Quase um ano após DUSK, seu primeiro solo, Yoon Sanha (윤산하) do ASTRO (아스트로) também retorna nesta terça-feira, 15 de julho, com o álbum CHAMELEON. Seu 2º EP faz jus ao nome: maleável, divertido e com uma vibe travessa capaz de mudar facilmente de gênero entre uma faixa e outra.
Com seis músicas que transitam pelo pop híbrido, hip-hop e até um toque country, CHAMELEON não tem medo de ousar para mostrar novas cores de Sanha e também homenagear quem sempre esteve ao seu lado. Cada faixa reflete o tempo que ele passou com Moonbin, como um tributo pelos anos compartilhados juntos: “This album is not only mine but also one that reflects the influence of Moonbin, who guided me here”.
Por isso, o disco não representa apenas uma continuação de sua carreira solo, mas um reflexo de quem ele se tornou: como um camaleão que muda de cor a cada passo, sem perder sua essência. Embarca comigo?
“EXTRA VIRGIN”
A titletrack “EXTRA VIRGIN” é uma aventura de verão com cheiro de asfalto quente e aquela sensação de liberdade de quem quer ampliar sua visão de mundo. “Take me to the city!” Esse parece ser o conceito visual do MV que mostra Sanha tentando chegar na cidade. A música traz todos os gêneros do álbum de uma vez: um pop híbrido com base de hip-hop e uma progressão de cordas inspirada no country.
A música também adiciona o som de trompetes que pulam na produção e um refrão falado-cantado que funciona mais pelo carisma do que pela melodia. Não é exatamente uma faixa melódica. Embora arriscada, essa escolha revela um Sanha confortável em apostar no seu charme como performer. Se “EXTRA VIRGIN” fosse uma cor, seria o verde-limão: fresco, com um toque ácido e ousado.
No fim, a faixa-título brilha pela sua intenção: celebrar o presente com frescor, sem se preocupar em soar denso. É uma adesão divertida e mais colorida para sua discografia, mas que pode passar batida ou perder a longevidade em playlists que priorizam músicas com mais tempero na produção.
B-sides
Com uma tonalidade que vai do cinza ao lilás, “AURA” é a intro do álbum: curta e misteriosa, como se fosse uma espécie de nevoeiro sonoro que prepara o palco com sutileza para receber as outras músicas. Parece feita sob medida para abrir shows, com Sanha entrando sob luzes difusas enquanto aquece as expectativas do público. É uma das minhas b-sides preferidas, apesar de ter apenas 1:46, com letra — “Though the light is gone / It still shines in my memory…” — e composição dele.
Já “Bad Mosquito” dissipa a névoa em tons de amarelo neon para entrar em um som mais brincalhão e rítmico. O baixo pulsante e os sintetizadores deixam a faixa com cara de verão “retrô-chique”. “6PM (Nobody’s Business)” mantém a vibe retrô em uma mistura de pop e funk com vocais mais soltos para ouvir enquanto observa o céu ficando alaranjado antes do anoitecer. Por isso, sua cor seria o laranja de um fim de tarde.
“Love You Like Fools” chega como um bilhete escrito à mão. Inclusive, aqui Sanha também participa da letra. Uma balada pop com R&B dedicada aos fãs: “Stay, the remaining story / We’ll write it down / Take me to the next chapter”. Sua voz é quente e próxima, fechando o álbum com ternura, um senso de gratidão e nuances de um rosa claro cheio de afeto.
Em CHAMELEON, Sanha brinca com estilos, desafia expectativas e entrega um álbum que, mesmo sem ser tão marcante, se sustenta pela tentativa de criar algo novo e pela versatilidade. Cada faixa tem uma cor própria: fresca, nostálgica, brincalhona, terna…deixando um convite para acompanhar todas as cores que ele ainda vai mostrar. Moonbin, de onde estiver, com certeza está sorrindo. *-*
Já conferiu todas as faixas? Ouça o álbum CHAMELEON completo no Spotify e compartilhe suas favoritas. 🎧
Hasta La Tour 