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[Review] Hanashura mostra o poder da imersão através das palavras

Imagem com todos os membros do clube de transmissão do anime Hanashura

Hana wa Saku, Shura no Gotoku 「​​黒岩メダカに私の可愛いが通じない」, também conhecido como Hanashura encontra seu brilho próprio pela abordagem artística singular — que coloca as vozes de seus personagens no centro dos holofotes. O anime, baseado no mangá de Takeda Ayano (história) e Musshu (arte), estreou no dia 8 de janeiro, com 12 episódios produzidos pelo Studio Bind.

Embora apresente uma narrativa simples e polida, senti uma identificação muito forte com a jornada de Hana ao descobrir um novo mundo depois de entrar para o clube de transmissão da escola. Além da conexão com a ambientação do anime, o enredo é leve e os personagens esbanjam carisma. Vem comigo?

Ficha técnica de Hana wa Saku, Shura no Gotoku

Anime: Hana wa Saku, Shura no Gotoku

Gênero: Drama

Número de Episódios: 12

Estreia: 8 de janeiro de 2025

Estúdio: Studio Bind

Adaptação: mangá de Takeda Ayano (história) e Musshu (arte)


Hana sempre foi encantada pelo poder das palavras, mas suas experiências se limitavam dentro da pequena ilha de Tonakijima. Seu universo se expande quando ela entra para o clube de transmissão da escola e descobre o verdadeiro impacto de engajar as pessoas com sua voz, um pouco de refinamento técnico e uma narrativa envolvente. Através da recitação, ela transforma simples versos em emoções arrebatadoras que cativam as pessoas ao seu redor. Ao lado de seus novos amigos, Hana descobre que a força das palavras pode tocar até a alma.

Review de Hanashura

Estúdios de gravação só me trazem lembranças boas, pois marcaram minha vida como estudante de jornalismo. Era um dos lugares onde eu mais gostava de estar, onde eu me sentia confortavelmente acolhida como se estivesse em casa. Quando descobri que Hana wa Saku, Shura no Gotoku traria um ambiente tão familiar para mim, o anime conquistou seu espaço na seleção da temporada.

Como as vozes dos personagens são as verdadeiras protagonistas, a grande força de Hanashura está na qualidade sonora. A obra não apenas explora a técnica vocal e a arte da narração, mas também usa o design de som com uma curadoria detalhista. Cada ruído — seja o som de passos, da brisa do vento ou das ondas do mar acompanhadas pelas gaivotas (como no episódio 9), é captado com precisão para criar uma atmosfera imersiva. Essa atenção aos detalhes sonoros eleva a experiência.

Se o destaque está na voz, a performance dos dubladores é essencial para sustentar o anime. Fujidera Minori entrega uma interpretação cheia de nuances à protagonista Hana. A evolução de sua voz, desde a timidez inicial até a força expressiva que ela alcança nas recitações, é um dos pontos altos.

Os outros membros do clube também têm momentos de brilho, cada um trazendo sua própria personalidade e estilo de narração. Essa diversidade enriquece a experiência e reforça a temática central do anime: a voz como um instrumento de expressão e conexão.

Visualmente, Hanashura investe em uma paleta de cores suaves e cenários detalhados que captam o contraste entre a serenidade da ilha de Tonakijima e a intensidade das recitações. Durante as performances, o anime utiliza visuais dinâmicos para ilustrar a emoção das palavras, enquanto transporta para dentro das histórias contadas pelos personagens.

Play na voz, pausa no desenvolvimento dos personagens

Se o refinamento técnico e as experiências ajudaram as vozes dos personagens a evoluir, o desenvolvimento acabou ficando em segundo plano. Além de Hana, Mizuki revela um pouco dos elementos que moldaram sua personalidade, com pequenos vislumbres das vidas de Akiyama, An e Hakoyama. Entre eles, as interações funcionam. No entanto, falta aprofundamento para tornar suas trajetórias mais memoráveis para nós. 

Até mesmo a presença de Saionji Shura parece desconectada da história. No início, tive a impressão de que seu papel influenciaria a trajetória da Hana de alguma forma. A sensação no final transmite o oposto, como se sua personagem fosse apenas uma passagem em um livro de recitações. 

Já que entramos no último episódio, o roteiro poderia ter ido além para explorar o crescimento das relações entre os personagens ou, quem sabe, a participação no torneio tão falado ao longo do anime. Depois de todo o preparo, ficamos no escuro, o que nos leva naturalmente a uma sequência. Mas será que teremos?

Hana wa Saku, Shura no Gotoku é um anime que se destaca por sua originalidade e execução primorosa, proporcionando uma experiência audiovisual cheia de paixão pela expressão artística. Se você aprecia histórias bem contadas, que mexem com todos os sentidos e trazem um toque de poesia, Hanashura é um bom lugar para começar.

Leveza me lembra de Okitsura, um anime divertido e cheio de referências turísticas da ilha de Okinawa. ˆˆ

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