
Ao no Hako 「アオのハコ」 foi uma das estreias mais aguardadas da última temporada e manteve seu hype até o final (pelo menos para mim). Seis meses depois, o anime chegou ao 25º episódio, deixando para trás um leve gostinho amargo de quero mais, algumas lágrimas e muita torcida por uma sequência. Afinal, Taiki, Chinatsu-先輩, Hina e companhia esbanjaram carisma do início ao fim e, com certeza, ainda têm muito mais a mostrar.
Também conhecido como Blue Box, o anime é uma adaptação do mangá de Miura Kouji, com produção do estúdio Telecom Animation Film (Orange). Com um mix de romance e esporte, Ao no Hako traz uma história envolvente e visualmente atrativa, além de personagens bem desenvolvidos. Após acompanhar todos os episódios, vou compartilhar minhas impressões finais. Vem comigo?
Ficha técnica de Ao no Hako
Anime: Ao no Hako [Blue Box]
Gênero: Romance e Esportes
Número de Episódios: 25
Estreia: 3 de outubro de 2024
Estúdio: Telecom Animation Film
Adaptação: mangá de Miura Kouji (história e arte)
Inomata Taiki sonha em brilhar no badminton, mas seu maior incentivo é treinar ao lado de Kano Chinatsu, a estrela do basquete e também seu crush secreto. Quando o destino os coloca sob o mesmo teto, ele decide alcançar o campeonato nacional para ficar mais perto do nível dela e, quem sabe, futuramente criar coragem para dar um passo maior e diminuir a distância entre eles. Diante dos desafios do esporte, rivalidades e o apoio de sua amiga de infância, a ginasta Chouno Hina, Taiki tenta transformar seu amor e sua dedicação em vitórias dentro e fora das quadras.
Review de Ao no Hako
Ao no Hako tinha tudo para ser um dos melhores animes de romance do ano, além de agregar os esportes como uma extensão da história de amor entre Chii e Taiki. Chinatsu-先輩 é a estrela de basquete do time da escola, enquanto Taiki-君 é um atleta dedicado da equipe de badminton. Entre um treino e outro, os dois se aproximam como duas sementinhas que, aos poucos, crescem e ganham suas primeiras folhas.
Quando a família de Chinatsu precisa se mudar para o exterior, ela decide permanecer no Japão para alcançar o sonho de competir em nível nacional. Ela acaba indo morar com a família de Taiki, intensificando ainda mais os sentimentos do protagonista.
Romance sutil com triângulo amoroso 💔
Ao longo dos episódios, acompanhamos a intensa dedicação de Taiki para se destacar no badminton, enquanto um triângulo amoroso começa a ganhar forma. Depois de perceber que a amizade virou amor, Hina se declara para Taiki. Mas Taiki está interessado na Chinatsu. E de quem a Chinatsu gosta, até certo ponto do anime, é um verdadeiro mistério.
O romance em Ao no Hako é tratado com maturidade e realismo. Diferente de muitos animes do gênero, onde mal-entendidos se arrastam indefinidamente, a história permite que os personagens expressem seus sentimentos de forma honesta.
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O triângulo amoroso entre Taiki, Chinatsu e Hina é um dos pontos centrais, mas sem cair em clichês excessivos. A resolução desse arco no episódio 24 foi um divisor de águas para a narrativa, indicando que o foco esportivo pode se intensificar em temporadas futuras.
Apesar de gostar da divertida personalidade da Hina, torço pela Chii, porque eu vejo a Hina muito mais como amiga do que potencial interesse amoroso do Taiki. No entanto, confesso que foi difícil conter as lágrimas depois que ele, finalmente, decide dar sua resposta e deixar claro o caminho que seu coração deseja seguir. A cena do choro compulsivo da Hina, enquanto Ayame tenta consolá-la é intensa, cheia de impacto emocional e muito bem executada. *-*
Ao no Hako equilibra bem os elementos românticos e esportivos, mantendo um ritmo consistente ao longo de seus 25 episódios.
Bom desenvolvimento dos personagens 🌱
Romance, romance, esportes à parte! O grande destaque de Ao no Hako é o amadurecimento dos personagens. Taiki se diferencia de outros protagonistas de animes esportivos por não ser um prodígio nato. Ele é um atleta persistente e extremamente dedicado, que precisa lutar para conquistar seu espaço e deixar seu nome no badminton. Sua jornada é baseada no esforço e na autodescoberta — abrindo o caminho para que ela aprenda com seus erros, suas partidas e suas experiências dentro e fora das quadras.
Chinatsu, por sua vez, não é apenas um interesse romântico. Ela tem seus próprios objetivos a alcançar. Sua determinação no basquete e maturidade fazem dela uma personagem inspiradora. Já Hina se destaca por sua personalidade vibrante e pelo crescimento emocional ao longo da história.
O romance é quase um pano de fundo diante da evolução de cada um, com seus pensamentos internos (muitas vezes compartilhados por meio de monólogos), medos, desafios, sonhos e superações. A combinação da dinâmica (e do carisma) entre os três torna a narrativa ainda mais envolvente. E até mesmo personagens secundários como Ayame, Haryuu-先輩 e Kyou contribuem de forma significativa para o avanço da história.
Animação visualmente atrativa e trilha sonora delicada 🎵
A escolha da paleta de cores, a iluminação, os traços, brilho no olhar e cenários detalhados, enfim, toda a animação é visualmente atrativa aos olhos, transmite bem as emoções dos personagens e capta a essência da vida escolar em seu ápice.
As cenas esportivas são bem coreografadas, enquanto os momentos de introspecção ganham impacto com uma direção cuidadosa. As cores mudam conforme as cenas, com tons quentes para os momentos de felicidade e tons suaves para transmitir as interações mais intimistas.
A trilha sonora, composta por Yuki Hayashi, adiciona profundidade às cenas, elevando a experiência emocional do anime e criando uma ambientação imersiva.
Tanto as openings “Same Blue” (HIGE DANdism) e “Saraba” (Macaroni Empitsu) quanto as endings “Teenage Blue” (Eve) e “Contrast” (TOMOO) combinam bem com toda a vibe de Blue Box, assim como a escolha entre os pares de abertura e encerramento da primeira e da segunda metade. O anime começa vibrante com as descobertas de sentimentos, mas se torna emotivo ao longo do caminho com as declarações e resoluções.
Impressões finais de Blue Box

Blue Box traz uma abordagem refrescante para o gênero ao mesclar esportes com uma história de amor madura e emocionalmente envolvente. Os personagens são bem desenvolvidos, o romance é realista e a forma como a história é conduzida deixa uma sensação satisfatória no ar — apesar do repentino final. Quando as coisas estavam prestes a começar, acabou. E isso me pegou desprevenida!
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Com o triângulo amoroso resolvido (e a resolução do Taiki também), espero que venha uma segunda temporada ainda mais focada no lado competitivo dos esportes — badminton, basquete, ginástica — e que as sementinhas plantadas entre Chii e Taiki finalmente começam a dar mudas. Eu esperava uma declaração, ou um pequeno avanço, e recebi uma conversa aleatória sobre como as nuvens estavam se movimentando rápido. xD
E, se não for pedir muito, que a Hina volte a se animar, conquiste muitas coisas boas e retome a amizade com Taiki. Segunda temporada, お願いします! E a sequência foi confirmada no dia 27 de março. Yay! ˆˆ
Ao no Hako é um bom anime de romance (um dos melhores) e apresenta uma narrativa envolvente com personagens genuínos. O único problema é o ritmo lento e a falta de progressão, mas nada é perfeito, não é mesmo? Embora o final tenha me surpreendido e me deixado sem palavras, reconheço que o anime não tenta amarrar todas as pontas soltas ou forçar uma grande resolução. É um fechamento natural que respeita o tom da história.
Se você está procurando um anime que mergulhe na vibração da juventude, toque seu coração e permaneça nos seus pensamentos, Blue Box pode entrar na sua lista.
A combinação de uma boa história e personagens bem desenvolvidos também pode ser encontrada no remake de Fruits Basket.