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ITZY [Girls Will Be Girls]: um hino sobre força e união

Cena do MV de "Girls Will Be Girls" do ITZY. Na imagem, as meninas estão em um Jeep em um cenário pós-apocalíptico

[Atualizado em 23 de junho] Mais um comeback que marcou os lançamentos de K-Pop desta segunda-feira, 9 de junho, foi o álbum Girls Will Be Girls do ITZY (있지). Em outubro do ano passado, GOLD mostrou uma nova sonoridade (ou seria melhor dizer ruído?) e passou timidamente por aqui. 

As meninas voltam a ganhar espaço com as faixas do novo EP. O som, mais uma vez, muda de direção, transitando entre o dance, pop, R&B contemporâneo, pop rock e electropop — mas é na mensagem que o conjunto brilha: juntas, elas são mais fortes. E essa força vai além quando elas se aceitam como são, mesmo ainda sendo garotas depois de adultas ou mesmo com sete anos de carreira na bagagem. Vem comigo?

Titletrack “Girls Will Be Girls”

A titletrack “Girls Will Be Girls” dá o tom ao 10º miniálbum do ITZY com uma produção grandiosa, marcada por batidas dinâmicas e harmonias vocais bem construídas. A música flerta com o club pop e até lembra os tempos de estreia do grupo, mas agora com mais peso e maturidade. Por alguns segundos, quando “Girls will be girls, will be girls…” começa, eu me lembrei da vibe de “The Boys” do Girls’ Generation (소녀시대).

Seu refrão é repetitivo, mas também pode ser viciante. Um dos maiores destaques não está no visual — apesar do marcante MV em um cenário pós-apocalíptico — nem na melodia que poderia ter ganhado os holofotes se deixasse seu lado club predominar do início ao fim. É a mensagem por trás da música que se sobressai: estar junto (entre elas e com o fandom MIDZY), com sinceridade e sem se preocupar com a opinião alheia, é o que importa. É também o que basta para superar qualquer desafio e seguir em frente.

Visualmente, o MV de “Girls Will Be Girls” amplia o conceito. Filmado na Geórgia, Chaeryeong, Lia, Ryujin, Yeji e Yuna são sobreviventes em um mundo pós-apocalíptico, enfrentando criaturas simbólicas que representam julgamentos sociais. As cenas de ação, figurinos, maquiagem e a estética mais sombria mostram um grupo que não tem medo de evoluir.

Por falar em evolução, no dia 11 de maio, o grupo apresentou um trailer muito bem produzido para dar um gostinho do mood do álbum. O vídeo tem quase sete minutos e foi dirigido por Yu Kwang Goeng, conhecido por seus trabalhos com o ENHYPEN (엔하이픈), TXT (투모로우바이투게더), entre outros.

B-sides

Se a faixa-título constrói a base do álbum Girls Will Be Girls, é em Kiss & Tell que o repertório atinge o auge. Com um som eletrônico afiado e o clima de pista de dança liberado na potência máxima, a b-side me lembrou o estilo de alguns lançamentos do LE SSERAFIM (르세라핌). É energética e irresistivelmente dançante: um destaque incontestável da tracklist e, para mim, a melhor candidata para receber o status de titletrack.

“Locked N Loaded” traz um momento rock para a pista e uma energia mais áspera, com um refrão que salva os versos menos marcantes. Tem algo no som que me fez pensar no aespa (에스파), o que será? “Promise” é a faixa que desacelera o ritmo com uma balada suave no piano e estalos rítmicos, feita sob medida para os fãs.

Quem pensou que a festa tinha acabado, “Walk” vem para resgatar a vibe dance e encerra o álbum com confiança e um toque de EDM e muita atitude. O resultado? Um encerramento vibrante e cheio de personalidade, digno da trajetória de amadurecimento que o ITZY vem construindo nos últimos anos.

Com Girls Will Be Girls, ITZY mostra que ainda tem muito a dizer no K-pop. Sete anos após a estreia, o grupo segue reinventando a própria identidade sonora — agora com mais ousadia, profundidade e uma certeza: meninas serão meninas, sim, e isso é poderoso.

Já conferiu todas as faixas? Ouça o álbum Girls Will Be Girls completo no Spotify e compartilhe suas favoritas. 🎧

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