxima disso. A coreografia também tem seus momentos, como no final do primeiro refrão com Jungeun e Jeemin ou na parte da Koko no segundo verso. Aquela pose me lembrou do I-LAND.
Mesmo que o izna explore estilos diferentes para mostrar versatilidade e reforçar que o grupo não se limita a um único gênero, “Mamma Mia” destoa demais das b-sides. Talvez o impacto fosse diferente se a música fosse lançada como um single. A impressão que fica é a de um experimento isolado que não reflete o mood do álbum.
A ideia de adicionar o dance break é boa e ajuda a enfatizar o conceito girl crush que elas tentam buscar nesse comeback, mas não me parece bem executada. Sinto que poderia ter criado um impacto maior se a faixa-título fosse mais longa ou se essa pausa estivesse posicionada em outro momento. Da forma como está, “Mamma Mia” parece muito mais uma faixa do Teddy do que do izna.
B-sides: o verdadeiro brilho do álbum
É nas b-sides que Not Just Pretty encontra seu auge. “Racecar” é, sem dúvida, a grande favorita: curta, mas viciante e a que melhor representa o tipo de som que eu gostaria de ouvir do izna. Poderia facilmente assumir o posto de titletrack. Sua energia direta traduz o espírito da juventude em movimento. Em segundo lugar no pódio, “Supercrush” conquista pela melodia nostálgica que cresce a cada play. Tem tudo para ser uma daquelas músicas que se tornam companheiras fiéis em playlists de longa data.
“In the Rain (빗속에서)” é agradável e relaxante, um respiro entre as faixas mais enérgicas e uma boa adesão para uma playlist de viagem de fim de semana. Uma das melhores músicas do grupo até agora, “SIGN” retorna com uma versão remix para fechar o álbum. Eu ainda prefiro a original, que combina bem com a mais nova queridinha da área: “Racecar”.
Mesmo com a escolha controversa, na minha opinião, de “Mamma Mia” como faixa-título, Not Just Pretty entrega um conjunto de músicas que vão além da superfície. O envolvimento da produtora VVN na composição e nos arranjos ajuda a dar identidade ao álbum, mostrando que, quando o izna aposta em composições alinhadas ao seu DNA, o grupo consegue mostrar suas próprias cores com um brilho mais intenso.
Já conferiu todas as faixas? Ouça o álbum Not Just Pretty completo no Spotify e compartilhe suas favoritas. 🎧