
Imagine duas estudantes que, aparentemente, não têm nada em comum. Wada parece toda certinha e reservada, mas é falante, além de ser fã de jogos de gacha e personagens 2D. Já Yamamoto reflete o estilo “gyaru”, embora não seja tão extrovertida quanto sua aparência indica. É fascinada por lendas urbanas e por um YouTuber. Mundos opostos? Talvez! No entanto, elas compartilham algo em comum: Food Court de, Mata Ashita 「フードコートで、また明日」— encontros diários na praça de alimentação para conversas aleatórias.
Com apenas 6 episódios, o anime chegou ao final nesta segunda-feira, 11 de agosto. É o primeiro finalizado entre as novidades da temporada de julho. Por isso, estou aqui para compartilhar com você o que eu achei. Embarca comigo?
Ficha técnica de Food Court de, Mata Ashita
Anime: Food Court de, Mata Ashita
Gênero: Slice of Life
Número de Episódios: 6
Estreia: 7 de julho de 2025
Estúdio: Atelier Pontdarc
Adaptação: web mangá de Nariie Shinichirou
Todos os dias, Wada e Yamamoto se encontram na praça de alimentação de um shopping depois da aula. A comida é apenas o pretexto: seus encontros são banhados por conversas espontâneas, infinitamente honestas, onde os temas vão da culinária à cultura pop, do cotidiano ao bizarro, em um exercício de amizade genuína e despretensiosa. Entre uma garfada e outra, as duas criam um ritual simples e reconfortante.
Review de Food Court de, Mata Ashita
Food Court de, Mata Ashita é exatamente assim, sem tirar nem pôr desde o primeiro episódio até o último. Na maior parte do tempo, Wada e Yamamoto estão comendo e falando sobre temas aleatórios de forma espontânea. Conversas de corredor da escola, vocabulário e o significado de algumas palavras estranhas, comida picante, jogos, aptidão para cuidar de animais, até o Freddy Krueger e uma sósia da Wada (Yamada) já entraram no bate-papo.
À primeira vista, o anime parece um pouco monótono, mas a partir do terceiro já dá para se acostumar com a dinâmica dos encontros. Aos olhos dos colegas da escola, Wada é reservada e Yamamoto é uma “gyaru” difícil de se aproximar. No entanto, suas personalidades refletem exatamente o oposto.
Se der corda, Wada dispara a falar e até emenda um assunto no outro. Cada reação é uma tempestade emocional, que oscila entre momentos de depressão e euforia, surtos de ciúme e até escândalos por bobagem. Já Yamamoto é quieta, tem um ar maduro, dócil e gentil, além de ouvir tudo que Wada fala com atenção.
Food Court de, Mata Ashita é um anime que se sustenta na leveza dos diálogos e no calor simples de uma amizade construída a cada encontro. Em seus seis episódios, a trama avança pouco, mas quem se importa? O foco aqui é o presente: conversas espontâneas, reações imprevisíveis (especialmente da Wada) e reflexões sinceras entre risadas.
Wada e Yamamoto são personagens antagonicamente cativantes. Enquanto uma carrega um turbilhão de emoções, a outra é tão calma como um mar sereno. A interação entre as duas cria um equilíbrio. Mesmo sem grandes reviravoltas, cada diálogo sobre jogos, palavras em inglês ou teorias excêntricas esconde uma simplicidade que dá força à narrativa. Assistir é como tomar um café com uma amiga: gostoso, leve e genuinamente confortável.
Impressões finais de Food Court de, Mata Ashita
Food Court de, Mata Ashita é um anime que celebra o ordinário e o transforma em extraordinário com o poder de diálogos muitas vezes surreais, risadas espontâneas e companheirismo despretensioso. Se você busca algo para relaxar, sorrir e sentir um quentinho no coração, pode valer a pena dar uma chance. Afinal, são apenas seis episódios.
Pequenas histórias, quando bem contadas, podem florescer de forma memorável: como uma amizade que transforma um simples encontro na praça de alimentação em um momento especial do dia a dia. Só não espere temas complexos, desenvolvimento dos personagens ou um roteiro bem definido e que saiba aonde quer chegar. Food Court de, Mata Ashita é simples, sem uma história a revelar e com pouquíssimas mudanças de ambiente. A praça de alimentação é quase uma protagonista à parte, já que compõe praticamente todas as cenas do início ao fim — embora a comida seja apenas coadjuvante.
Se você quer uma obra que traga um foco na culinária, HibiMeshi é um prato cheio (literalmente), além de ser ainda mais relaxante de acompanhar. ˆ-ˆv