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[Review] Aru Majo ga Shinu: a magia das pequenas conexões 

Imagem do anime Aru Majo ga Shinu Made com Faust e Meg Raspberry lado a lado com a cidade ao fundo

Em um mundo onde a magia é parte do dia a dia e as bruxas coexistem com humanos, Aru Majo ga Shinu Made 「ある魔女が死ぬまで」 chega com uma proposta mágica, mas com um tom de melancolia. Com estreia durante a temporada de abril, o anime adapta a light novel de Saka (história) e Chorefuji (arte) e nos apresenta Meg Raspberry, uma aprendiz de bruxa que, ao completar 17 anos, descobre estar amaldiçoada com apenas mais um ano de vida.

A adaptação do estúdio EMT Squared (Kisaki Kyouiku kara Nigetai Watashi) ganhou 12 episódios, acompanhados por uma abertura e encerramento dignos do universo de magia criado pela obra. Vem comigo?

Ficha técnica de Aru Majo ga Shinu

Anime: Aru Majo ga Shinu Made

Gênero: Fantasia, Aventura e Drama

Número de Episódios: 12

Estreia: 1º de abril de 2025

Estúdio: EMT Squared

Adaptação: light novel de Saka (história) e Chorefuji (arte)


Após perder a família em uma contaminação mágica, Meg Raspberry se torna aprendiz de Faust, um dos sete sábios — grupo formado pelas maiores bruxas e feiticeiros do mundo. Em seu 17º aniversário, ela recebe a missão de coletar “lágrimas de alegria” para tentar prolongar a maldição que lhe dá apenas mais um ano de vida. Mas diferente das sagas épicas que envolvem dragões, guerras ou artefatos mágicos milenares, Meg começa uma jornada de encontros, despedidas, amizades e lágrimas, enquanto tenta mudar seu destino.

Review de Aru Majo ga Shinu

Apesar do peso emocional da maldição, Aru Majo ga Shinu é um anime leve. No início, lembra a trajetória de Kobato para coletar konpeitos em um recipiente que se enche a partir de boas ações. No entanto, conforme acompanhamos o decorrer da história, essa busca acaba se tornando um elemento secundário. 

São raros os momentos em que vemos Meg ativamente “coletando” as lágrimas. As verdadeiras estrelas são as interações dela pelo caminho. Cada episódio traz uma pequena lição, uma pincelada de empatia, um fragmento de cura. Seu potinho mágico vai se enchendo, discretamente, assim como a gente acumula memórias preciosas sem perceber.

O episódio 6 foi um dos mais marcantes ao mostrar com sutileza a transição de uma atitude arrogante para um olhar que valoriza as pequenas coisas. Uma lição de autoconhecimento para Meg, um aprendizado para nós. Já o episódio 8 foi um dos mais fofos com as reações da coruja e daquele bichinho misterioso quando ela está prestes a se envolver com algo perigoso. ❤ E, na sequência, o milagre da Cerejeira Lapis Serena.

Por falar em coisas boas, vale a pena adicionar a opening “Drops” de Maaya Sakamoto (坂本真綾) e a ending “Hanasaku Michi de (花咲く道で)” de Aoi Teshima (手嶌葵) na sua playlist de músicas de animes. 

Impressões finais de Aru Majo ga Shinu

Há um lirismo encantador na maneira como o anime trata temas pesados como a morte, a solidão e o luto. Mesmo com assuntos mais pesados, a história equilibra tudo com leveza e um toque de humor. 

Meg é, sem dúvida, o grande trunfo do anime. Carismática e gentil (apesar de ter uma personalidade que não me convence a mudar de ideia sobre ela nem mesmo no último episódio), a bruxinha representa aquela magia que nasce do afeto e do cuidado (mesmo que ela tenha tentado “lucrar” com isso em um momento). 

Apesar da ameaça da morte à espreita, é sua capacidade de provocar mudanças nas pessoas ao seu redor que nos faz torcer por ela. E é isso também que reduz toda a carga dramática envolvendo a maldição e seu limitado tempo de vida. Pela grandiosidade dos acontecimentos, eu teria encerrado a temporada com o episódio 11 e deixaria o 12 como abertura da sequência — embora eu não acredite que ela venha. O final de Aru Majo ga Shinu deixa brechas, mas não necessariamente promessas. 

Um anime onde a comédia rola solta é Gekkan Shoujo Nozaki-kun, que traz um protagonista alheio aos sentimentos das pessoas ao seu redor — bem diferente da Meg.

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