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aespa [Dirty Work]: estilo industrial e visualmente grandioso

Cena de dança do MV de "Dirty Work" do aespa. De branco e cercada por dançarinos de todos os lados, elas dançam com as mãos na frente da boca

Após o estrondoso sucesso do álbum Whiplash em outubro de 2024, aespa (에스파) trouxe para os holofotes nesta sexta-feira, 26 de junho, seu novo single “Dirty Work”. Para fazer jus ao nome, Giselle, Karina, Ningning e Winter literalmente se jogam na lama em um MV com conceito visual poderoso, cinematográfico e cheio de “trabalho sujo”. Vem comigo?

Dirty Work

 

“Dirty Work” se joga em um hip-hop dance e no estilo falado (talk singing). O instrumental é a maior estrela: industrial, ‘sujo’ e magnético, evoluindo aos poucos para manter nossa atenção presa do início ao fim. A letra, predominantemente em inglês, traz um recado subjetivo, com frases como “Real bad business, that’s dirty work”. Mesmo com tanto ‘work’ no meio, o arranjo  ajuda a música a não parecer repetitiva.

No MV, o grupo entrega uma performance cheia de atitude e com aquele visual badass já conhecido. Karina brilha com seu timbre firme e a presença cênica logo na abertura — no topo de uma pirâmide humana. Ainda tem uma cena dela rolando (literalmente) ladeira abaixo. Giselle também atrai a atenção ao ganhar mais espaço do que o habitual, sem falar no marcante cabelo vermelho. E todas, em algum momento, colocam os pés na lama.

O vídeo, aliás, é uma superprodução: máquinas, lama, trator e toda a estética de um canteiro de obras reforçam o conceito de “trabalho sujo”, em uma metáfora visual impactante e criativa. Além da original, a música tem mais três versões: feat com a rapper Flo Milli, em inglês e instrumental.

Apesar de serem considerados os maiores hits das meninas, “Whiplash”, “Supernova” e “Armageddon” não tiveram o mesmo apelo para mim. Por isso, eu sinto que provavelmente estou com a minoria. “Welcome to MY World” segue como uma das favoritas por aqui, enquanto “Dirty Work” vem como um experimento estilístico interessante que tem tudo para crescer com o tempo na minha playlist. De certa forma, a música continua fiel à assinatura cyberpunk, urbana e ousada do aespa, mesmo que opte por uma abordagem mais minimalista. 

Ouça todas as versões de “Dirty Work” no Spotify. 🎧

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