
Mais uma vez, o The Rose (더로즈) voltou a emocionar com sua música. “Trauma” nasceu como parte do documentário The Rose: Come Back to Me, que acompanha a banda em sua ascensão, hiato e retorno triunfante. E nesta sexta-feira, 29 de agosto, chegou para dar um toque de sensibilidade nas playlists mais emotivas.
O lançamento — apenas três meses após o último comeback da banda com o álbum WRLD — chega de mansinho e, ao mesmo tempo, com profundidade suficiente para já deixar marcas. Afinal, vem num momento em que ainda estamos com o coração aquecido pelo show que Dojoon, Hajoon, Taegyeom e Woosung apresentaram em São Paulo no dia 8 de agosto.
É quase como se o novo single fosse uma extensão das emoções que sentimentos ao vivo há pouco tempo. Embarca comigo?
“Trauma”
Logo nos primeiros acordes de piano, “Trauma” abre espaço para uma imersão delicada. A música soa como uma conversa que poderia acontecer em um silêncio noturno, entre lembranças doloridas e a coragem de seguir adiante. O The Rose não tem pressa em preencher todas as lacunas, como se nos convidasse a olhar para nossas feridas e, em vez de escondê-las, aceitá-las como parte do processo de florescer.
É nesse terreno que a banda constrói seu impacto: movido pelo contraste entre a contenção de um arranjo minimalista, baseado em piano e cordas, e a intensidade arrebatadora das vozes de Woosung e Dojoon. É a partir dessa combinação que a vulnerabilidade da letra ganha força.
A repetição de “deep down and down and down” no refrão funciona como um mergulho interno. Mas o clímax, para mim, surge na ponte pelo significado que carrega: “Through the years I’ve fought to move on / Tearing down the walls that shaped my soul / Found the pieces I gave away / Now I’m finally in bloom”. É aqui que o The Rose mostra sua maior força: não se trata apenas de reconhecer cicatrizes, mas de florescer a partir delas. Essa dualidade — ferida e florescimento — é a assinatura que a banda tem cultivado ao longo da carreira.
Com “Trauma”, The Rose oferece não apenas uma música, mas um espelho. Ao ouvi-la, temos a chance de reconhecer nossas próprias dores e, ao mesmo tempo, celebrar a possibilidade de cura. É como se cada acorde dissesse: “você não está sozinho”. E talvez seja justamente esse apelo que torna o som do The Rose tão marcante e fácil de se relacionar.
Aproveite para estender a playlist com o álbum DUAL e sua seleção sem skips, um dos meus preferidos da banda. 🙂