
Depois de quase três anos longe dos palcos como grupo completo, BLACKPINK (블랙핑크) fez seu aguardado comeback nesta sexta-feira, 11 de julho, com o single “JUMP”. A faixa marca o primeiro comeback de Jennie, Jisoo, Lisa e Rosé desde Born Pink (2022).
Já a trilha solo das meninas está mais ativa do que nunca. Rosé liberou seu álbum Rosie com a THEBLACKLABEL e emplacou o hit “APT.”. Jisoo abriu sua agência BLISSOO e apresentou o meu solo preferido entre as quatro com o EP AMORTAGE. Também com seu próprio selo, a Odd Atelier, Jennie foi headliner no Coachella e entrou na lista da Billboard dos melhores álbuns da primeira metade de 2025 com Ruby. Pela sua marca LLOUD, Lisa não apenas preparou o álbum Alter Ego, como também subiu no palco do festival.
“JUMP” chega em meio à ambiciosa turnê mundial DEADLINE, que começou com duas noites de show em Seul, na Coreia do Sul, nos dias 5 e 6 de julho. E foi lá que a música nova foi mostrada pela primeira vez antes de chegar às plataformas de streaming. Embarca comigo?
JUMP
“JUMP (뛰어)” representa uma mudança de direção para o BLACKPINK ao apostar em uma sonoridade hardstyle com elementos de eurodance, techno e sons de trompete. Produzida por Teddy e com colaboração de Diplo, Ape Drums, entre outros nomes conhecidos da indústria, a música abre com um riff de guitarra dramático. É digno de trilha de faroeste moderno, que rapidamente se transforma em uma batida pulsante e explosiva — feita sob medida para shows em grandes estádios e pistas de dança.
Apesar da energia contagiante, “JUMP” também evidencia uma das principais críticas à discografia do BLACKPINK: a ausência de uma progressão melódica mais marcante. O refrão opta por um ritmo falado e repetitivo que, apesar de viciante, não alcança o clímax esperado.
Dirigido por Dave Meyers, o MV é um tanto exótico (meio creepy). O conceito aposta em uma estética B-movie, com cenários surreais e colagens visuais exageradas. O uso de AI é visível, mais do que deveria na minha opinião, levando a um resultado visualmente artificial. Além disso, onde ficou a coreografia?
Por aqui, “JUMP” provoca mixed feelings. É o tipo de beat que aprecio nas minhas playlists de pista de dança, mas como um single do BLACKPINK não sei. Algo parece fora do lugar nessa combinação, algo com o DNA do grupo, algo do tipo ‘isso é BP’. É um comeback cheio de energia, mas, mesmo sendo compatível com o meu estilo, não tem o impacto duradouro de músicas como “Kill This Love” ou “Lovesick Girls”. Ainda assim, deve esquentar o palco e o público nos shows durante a turnê.
Entre os últimos lançamentos de K-Pop que apostam no dance, o álbum A Montage Of ( ) acerta em cheio com a title “La La Love Me”.