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Tour pelos animes: seleção de julho (+estreias da temporada)

Atenção passageiros! Chegou a hora de começar um novo tour pelos animes com o voo A2407, incluindo algumas das principais estreias da temporada. Na programação deste mês, você encontrará mais uma obra inspirada pela China Imperial, representada por Cinderella Chef, além de viajar para outro mundo com Youko em Juuni Kokuki. Também vamos resgatar do baú uma história de sacerdotisas e mechas com Kannazuki no Miko, além de mergulhar no universo de Suzume no Tojimari de Makoto Shinkai.

Entre as novidades que estrearam no Japão neste mês, a lista é grande e diversa. Do romance com Roshidere à magia com Tsue no Tsurugi no Wistoria, a seleção também inclui algumas sequências:

Passageiros com destino ao tour pelos animes, o embarque já vai começar. Mantenha sua bagagem de bordo, passaporte e passagem nas mãos. Tudo pronto? Então, vem comigo? 

Cinderella Chef

Meng Qi Shi Shen 「萌妻食神」, também conhecido como Cinderella Chef, é mais um anime inspirado pela China Imperial a integrar a programação do tour pelos animes. A história é baseada na web novel chinesa escrita por Zi Yi 281 (紫伊281) e produzida pelo estúdio Wawayu Animation. Entre 2018 e 2022, a obra ganhou três temporadas, com 12 episódios cada:

  • Meng Qi Shi Shen 「萌妻食神」
    • 29 de dezembro de 2018 a 9 de março de 2019
  • Meng Qi Shi Shen: Zaijie Liangyuan 「萌妻食神之再结良缘」
    • 9 de outubro a 18 de dezembro de 2021
  • Meng Qi Shi Shen: Huanxi Zhui Hun 「萌妻食神之欢喜追婚」
    • 5 de julho a 13 de setembro de 2022

A 1ª temporada apresenta Ye Jiayao/Ye Jinxuan, uma jovem e talentosa cozinheira que é magicamente transportada para a China Imperial após um incidente venenoso. Diante dos desafios inesperados, ela usa suas habilidades culinárias para sobreviver nesse novo mundo. É o que, literalmente, salva sua pele, já que ela chega em meio a um sequestro e é levada como refém para se casar com Xia Chunyu (um príncipe disfarçado como líder dos bandidos em uma missão secreta).

Com algumas reviravoltas, a 2ª temporada segue a mesma fórmula da primeira — uma série de mal-entendidos entre Jiayao e Chunyu, transformações estilo Sailor Moon antes de cozinhar qualquer prato e reações divertidas (e levemente exageradas) de todos que experimentam seus pratos. A história de personagens secundários, como Helian Jing e Ah Ruan, Liuli e Chunfeng, complementam bem.

A 3ª temporada é a cereja no bolo para quem acompanhou todos os episódios. Depois de tantas enrolações, dúvidas, idas e vindas, o final compensa a espera. É um dos finais mais satisfatórios que já vi em um anime. Simplesmente perfeito! Tudo que eu queria, veio acompanhado por comida, companheirismo, laços de família e amor.

Vale a pena?

Durante minha jornada pelos 36 episódios de Cinderella Chef, cheguei a hesitar em alguns momentos. Ouvi tantos comentários bons, mas o anime não parecia estar me guiando pelo mesmo caminho. Eu esperava mais romance e menos mal-entendidos. O que faltou em um e excedeu em outro, veio de forma equilibrada na leveza da história, no tom de comédia e no desenvolvimento dos personagens.

A protagonista é engraçada, astuta e realista, diferente das típicas personagens femininas que sempre dependem de proteção e choram diante das dificuldades. Jiayao conquista todos com sua habilidade na cozinha e seu espírito indomável. Chunyu é igualmente cativante do seu próprio jeito, com várias camadas a serem descobertas ao longo do anime, a cada interação com Jiayao.

Se você está à procura de um anime leve e divertido, Meng Qi Shi Shen atende. A animação também é bem-feita, com uma arte que faz jus às deslumbrantes paisagens chinesas e à apresentação dos pratos de Jiayao (mostrando os dotes culinários como uma verdadeira arte). A trilha sonora complementa bem a atmosfera leve e acolhedora do anime. Mesmo quando a história parece se arrastar um pouco devido a mal-entendidos ou lutas desnecessárias, o charme e a química entre os personagens nos mantêm por perto. E aí vem aquele final para fazer toda a experiência valer a pena.

As três temporadas de Meng Qi Shi Shen oferecem uma jornada repleta de amizades, aprendizados, autoconhecimento e momentos divertidos. O episódio final é particularmente memorável, fechando a história, mas também deixando o caminho aberto para possibilidades: “As long as there are still ingredients, the story of Cinderella Chef will not fade away. Maybe…one day…before a certain dish, we…will meet again “

Juuni Kokuki

Seguindo a trilha histórica, a programação deste mês inclui Juuni Kokuki 「世紀末オカルト学院」 e seus 45 episódios, exibidos entre 9 de abril de 2002 e 30 de agosto de 2003. O anime é uma adaptação da novel de Fuyumi Ono (história) e Akihiro Yamada (ilustrações). E chegou até nós pelo estúdio Pierrot (Bleach, Tokyo Ghoul, Akatsuki no Yona, Yuu Yuu Hakusho, Tokyo Mew Mew, Fushigi Yuugi, Ayashi no Ceres, entre outros).

Nakajima Youko é uma estudante que sempre desejou ser normal, mas nunca conseguiu se encaixar por causa de seu cabelo vermelho. Sua vida muda drasticamente quando Keiki surge magicamente e a chama de mestre e futura rainha de seu reino. Youko e seus colegas Yuko e Asano são levados para o mundo de Keiki. No caminho, o trio é atacado por youmas e separado de Keiki, o que os força a sobreviver sozinhos em um lugar desconhecido e perigoso.

Juuni Kokuki é um anime que requer um pouco de paciência, pois a história demora a engajar. No início, a protagonista Youko tem uma personalidade insegura, frequentemente chorando e confiando nas pessoas erradas, o que pode ser uma barreira para seguir em frente com o anime. Ao superar essa fase inicial, a narrativa começa a ficar interessante, explorando os 12 reinos deste novo mundo, com destaque para o Mount Hou (onde nascem os Kirins), En e Kei.

A estrutura em blocos, com interlúdios recapitulando episódios anteriores, pode ser cansativa, já que nem todos focam na Youko. A história atinge um clímax satisfatório no episódio 39, com o primeiro decreto de Youko como rainha de Kei. Os seis episódios finais não trazem respostas para algumas perguntas, especialmente sobre Yuko e Taiki. Mesmo assim, Juuni Kokuki tem seu charme pelo mundo aberto que apresenta, com potencial para inúmeras histórias alternativas e continuações.

Kannazuki no Miko 

Produzido pelo estúdio TNK (School Days), Kannazuki no Miko foi ao ar entre 2 de outubro e 18 de dezembro de 2004. O anime é uma adaptação do mangá de Kaishaku e ganhou 12 episódios, além de histórias extras envolvendo as protagonistas Chikane e Himeko em universos paralelos ou algo similar — uma abordagem comum em trabalhos do CLAMP. 

A história se passa na pacata vila de Mahoroba, onde vivem duas estudantes. Himeko é tímida, chorona e insegura, enquanto Chikane é ousada, elegante e independente. Quando um grupo conhecido como Orochi começa a atacar, as duas precisam despertar os poderes das sacerdotisas do Sol e da Lua para conter a ameaça.

Kannazuki no Miko deixa a desejar em vários aspectos. O desenvolvimento dos personagens é limitado, tornando-os unidimensionais e sem profundidade. Himeko é frágil e incapaz de tomar qualquer atitude sem a ajuda de Chikane ou a proteção de Souma. Chikane tem uma personalidade questionável e cheia de obsessões com Himeko, levando a alguns comportamentos deploráveis.

Já Souma é o típico garoto mais popular da escola. Também é amigo de infância de Himeko, além de ser apaixonado por ela — a ponto de ir contra seu destino como um dos membros do Orochi para protegê-la, mesmo que custe sua vida. Sei que Kannazuki no Miko é yuri, mas torci por ele o tempo todo. Entre quem protege e quem assedia, como não escolher o primeiro? すまん 😛

Os vilões atacam aleatoriamente com robôs gigantes que surgem do nada, tornando as batalhas previsíveis e cansativas. Não vou nem entrar no mérito do fanservice, já que não faz meu estilo. Kannazuki no Miko é cheio de clichês e melodrama forçado. A falta de desenvolvimento contínuo e a repetição de cenas onde Himeko só sabe chorar e se apoiar na Chikane tornam o anime monótono. 

Suzume no Tojimari [Movie]

Entre os maiores clássicos de Makoto Shinkai estão  Kimi no Na wa 「君の名は」 e Tenki no Ko 「天気の子」. Você provavelmente já ouviu falar em um ou no outro. Não são os únicos, mas os mais conhecidos. O filme Suzume no Tojimari 「すずめの戸締まり」 se une à dupla, estendendo o repertório de obras do diretor que deixaram sua marca. 

Produzido pelo estúdio CoMix Wave Films, o filme foi lançado em 2022. A história mostra o encontro entre a jovem estudante Iwato Suzume e o misterioso viajante Munakata Souta. Juntos, eles embarcam em uma missão para fechar portas sobrenaturais que ameaçam liberar um mal antigo sobre o Japão, capaz de provocar catástrofes naturais avassaladoras, como um terremoto com o poder de destruir cidades inteiras.

Como já era de se esperar de uma obra dirigida por Makoto Shinkai, a animação do filme é excepcional, com paisagens detalhadas que capturam a essência do Japão — desde ruínas decadentes até mundos etéreos. A trilha sonora, composta pela talentosa banda RADWIMPS (ラッドウインプス), intensifica a narrativa e cria uma atmosfera emocionalmente carregada. A música complementa perfeitamente as cenas de ação e introspecção, enriquecendo a experiência cinematográfica.

Suzume no Tojimari também traz uma mensagem poderosa sobre enfrentar a perda e encontrar forças para seguir em frente. A jornada de Suzume é uma metáfora para superar traumas do passado, valorizar as conexões humanas e viver plenamente. 

O filme é uma obra-prima que combina elementos de fantasia e aventura de maneira magistral. Com uma animação deslumbrante, trilha sonora envolvente e história tocante, Suzume no Tojimari é um #mustwatch para quem aprecia os trabalhos de Makoto Shinkai.

 


Bônus「 1 」: impressões das estreias da temporada

Quem é passageiro frequente do tour pelos animes aqui do blog, já sabe o que não pode faltar no início de cada temporada, não é? Isso mesmo! Julho marca o início de mais uma leva de lançamentos chegando direto do Japão. A seguir, vou compartilhar as primeiras impressões sobre as produções que comecei a acompanhar neste mês. 

Roshidere

Tokidoki Bosotto Russia-go de Dereru Tonari no Alya-san 「時々ボソッとロシア語でデレる隣のアーリャさん」, também conhecido como Roshidere é um dos animes românticos mais promissores da nova temporada de verão no Japão. Com 12 episódios, o primeiro foi ao ar no dia 3 de julho. A adaptação é do estúdio Doga Kobo — Oshi no Ko, Kawaii Dake ja Nai Shikimori-san, Tada-kun wa Koi wo Shinai, Myself; Yourself, entre outras produções.

Na última temporada de animes, senti falta daquele rom-com típico, sabe? Tivemos momentos fofinhos com Maou no Ore ga Dorei Elf wo Yome ni Shitanda ga, Dou Medereba Ii? 「魔王の俺が奴隷エルフを嫁にしたんだが、どう愛でればいい?」 e um pouco de romance com Lv2 kara Cheat datta Moto Yuusha Kouho no Mattari Isekai Life 「Lv2からチートだった元勇者候補のまったり異世界ライフ」. Mas a maior promessa, Unnamed Memory acabou deixando a desejar.

Roshidere já deixou uma boa impressão com seus primeiros episódios, indicando que o romance entre Alya e Masachika Kuze tem tudo para ser bem desenvolvido e marcar a temporada. Além do relacionamento, a história também traz um toque de comédia com as cenas de Alya falando abertamente sobre seus sentimentos em russo (enquanto acredita que ninguém entende o idioma) e o ciúmes da “amiga” de infância Suou Yuki. 

Tenho uma teoria sobre a irmã da Alya. Não sei se mais alguém pensou o mesmo que eu, mas, por enquanto, vamos esperar para ver os próximos episódios. ˆˆ 

Gimai Seikatsu

Gimai Seikatsu 「義妹生活」 é mais uma das estreias da temporada de julho a entrar na programação de bordo deste mês. Com 12 episódios, o anime começou a ser exibido no dia 4, ganhando adaptação do Studio Deen — Fate/Stay Night, Vampire Knight, Fruits Basket, Hakuoki, Rurouni Kenshin, Full Moon wo Sagashite, entre várias outras obras que já entraram e saíram da minha lista.

Como alguns dos meus animes preferidos passaram pelo estúdio, vi aí a primeira motivação para incluir Gimai Seikatsu na seleção. Além disso, a animação parece bem-feita e a narrativa chegou com uma premissa diferente do que costumo assistir, adotando um tom um pouco mais experimental.

Por enquanto, tenho uma percepção neutra e um olhar curioso para descobrir como a história entre dois estranhos, Asamura Yuuta e Ayase Saki, que se tornam meio-irmãos, amigos e talvez algo mais, será conduzida. Não indico, nem deixo de recomendar, mas posso adiantar que Gimai Seikatsu não é um anime para todos. Tem um ritmo lento, com cenas do dia a dia que se estendem (muitas vezes no silêncio) e um toque bem experimental.

Madougushi Dahlia wa Utsumukanai

Outro estreante da temporada é Madougushi Dahlia wa Utsumukanai 「魔導具師ダリヤはうつむかない」, que começou a acompanhar a jornada da artesã de artefatos mágicos Dahlia no dia 6 de julho. Com 12 episódios, a adaptação é dos estúdios Typhoon Graphics (Kanojo ga Koushaku-tei ni Itta Riyuu, ) e Imagica Infos (Kusuriya no Hitorigoto). 

O estilo do anime me lembra uma mistura de Tensei Kizoku, Kantei Skill de Nariagaru 「転生貴族、鑑定スキルで成り上がる」da última temporada e Sugar Apple Fairy Tail 「シュガーアップル・フェアリーテイル」. Por gostar dos dois, achei que seria uma boa adesão ao catálogo deste mês. Além disso, a animação também parece boa e os dois estúdios trabalharam com animes que se destacaram para mim.

Pelos primeiros episódios, o ritmo de Madougushi Dahlia wa Utsumukanai é bem suave, mas equilibrado, tranquilo e, de certa forma, relaxante. A história passa por alguns momentos tristes (eu já esperava por eles pela vibe do anime) e que devem contribuir com o crescimento de Dahlia — como mulher e como artesã em seus novos profissionais. A trilha sonora também é agradável, principalmente a ending. Tem sido uma boa companhia para as tardes de sábado. 

Shoushimin Series

Shoushimin Series 「小市民シリーズ」 é mais uma das novidades da temporada chegando por aqui. O anime estreou no dia 6 de julho e deve ganhar 10 episódios. A adaptação é do estúdio Lapin Track, responsável pelo OVA de Wotaku ni Koi wa Muzukashii, um dos destaques do tour pelos animes de maio.

Ao receber indicação como uma das recomendações de romance entre as estreias de julho, achei que seria bom para acompanhar Roshidere. A animação também parece muito bem-feita, principalmente o brilho nos olhos. Até agora, apenas três episódios foram liberados. Um deles foi adiado, aparentemente devido à transmissão das Olimpíadas em Paris e um conflito de horários. 

Os três episódios de Shoushimin Series parecem independentes, isto é, daria para ver cada um em qualquer ordem sem perder o contexto. A impressão inicial é que cada episódio representa um mistério a ser resolvido por Kobato e Osanai, com um toque bem conceitual tanto pelo diálogo entre os personagens quanto pela abordagem visual, a direção e o ritmo do roteiro. Um deles é totalmente focado em revelar como fazer um chocolate quente. Não é um anime para qualquer um, mas pode ser interessante para os mais curiosos.

Katsute Mahou Shoujo

Katsute Mahou Shoujo to Aku wa Tekitai shiteita 「かつて魔法少女と悪は敵対していた」 é um dos animes da temporada com uma proposta um pouco diferente. Ele mantém o padrão de 12 episódios, mas com uma duração bem curtinha (cerca de 12 minutos cada um). O primeiro, aliás, foi ao ar no dia 9 de julho. A adaptação é do estúdio Bones — Fullmetal Alchemist, Ouran Koukou Host Club, Akagami no Shirayuki-hime, Carole & Tuesday, Scrapped Princess.

Animes com magical girls sempre são uma boa pedida para quem gosta do tema. Não sei você, mas eu cresci com Sailor Moon 「 美少女戦士セーラームーン」 e Cardcaptor Sakura 「カードキャプターさくら」 e, às vezes, sinto falta de algo similar para relembrar os bons tempos. Eu sabia que Katsute Mahou Shoujo não seria assim, mas pensei: por que não dar uma chance e ver como é?

Resumindo, cada episódio marca um confronto encontro entre a magical girl Byakuya Mimori e o líder de uma organização do mal, mais conhecido como Sanbo-san. No lugar de batalhas intensas, os dois passam tardes experimentando diferentes tipos de docinhos. Ainda não sei bem como me sinto em relação ao anime. A animação é bonitinha, mas os diálogos parecem um pouco limitados. Não vou nem entrar na questão da diferença de idade. Vamos ver como serão os próximos capítulos…

Bye Bye, Earth

Mais uma estreia da nova temporada no catálogo do voo A2407, Bye Bye, Earth 「ばいばい、アース」 teve seu primeiro episódio em 12 de julho. A adaptação é do estúdio LIDENFILMS — Kimi wa Houkago Insomnia, Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (remake), Kami wa Game ni Ueteiru, Lost Song, entre outros. 

Para mim, essa nova leva de animes trouxe algumas propostas diferentes e até mais interessantes do que as produções da última temporada. Bye Bye, Earth chamou minha atenção pela história e pela animação. Aparentemente, Lablac Belle é a única humana em um mundo dominado por uma série de raças com características animalescas (orelhinhas, rabinho, pelos, mãos com garras e por aí vai). Ela sai em busca de suas origens e do seu propósito nesse mundo que parece não se encaixar com sua vida. 

Até agora, Bye Bye, Earth está entre os meus preferidos da temporada de julho. Além da animação e enredo, a trilha sonora também se destaca. Abertura, encerramento e as músicas de fundo que acompanham a jornada de Belle combinam com a atmosfera do anime. Gosto do universo mágico e da lógica reversa dos humanos como minoria diante de outras raças. Além disso, estou curiosa com a entrada do Adonis. Cabelo prata e orelhinhas de raposa, tem tudo para ser um dos meus personagens preferidos. xD

Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboetenai no ka?

Com estreia no dia 13 de julho, Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka? 「なぜ僕の世界を誰も覚えていないのか?」 também entra no tour pelos animes deste mês. A obra ganhará 12 episódios, com adaptação do estúdio Project No.9 (Otonari no Tenshi-sama ni Itsunomanika Dame Ningen ni Sareteita Ken).

Animes com temática que envolvem alguma mudança no mundo ou a presença de outras raças tendem a explorar uma abordagem interessante. Conforme os primeiros episódios indicam, Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka? parece mostrar como seria o mundo em uma realidade paralela. Kai é transportado de um mundo onde os humanos vencem uma grande batalha contra as cinco raças para um universo em que os humanos se escondem em cidades subterrâneas para sobreviver.

A animação tem uma boa qualidade, também com destaque para o detalhe dos olhos que, desde Oshi no Ko, sempre me fazem reparar neles. O protagonista é forte, mas de uma forma realista, o que o difere de outros em situações semelhantes. Além disso, a história desperta a curiosidade. Quem está por trás da reprogramação do mundo? Como e por que Kai foi transportado para outra realidade? Qual é a origem de Rinne? Estou curiosa para descobrir em qual direção a história de Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka? vai me levar.

Tsue no Tsurugi no Wistoria

Tsue no Tsurugi no Wistoria 「杖と剣のウィストリア」 é a última novidade a entrar na programação do tour pelos animes deste mês. Produzida pelos estúdios Actas (Mermaid Melody Pichi Pichi Pitch) e Bandai Namco Pictures, a obra estreou no dia 7 de julho e, por enquanto, ainda não há informações sobre o volume de episódios. Espero que sejam muitos, já que também está entre os meus preferidos da temporada de julho até agora.

Ao ver o trailer pela primeira vez, Tsue no Tsurugi no Wistoria me lembrou de Harry Potter — não apenas por envolver uma escola de magia, mas também pela forma como a história de Serfort Will é contada. Sem falar na animação e nas cenas de luta nas dungeons quando o protagonista entra em ação, trocando a varinha pela espada.

Assim como Shoushimin Series, o quarto episódio foi adiado, provavelmente pelo mesmo motivo, já que estamos em época de transmissão dos jogos olímpicos. Apesar dos poucos episódios disponíveis, o anime está marcando presença forte na minha lista de potenciais favoritos da temporada. Estou curiosa para acompanhar a jornada de Will com seu desejo de se tornar um Magia Vander e reencontrar sua amiga de infância Elfaria. Aliás, o terceiro episódio termina bem promissor para o lado dele.


Bônus「 2 」: sequências que estrearam nesta temporada

Para acompanhar as estreias da temporada, incluí no catálogo de bordo do voo A2407 as continuações de três animes. O roteiro abre como Oshi no Ko e passa por NieR: Automata Ver1.1A até chegar na segunda temporada de KimiSen. A seguir, vou compartilhar as primeiras impressões sobre as produções que ganharam uma sequência e já estavam na lista de espera para entrar na programação. 

Oshi no Ko 2

Além das estreias de julho, dessa vez a programação também inclui algumas sequências que retornaram. Entre elas, Oshi no Ko 「推しの子」, que voltou com sua segunda temporada no dia 3 de julho e também ganhou um review mais detalhado aqui no blog como aquecimento para acompanhar a jornada de Aqua, Ruby, Akane e Arima. A sequência deve ganhar 13 episódios, mantendo a adaptação com o estúdio Doga Kobo. 

Um dos pontos marcantes da primeira temporada de Oshi no Ko foi a trilha sonora, tanto na abertura quanto no fechamento. Embora a nova opening não alcance o mesmo impacto, a forma como o instrumental da ending entra no final, enquanto a história ainda está em andamento, dá um toque todo especial. 

Na continuação, Aqua ainda busca pistas sobre os mistérios que envolvem a morte de Ai e a verdadeira identidade de seu pai. O que muda é a ambientação. Nos primeiros episódios, mergulhamos nos bastidores da produção de uma peça de teatro adaptada a partir de um mangá. O foco está em Aqua, Akane e Arima, como parte do elenco, além da introdução de alguns personagens novos. 

Inclusive, o primeiro episódio foi bem marcante para mim ao apresentar os personagens em seus respectivos papéis na peça. Por um momento, pensei que eu tinha começado a acompanhar o anime errado. xD Estou curiosa para ver os desdobramentos.

NieR: Automata Ver1.1A (Cour 2)

Outro anime que voltou com a segunda temporada neste mês foi NieR: Automata Ver1.1A (Cour 2),  baseado no jogo NieR: Automata. A adaptação de mais 12 episódios é do estúdio A-1 Pictures — conhecido por uma série de boas obras como Sword Art Online, Shigatsu wa Kimi no Uso, Fate/ Apocrypha, Magi: The Labyrinth of Magic, Record of Grancrest War, Black Butler e Solo Leveling.

Quando comecei a acompanhar a primeira temporada durante o lançamento em 2023, não consegui ir além do segundo episódio. Ao ver uma sequência se aproximando neste ano, resolvi dar mais uma chance e até preparei um review mais completo contando como foi minha experiência ao retomar a missão de 9S e 2B em NieR: Automata Ver1.1A no resgate do planeta para o retorno da humanidade. 

A qualidade da animação se mantém, assim como a escolha da trilha sonora. Tanto a opening como a ending deixam sua marca. Já a história nesses primeiros episódios têm me intrigado, além de provocar uma certa tensão pelo clima de guerra, destruição e até vírus agora. Eu nunca sei o que esperar. Cada episódio é uma caixinha de surpresas. Primeiro foi 9S em um loop infinito de reinicializações. E a 2B? Como ainda não joguei, estou bem curiosa para saber o que está por vir e me apegando cada vez mais à dupla de andróides.

KimiSen 2

Após quase quatro anos desde a estreia, Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Aruiwa Sekai ga Hajimaru Seisen 「キミと僕の最後の戦場、あるいは世界が始まる聖戦」, ou KimiSen, também voltou com sua segunda temporada. Assim como Oshi no Ko, o anime ganhou um review mais completo como aquecimento. A adaptação continua com o estúdio  SILVER LINK (Hamefura, Tearmoon Teikoku Monogatari, alguns especiais de Fate, entre outros), mas agora inclui também o Studio Palette.

A história ao estilo Romeu (Iska) e Julieta (Alice), o ritmo do romance se desenvolvendo de forma gradual, a animação, as batalhas entre Império e Soberania, vários foram os motivos que me levaram a acompanhar a primeira temporada de KimiSen. E eu estava ansiosa pela continuação. Pelo trailer, parecia que o anime seguiria com a mesma qualidade, mesmos Voice Actors (VA), enfim, aquela familiaridade que esperamos ver em uma sequência. Porém…

Não sei se foi desde o primeiro episódio e, por eu estar muito animada, não reparei. Comecei a perceber mais a partir do segundo episódio (e acho que foi um dos piores até agora). Do que estou falando? Bom, se você também está vendo KimiSen, provavelmente pensou na animação, né? O cabelo dos personagens perdeu o brilho, as cores parecem menos fluidas, alguns ângulos estão meio desproporcionais e até mesmo os diálogos (em um ponto ou outro) deixam a desejar. 

Eu realmente gosto da história e espero que a qualidade dos próximos episódios melhore (e volte ao que vimos na primeira temporada). Apesar da frustração com o visual, vou continuar acompanhando.

* * *

Como foi seu voo neste mês? Espero que tenha aproveitado a seleção de animes que preparei para acompanhar sua viagem até aqui. Entre as obras fora da temporada, Cinderella Chef é minha maior recomendação pela leveza da história e o final excepcional. Suzume no Tojimari também como mais uma das obras brilhantes de Makoto Shinkai. Já com o olhar para as novidades que estrearam, Roshidere; Bye Bye, Earth e Tsue no Tsurugi no Wistoria, por enquanto, são as mais promissoras — com menção especial a Madougushi, Naze Boku no Sekai e a 2ª temporada e Oshi no Ko.

Obrigada pela preferência mais uma vez. Nos vemos no próximo voo? Até nosso reencontro, confira os 14 melhores animes que acompanhei em 2023. ˆˆ

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