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[Review] Hazure Skill “Kinomi Master” honra nome com mérito

Cena do anime Hazure Skill Kinomi Master com Light cultivando frutas em sua fazenda

Quando o verdadeiro “hazure skill” é o próprio roteiro, o que se faz? Se a proposta era apresentar um protagonista com uma habilidade inútil, Hazure Skill “Kinomi Master”: Skill no Mi (Tabetara Shinu) wo Mugen ni Taberareru You ni Natta Ken ni Tsuite 「外れスキル《木の実マスター》 ~スキルの実(食べたら死ぬ)を無限に食べられるようになった件について~」 vai além. Enquanto Light deixa de extrair todo o seu potencial como Mestre das Frutas, a história segue o mesmo destino e honra seu nome com mérito. 

O anime é uma adaptação do mangá de Hanyuu (história) e Matsukoto Air (arte) e a produção é do estúdio Asahi Production (Otonari ni Ginga). Seus 12 episódios foram ao ar entre os dias 7 de janeiro e 18 de março. O post já começa com um pequeno spoiler sobre o que eu achei da obra. Em seguida, vou compartilhar minhas impressões finais. Vem comigo?

Ficha técnica de Hazure Skill “Kinomi Master”

Anime: Hazure Skill “Kinomi Master”

Gênero: Ação, Aventura e Fantasia

Número de Episódios: 12

Estreia: 7 de janeiro de 2025

Estúdio: Asahi Production

Adaptação: mangá de Hanyuu (história) e Matsukoto Air (arte)


Em um mundo onde comer mais de uma fruta de habilidade significa morte certa, Light se entrega a uma vida pacata como fazendeiro após despertar um dom aparentemente inútil: Fruit Master. No entanto, ao ingerir outra fruta acidentalmente, ele descobre um segredo.

Sua skill oculta como Mestre das Frutas não apenas o torna imune aos efeitos fatais, mas também permite que ele acumule poderes de forma ilimitada. Com suas novas habilidades, Light trilha o caminho para se tornar um aventureiro que deixará sua marca na história.

Review de Hazure Skill “Kinomi Master”

Com uma proposta que mistura elementos clichês de isekai e habilidades inusitadas, Hazure Skill “Kinomi Master” tinha potencial para ser um entretenimento leve e divertido. O anime até começa como uma boa companhia para passar o tempo, mas logo se perde em suas próprias falhas narrativas e personagens sem carisma ou qualquer tipo de desenvolvimento. Em poucas palavras, uma experiência frustrante.

O maior problema está no protagonista. Light é vazio, passivo, incoerente e superficial. Mesmo com uma habilidade que poderia ser explorada de maneiras interessantes, ele raramente a utiliza. Sua presença na trama é tão apagada que, quando o anime decide focar em outros personagens, a qualidade melhora. Mas isso não é um elogio à construção dos coadjuvantes, e sim um reflexo de como Light falha como protagonista.

Se Ayla deveria ser a criança fofinha que traz leveza ao grupo, ela não cumpre o papel. Quando penso nela, duas imagens vêm à mente: Light-san pra cá e pra lá e pizza. Entre todos os personagens, Lena e Dratena provam que têm mais potencial de atrair os holofotes com base no protagonismo das duas nos episódios finais. 

Um roteiro cheio de brechas

A narrativa de Hazure Skill “Kinomi Master” também se mostra inconsistente. O anime introduz pequenos arcos e subtramas, mas sem conectar a história de forma satisfatória. Os diálogos, muitas vezes, parecem apenas palavras jogadas sem qualquer sentido. Os antagonistas são genéricos e os conflitos parecem apenas preencher tempo. O maior golpe para quem assiste é o final abrupto, deixando a sensação de que a história foi interrompida no meio — sem mais, nem menos.

A produção também apresenta altos e baixos. Os primeiros episódios têm um padrão gráfico razoável, mas conforme avança, a qualidade da animação cai. Os movimentos ficam engessados, os designs perdem consistência e algumas cenas parecem desenhadas sem cuidado. Ao menos, a cena da dança foi bonita de ver. 

Será que faltou criatividade para criar o roteiro? Será que o mangá não sustenta a história? Será que aconteceu algum imprevisto com a equipe de produção do anime? Sem um storytelling envolvente, diálogos interessantes e o amadurecimento gradual dos personagens, fica difícil estabelecer uma conexão com quem está assistindo. 

Hazure Skill “Kinomi Master” é um anime que poderia ser um passatempo descompromissado, mas falha até nisso. Com um protagonista inexpressivo, roteiro sem direção e um final inconclusivo, é difícil recomendar essa obra. Light consegue deixar sua marca na história, não como aventureiro, mas como um dos piores heróis a ser lembrado. 

Para melhorar a vibe, deixo Kaguya-sama wa Kokurasetai como recomendação divertida, romântica e nada convencional. ˆˆ

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