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[Review] Romantic Killer: quando o amor vira o último boss do jogo

Anime Romantic Killer com imagem da protagonista Anzu e corações partidos ao fundo

Imagine estar jogando um otome game e, de repente, a tela pisca e uma criatura mágica salta para fora da TV. Ela decreta que sua vida precisa urgentemente de mais… romance. E não é opcional. Esse é o ponto de partida de Romantic Killer (ロマンティック・キラー), um anime que transforma o universo dos simuladores de namoro em uma grande paródia recheada de humor, absurdos e até momentos inesperadamente tensos no final da rota.

Lançado pela Netflix em outubro de 2022, com animação do estúdio domerica, Romantic Killer adapta o mangá de Wataru Momose em uma temporada de 12 episódios. O anime brinca com paródias e reverse harem, desmontando as fórmulas tradicionais de romances escolares a partir das reações inesperadas de uma protagonista anti-heroína — que transforma o amor no último boss do jogo, sem qualquer sinal de game over. Embarca comigo?

Ficha técnica de Romantic Killer

Anime: Romantic Killer 「ロマンティック・キラー」

Gênero: Comédia, Romance e Sobrenatural

Número de Episódios: 12 

Estreia: 27 de outubro de 2022

Estúdio: domenica

Adaptação: mangá de Momose Wataru


Hoshino Anzu é uma estudante do ensino médio que só precisa de três coisas para ser feliz: videogames, chocolate e seu amado gato Momohiki. Romance? Zero interesse. Até que surge Riri, uma criatura mágica excêntrica que não apenas confisca seus três maiores tesouros como também força a protagonista em um “experimento”: viver um enredo de dating sim na vida real. A partir daí, encontros “acidentais” com o belo e reservado Tsukasa Kazuki, o amigo de infância Hayami Junta e até um herdeiro narcisista transformam o cotidiano de Anzu em uma maratona de clichês românticos — dos mais bobos aos mais intensos.

Review de Romantic Killer

Romantic Killer é um dos animes da minha lista (que aumenta a cada temporada) de obras em stand-by esperando a hora do play. À primeira vista, parece mais um rom-com de comédia forçada e uma estética de caricatura (só que intencional) que pode não agradar a todos. 

No entanto, se a primeira impressão é a que fica, Romantic Killer já quebra as expectativas logo no start. E transforma isso no seu maior trunfo ao longo de seus 12 episódios. Ao invés de se render aos arquétipos de harém reverso, o anime se diverte (e nos diverte) zombando deles. A animação, ainda que caricatural em certos momentos, reforça a comédia absurda e deixa claro que exagero é parte do charme. O humor físico, as expressões distorcidas e o timing preciso rendem risadas constantes — mesmo quando a piada não tem graça.

Quem também contribui para elevar o status (e os pontos de afinidade) é a protagonista: Anzu é uma “anti-heroína romântica”, alguém que não mede esforços para sabotar o destino que Riri tenta impor com diferentes ikemen (イケメン): 

  • Rota 1: Tsukasa Kazuki, o mais popular da escola
  • Rota 2: Hayami Junta, o amigo de infância
  • Rota 3: Koganei Hijiri, o príncipe narcisista
  • Rota especial… (desbloqueada no final do anime)

Isso a torna incrivelmente divertida e ao mesmo tempo fácil de se identificar. Afinal, quantas vezes não sentimos a pressão da sociedade para viver romances ou se deixar levar pela aparência quando outras prioridades podem ser mais importantes? Tudo tem um timing, assim como os relacionamentos — forçados no início, mas todos evoluem para amizades genuínas. A autenticidade de Anzu é refrescante em um gênero saturado por protagonistas passivas.

Desvio de rota: amor e trauma

Embora a comédia sustente a maior parte das rotas, Romantic Killer segue um desvio tenso especialmente na reta final. Entre situações pastelonas, o anime encontra espaço para explorar dramas reais, como inseguranças, traumas, pressões sociais e até temas mais pesados, como assédio (stalker). Esses momentos mais sérios surgem naturalmente, dando profundidade aos personagens e lembrando que, apesar da sátira, há humanidade em jogo.

No fim de todas as rotas, Romantic Killer é um rom-com que ri do romance, mas entrega muito coração. É leve, divertido e ao mesmo tempo surpreendentemente caloroso. Seja você fã de otome games, comédias escolares ou apenas alguém em busca de um anime que garanta boas risadas depois de um dia intenso de estudos ou trabalho, a jornada de Anzu e Riri certamente vai conquistar seu “continue”.

E, por falar nisso, o último episódio termina com um “to be continued?” na tela, além de um novo candidato ao coração de Anzu (rota especial). Mas, desde o lançamento do anime em 2022, esse é um play que ainda não foi dado. Se houver qualquer sinal de que Romantic Killer pode ganhar uma continuação, eu já estarei com meu controle em mãos para jogar.

Se você prefere uma rota com romance explícito, Kono Kaisha ni Suki na Hito ga Imasu é a sequência ideal. ˆ-ˆv

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