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[Review] Isekai Mokushiroku Mynoghra: onde as estratégias se encontram

Atou e Takuto lado a lado no anime Isekai Mokushiroku Mynoghra

O universo dos jogos de estratégia em tempo real (RTS) e dos RPGs sempre despertou o fascínio de quem gosta de acumular recursos, expandir territórios e construir impérios em meio a batalhas complexas. Isekai Mokushiroku Mynoghra: Hametsu no Bunmei de Hajimeru Sekai Seifuku 「異世界黙示録マイノグーラ ~破滅の文明で始める世界征服~」 transporta essa atmosfera para o anime, misturando fantasia, táticas e um pouquinho de política em um enredo que dialoga com a experiência de jogos como Heroes of Might and Magic. 

Ao invés de heróis tradicionais salvando mundos, a proposta aqui é guiar a criação de uma civilização que se estabelece a partir do caos e do status evil alignment. Em 13 episódios, a obra não explora apenas batalhas e conquistas, mas também os bastidores de construção de uma sociedade inteira. Embarca comigo?

Ficha técnica de Isekai Mokushiroku Mynoghra

Anime: Isekai Mokushiroku Mynoghra

Gênero: Aventura e Fantasia

Número de Episódios: 12 

Estreia: 6 de julho de 2025

Estúdio: Maho Film (Akuyaku Reijou nanode Last Boss wo Kattemimashita, Rekishi ni Nokoru Akujo ni Naru zo, Gekai Elise, Ao no Miburo)

Adaptação: light novel de Kazuno Fefu (história) e Jun (arte)


Após reencarnar em um mundo que parece se espelhar em seu jogo favorito, Eternal Nations, Takuto sai do papel de jogador para renascer como o governante da nação das trevas, Mynoghra. Ele precisa usar estratégia e todo o conhecimento que tem sobre as dinâmicas do game para expandir seu território, criar uma civilização própria e dominar o jogo. Mas Takuto não está sozinho. Ao seu lado, está a heroína Atou, uma leal elfa que logo o reconhece, apesar de ser a primeira vez dos dois no mesmo mundo.

Review de Isekai Mokushiroku Mynoghra

Inicialmente, o anime chama a atenção por inverter expectativas. Em vez do típico protagonista “salvador”, Takuto guia uma facção sombria, mas suas decisões revelam um lado surpreendentemente humano, racional e até compassivo. Essa dualidade entre destruição e cuidado é o grande charme da narrativa, ainda que a execução por vezes perca o ritmo. 

A primeira metade de Isekai Mokushiroku Mynoghra aposta fortemente no world-building e em longos diálogos sobre política e estratégias, deixando a ação imediata de lado. Entretanto, a segunda parte compensa com reviravoltas, introdução de novos personagens e cenas que abrem espaço para um potencial de expansão em futuras temporadas.

Os cenários e designs de personagens, em especial Atou, são detalhados, mas as cenas de combate nem sempre têm a fluidez esperada, caindo em soluções simplistas de animação. O roteiro, por sua vez, parece passar batido por alguns detalhes como a habilidade de Takuto de recriar coisas do mundo moderno. Isso é apresentado no início, mas esquecido no decorrer dos episódios. 

O que era para ser um RTS — acumular recursos, expandir, construir, com a estratégia no centro de tudo — vira um mix de gêneros. O anime mostra mecânicas de diferentes jogos, que se colidem no campo de batalha ao longo da história. 

Isekai Mokushiroku Mynoghra até tenta trazer um conceito original com a mistura de mecanismos, jogadores infiltrados e um mundo aberto que deixa a sensação de que há muito mais a ser explorado no futuro. O que falta é um convite para mergulhar de forma mais profunda nesse universo, pois, como está, passa uma impressão muito superficial. Tudo indica que uma nova temporada pode vir por aí, embora nada esteja confirmado até agora.

Outro anime em aberto e com muito para mostrar é Mizu Zokusei no Mahoutsukai. 🙂

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