O lançamento do álbum WAJANGCHANG <와장창> nesta quarta-feira, 23 de abril, marca o meu segundo comeback com LUCY (루시). Apesar do debut em 2020, conheci a banda em agosto do ano passado, com a chegada do EP FROM. No mês seguinte, o baterista Shin Gwangil se alistou para o serviço militar obrigatório. Choi Sangyeop e Shin Yechan já cumpriram. Agora só falta Cho Wonsang.
Composto por seis faixas, o 6º miniálbum da carreira conduz o trio (temporariamente sem Gwangil) em uma nova fase mais leve e divertida, mas sem perder a sonoridade inconfundível que os colocou no radar dos tours por aqui.
O nome WAJANGCHANG representa o som de algo se quebrando e já antecipa a proposta da banda com o comeback: um novo começo, onde velhas fórmulas são despedaçadas para dar lugar ao inesperado. A metáfora das pétalas que florescem e caem, usada na divulgação do álbum, casa perfeitamente com essa ideia de renovação e evolução.
E os destaques vão para…
O disco abre com uma das titletracks, “Wakey Wakey (잠깨)”, liberada no dia 27 de março como pré-release. É uma faixa divertida, fofinha e com uma vibe boa para introduzir o mood do álbum, embora não chegue a ser memorável dentro da discografia da banda.
Já a segunda titletrack, “Hippo (하마)”, evidencia o violino marcante de Yechan, além de adicionar linhas de baixo viciantes, um charme excêntrico e efeitos sonoros inesperados. O MV cria uma atmosfera lúdica com uma animação que representa a divertida narrativa do álbum a partir do encontro com um hipopótamo azul: “You’ll know if you ever stand shy in front of a hippo you fell for at first sight”.
Entre os destaques do álbum, “Pathetic Love (내가 더)” brilha com um instrumental que mescla tons suaves e mais intensos. Minha favorita vem em seguida: “Outsider (뚝딱)” tem uma vibe pulsante que me lembrou muito do J-Pop/J-Rock old school que eu tanto gostava de ouvir.
Na reta final, LUCY desacelera com duas faixas que revelam o lado mais sensível da banda. “Why You Hate… (미워하지 않아도 될 수많은 이유)” me conquistou pela cativante introdução acústica. Composta por Sangyeop, “bleu” fecha o álbum como uma canção de ninar suave. Com seu instrumental delicado, seria a escolha perfeita para encerrar um show da banda durante uma turnê — luzes de celular no ar, público em silêncio, emoção à flor da pele.
Apesar da ausência de Gwangil, WAJANGCHANG <와장창> mostra que LUCY segue firme em sua jornada para romper padrões e criar sua própria identidade sonora dentro do pop rock. Além da participação de Sangyeop em “bleu”, Wonsang, assumiu a frente da produção do álbum mais uma vez.
Já conferiu toda a tracklist? Ouça o álbum WAJANGCHANG completo no Spotify e compartilhe suas favoritas. 🎧
Hasta La Tour 