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[Review] Aparida: dungeons, quests, buffs e…um harém

Imagem do anime A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu com os membros iniciais do Clover: Yuke, Silk, Rain e Marina na frente de um baú de tesouros

Prepare seus equipamentos, abasteça o inventário com poções e revise seu avatar para entrar no mundo de A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu. 「Aランクパーティを離脱した俺は、元教え子たちと迷宮深部を目指す。」. Neste universo repleto de dungeons, monstros e a ameaça da Escuridão Acromática, Yuke abandona sua party de Rank A para recomeçar em uma nova missão ao lado de suas antigas alunas.

Aparida é um anime de ação, fantasia e elementos de RPG com 24 episódios, inspirado na light novel de Unagi Kousuke (história) e Super Zombie (arte). A adaptação do estúdio Bandai Namco Pictures (Koukyuu no Karasu, Tsue no Tsurugi no Wistoria, Rock wa Lady no Tashinami deshite) já sinalizou para uma continuação. Vem comigo? 

Ficha técnica de Aparida

Anime: A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu

Gênero: Ação, Aventura, Fantasia e Romance

Número de Episódios: 24

Estreia: 12 de janeiro de 2025

Estúdio: Bandai Namco Pictures

Adaptação: light novel de Unagi Kousuke (história) e Super Zombie (arte)


Após ser subestimado e tratado como um mero suporte na prestigiada party de Rank A Thunder Pike, o mago vermelho Yuke Feldio decide sair do grupo. Longe dos holofotes e livre da pressão dos rankings, ele reencontra suas ex-alunas. Juntos, eles formam o Clover, uma nova party determinada a explorar as profundezas da dungeon mais mortal: a Escuridão Acromática. Ao lado de suas novas companheiras, o grupo começa a ganhar fama e status com as transmissões ao vivo de uma jornada repleta de batalhas.

Review de Aparida

Como uma boa campanha de RPG, A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu se sai bem ao explorar elementos clássicos desse universo. Batalhas contra monstros, buffs, sistema de ranking, organização de guild, evolução de status, formação de party, quests em dungeons secretas, masmorras inexploradas, e por aí vai.

Tem até uma espécie de “streaming”, que serve para compartilhar as aventuras do Clover com outros aventureiros. Gradualmente, essas transmissões trazem fama e reconhecimento ao grupo. A sensação de progressão é satisfatória, principalmente nas batalhas contra chefões e nas estratégias conjuntas da equipe. 

Enquanto Yuke é convincente em seu papel de mentor e líder, o mesmo não pode ser dito sobre seu relacionamento com cada membro da party. A dinâmica entre ele e suas ex-alunas remete à relação entre mestre e party em RPGs táticos, com momentos de treino, confiança e sinergia. Há uma boa química, e cada uma — Rain, Silk, Marina e Nene — ganha espaço para crescer individualmente dentro de suas classes.

No meio do caminho, tinha um harém…

Mesmo com Rain saindo na frente e se considerando a “número 1” de Yuke, o harém aparece e não se dissolve de jeito algum, nem com os avanços na relação dos dois. A ideia de que todas as integrantes da party estão apaixonadas por Yuke — e aceitam dividi-lo sem maiores conflitos — quebra a imersão e a credibilidade da história. Para completar, ele não se impõe e só se deixa levar pelo fluxo. Bem que o protagonista poderia deixar claro que em seu coração tem espaço apenas para uma delas.

Exceto pela Rain, a construção romântica do protagonista com as outras personagens é fraca, pouco natural e beira o forçado. E quando elas temporariamente (é o que dizem) se tornam “propriedade” dele para uma missão em Salmutaria? Só de pensar na ideia nas entrelinhas já deixa um gostinho amargo. Isso empobrece a narrativa e esvazia o potencial emocional da relação entre Yuke e Rain, a única que aparenta ter sentimentos mais consistentes.

Impressões finais de Aparida

Imagem do anime A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu com os membros iniciais do Clover: Yuke, Silk, Rain e Marina deitados na grama com um trevo de quatro folhas no meio

Se tem um elemento que eleva o status de  A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu é a trilha sonora. Sua maior representante vem com o tema de abertura “Enter” de L.E.I. (零). A música tem o tom certo para dar aquele hype antes de cada episódio. Ela também embala a luta final, começando pelo instrumental até a entrada da voz pouco antes de Yuke terminar seu encanto.

Assim como os altos e baixos de uma quest, Aparida provoca um mix de sensações ao longo de seus 24 episódios. Alguns arcos são interessantes como o de Glad Shi-im, enquanto outros parecem forçados como a tentativa aleatória do casamento da Rain com um personagem aleatório. Talvez se não tivesse harém ou se Yuke conseguisse se impor mais, o anime poderia ter deixado uma impressão melhor com sua primeira temporada. 

Foi um final satisfatório, com os elementos de RPG bem destacados — como se a gente estivesse em um jogo com os personagens — além de uma abertura marcante. Se harém é o ponto forte do anime, o ‘to be continued’ no fim do episódio não me deixa ansiosa para acompanhar uma segunda temporada. A menos que Aparida reveja sua abordagem romântica, é pouco provável que eu me junte a Yuke e companhia na próxima jornada do Clover.

Apesar do apelo dark, Goblin Slayer sai na frente em seu ciclo de quests para exterminar goblins.

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