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[Review] Kimi ni Todoke: ao alcance de um doce romance 

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta, cada um olhando para um lado diferente com os rostos vermelhos

Você conhece Kimi ni Todoke? Ou pelo menos já ouviu falar sobre? Espera! Não me diga que não, porque se essa é a sua resposta, guarde a leitura deste review para mais tarde e comece a maratonar o anime agora mesmo. Além de ser um clássico, que completa 15 anos desde o seu lançamento para a TV, Kimi ni Todoke é um dos melhores animes românticos entre as inúmeras obras do gênero que já acompanhei.

Na verdade, a história de Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta começa alguns anos antes, em 2006, quando o mangá de Karuho Shiina teve seus primeiros volumes lançados pela Shueisha. Entre os anos de 2009 e 2011, veio o anime com duas temporadas, além de uma adaptação para filme. Em 2023, a Netflix produziu uma série e anunciou para 2024 uma sequência inédita para o anime.

Com a 3ª temporada prestes a começar, eu fiz uma viagem no tempo para compartilhar com você a história de um dos meus animes de romance preferidos. Vem comigo?

Ficha técnica de Kimi ni Todoke

Gênero: Drama, Romance

Estúdio: Production I.G

Número de Episódios: 25 + 12, além de dois live-actions

Estreia: 1ª Temporada (2009), 2ª Temporada (2011) e 3ª Temporada (2024)


Kimi ni Todoke acompanha o crescimento de Sawako Kuronuma. Pelo seu jeito tímido e os longos cabelos escuros, ela é vista por seus colegas como o personagem de um filme de terror. Mas as aparências enganam, já que a protagonista é extremamente meiga e gentil. Por não conseguir se aproximar das pessoas, nem se expressar direito, ela não teve a chance de mostrar como realmente é.

As coisas começam a mudar quando Kuronuma conhece Kazehaya Shouta, um garoto popular e tão gentil quanto ela. Kazehaya é a primeira pessoa a conversar com Kuronuma sem se desculpar ou sair correndo. E também o primeiro a ver através dela, enxergando seu lado doce.

A partir do encontro dos dois, uma linda história de amor floresce em meio a uma montanha-russa de emoções. Kuronuma começa a se abrir para as pessoas ao seu redor, enquanto amadurece, faz novas amizades e passa a contar com o apoio de Kazehaya. 

Em 2010, o anime ganhou um filme live-action com Haruma Miura e Mikako Tabe. Em março de 2023, a Netflix adaptou a história para uma série, também com atores reais. Agora, 15 anos depois da estreia do anime, Kimi ni Todoke está ganhando uma continuação… ❤

Review de Kimi ni Todoke

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta cuidando de um cachorrinho abandonado

Baseado no mangá de Karuho Shiina, Kimi ni Todoke 「君に届け」ganhou sua primeira adaptação para anime entre 7 de outubro de 2009 e 31 de março de 2010, com 25 episódios. No ano seguinte, veio um live-action em forma de filme com Haruma Miura (meu eterno Kazehaya da vida real). Entre 12 de janeiro e 30 de março de 2011, a segunda temporada deu continuidade à doce história de amor entre Kuronuma e Kazehaya, com mais 12 episódios. 

As duas foram produzidas pelo mesmo estúdio, o Production I.G (Psycho Pass, Guilty Crown, Ao Haru Ride, xxxHolic, Mahoutsukai no Yome, Kaleido Star). Mais recentemente, em 2023, foi a vez da Netflix investir em sua própria adaptação de uma das obras mais marcantes no estilo shoujo. A plataforma produziu o live-action From Me To You em forma de série com 12 episódios e anunciou o retorno do anime para sua terceira temporada no dia 1º de agosto de 2024. A sequência vem 13 anos depois do final da segunda temporada. 

Mesmo após tanto tempo, Kimi ni Todoke continua sendo uma das minhas obras shoujo preferidas. Apesar de ter um ritmo lento para o desenvolvimento do romance e de algumas questões estéticas no anime que atrapalham um pouco a experiência, o carisma dos personagens, a história de Kazehaya e Kuronuma, as amizades, a trilha sonora, a trilha de aceitação e o crescimento que vem com ela superam qualquer brecha deixada. Kimi ni Todoke é um anime que fisga o coração com sua narrativa doce e cativante. 

Primeira temporada

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Ryuu, Ayane, Chizuru, Kuronuma e Kazehaya

A primeira temporada apresenta Sawako Kuronuma, uma garota tímida e mal compreendida pelas pessoas ao seu redor. Seu cabelo longo escuro, comportamento reservado e aura de mistério (que na verdade é apenas sua timidez para interagir com os outros), levam seus colegas a enxergá-la com uma aparência sombria. Na visão deles, ela lembra a Sadako, personagem do filme “O Chamado”. É assim que todos começam a chamá-la na escola, trocando Sawako por Sadako.

No entanto, o que Kuronuma mais quer é fazer amigos e viver uma vida normal. Ela só não sabe como, por mais que se esforce. É aí que entra Kazehaya Shouta. O garoto mais popular da classe e querido por todos é o primeiro a enxergar como ela realmente é. Por isso, aos poucos, ele começa a se aproximar dela. A vida de Kuronuma passa a mudar de formas inesperadas, já que sua personalidade extrovertida é o oposto dela. 

Kazehaya não é o único. Yano Ayane, Yoshida Chizuru e Sanada Ryuu também ficam mais próximos e, gradualmente, rompem a barreira que mantinha Kuronuma longe de todos. A partir de interações sinceras, laços genuínos de amizade e momentos de crescimento pessoal, Kuronuma começa a se abrir e fazer amizades verdadeiras.

Desenvolvimento dos personagens

Kuronuma é uma personagem incrivelmente bem desenvolvida. Desde o início, ela é retratada como uma figura tímida, ingênua e que vive em isolamento pelos mal-entendidos causados por sua aparência. Conforme a história do anime avança, acompanhamos sua evolução — de uma garota assustada para uma jovem confiante que começa a se aceitar, enquanto entende melhor o mundo ao seu redor. Sua jornada é marcada por momentos de introspecção e autodescoberta. É uma protagonista fácil de se relacionar e admirar.

Kazehaya é um personagem que desafia os estereótipos típicos do protagonista masculino em animes de romance. Ele é gentil, atencioso e genuinamente preocupado com o bem-estar de Kuronuma. Sua popularidade na escola não é apenas devido à sua aparência, mas também à sua personalidade calorosa, que naturalmente atrai as pessoas ao seu redor. A relação de Kazehaya e Kuronuma é um dos pilares emocionais da obra, demonstrando um crescimento mútuo e uma compreensão profunda.

Além de Kuronuma e Kazehaya, Kimi ni Todoke apresenta um elenco de personagens secundários memoráveis, principalmente com o trio Ayane Yano, Chizuru Yoshida e Ryuu Sanada. Até a entrada de Kurumizawa Ume como sua rival pelo amor de Kazehaya é essencial para o amadurecimento da protagonista. Cada um tem sua história (e seus próprios desafios a superar), o que contribui significativamente para a narrativa, ajudando Kuronuma em sua jornada e adicionando camadas de complexidade à história. 

Animação, arte e trilha sonora

A animação e a arte de Kimi ni Todoke são atrativos à parte. O anime tem um visual suave, doce e gentil, além de uma paleta de cores claras com nuances pastéis na maior parte das cenas. Essa abordagem complementa perfeitamente o tom da história e pode facilmente nos fazer sorrir. As expressões faciais, o rosto corando e a linguagem corporal dos personagens são cuidadosamente animadas, capturando as sutilezas das emoções de uma forma que poucas obras conseguem. 

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta na sala de aula. Os dois estão se olhando profundamente e com os rostos vermelhos até um colega de classe aparecer de surpresa

O que me incomoda um pouco é a adoção da versão chibi para representar as diferentes expressões faciais de Kuronuma. Quando o recurso é bem aplicado, ele adiciona um ar de fofura e humor. Porém, ao ser utilizado em excesso, ele se torna cansativo. Foi o que senti, especialmente na segunda temporada. 

Assim como a animação, a trilha sonora de Kimi ni Todoke, com os temas de abertura e encerramento se encaixam com o ambiente romântico e o tom emocional da história. Já os sons de fundo, alguns com piano, outros com o efeito de caixinhas de música, são inseridos de forma eficaz para intensificar os momentos mais emotivos e adicionar profundidade à narrativa.

Trilha de aceitação e crescimento

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta acompanhados por um céu estrelado. Tentativa de Kazehaya de beijar Kuronuma, mas...

Uma das mensagens centrais de Kimi ni Todoke é a importância da aceitação. Kuronuma aprende a aceitar a si mesma e a perceber que, apesar de suas diferenças, ela merece ser amada e ter amigos. O enredo consegue transmitir isso de uma forma comovente através das interações dela com Kazehaya e outros colegas de classe. Dá vontade de sorrir, chorar e torcer por ela, enquanto o coração fica batendo mais forte do outro lado da tela.

A aceitação envolve autodescoberta, o que também nos leva ao crescimento pessoal. Com o apoio das amizades que faz pelo caminho e a descoberta dos seus sentimentos por Kazehaya — de admiração ao amor — Kuronuma sai de sua zona de conforto, enfrenta seus medos e gradualmente se transforma em uma pessoa mais confiante e segura de si. 

Este processo de amadurecimento é retratado com sensibilidade e realismo, tornando a jornada de Kuronuma ainda mais inspiradora. Mas leva tempo como qualquer trilha de aprendizado. E isso influencia o ritmo do romance. No caso de Kimi ni Todoke, os passos mais lentos até o sentimento de um alcançar o coração do outro é o que torna a experiência de acompanhar o anime tão inesquecível. 

Segunda temporada

Imagem do anime Kimi ni Todoke com  Kento, Kurumizawa, Ayane, Kuronuma, Kazehaya, Ryuu e Chizuru

A segunda temporada de Kimi ni Todoke 「君に届け」 nos leva de volta ao mundo das inseguranças da adolescência, das autodescobertas e do primeiro amor, mantendo o toque de sensibilidade e charme que nos cativou durante a primeira temporada. Animação, arte, trilha sonora e Voice Actors (VA), tudo se mantém como antes. O que muda é o foco da história, agora mais forte no desenvolvimento do romance entre os dois, mostrando mais do crescimento de Kuronuma e o lado tímido e inseguro de Kazehaya quando está com ela.

Após as memoráveis férias de Ano Novo com Kazehaya, Ayane, Chizuru e Ryuu, Kuronuma começa a se dar bem com seus colegas de classe. No entanto, uma nova preocupação vem à tona. O Dia dos Namorados está chegando, e agora? Kuronuma fica indecisa sobre dar chocolates para Kazehaya por pura insegurança e também por achar que estaria cruzando a linha com ele ou até mesmo impondo seus sentimentos. Tudo na mente dela, claro. Nossa protagonista já amadureceu um pouquinho, mas ainda está no início da trilha para ganhar mais confiança ao se expressar. Essa hesitação gera uma distância entre os dois, criando um clima de mal-entendidos com sentimentos guardados a sete chaves. 

Com o início do novo ano letivo, Kuronuma, Kazehaya e seus amigos estão na mesma turma. E um novo aluno se une a eles. A chegada de Kento Miura traz uma nova dinâmica à história, colocando ainda mais à prova os sentimentos de Kuronuma e Kazehaya.

Crescimento dos personagens

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma sorrindo e com o rosto vermelho, cercada por Ayane do lado esquerdo e Chizuru do lado direito

Kuronuma continua sua jornada de autodescoberta e crescimento pessoal. Sua transformação de uma menina tímida e incompreendida para alguém que começa a encontrar sua voz e expressar seus sentimentos é inspiradora, porém gradual. A segunda temporada destaca ainda mais sua evolução, mostrando como ela lida com suas emoções recém-descobertas e os desafios que surgem pelo caminho.

Kazehaya mantém seu carisma nas alturas, mas começa a mostrar um novo lado ao enfrentar suas próprias inseguranças pela distância que Kuronuma acaba criando e pela chegada de um potencial rival na figura de Kento. Sua dificuldade em expressar claramente seus sentimentos por Kuronuma cria momentos de tensão e frustração, mas também oportunidades para crescimento e entendimento mútuo.

A introdução de Kento Miura como um novo interesse potencial de Kuronuma adiciona um elemento de rivalidade à trama. Embora sua presença possa inicialmente parecer clichê, seu personagem evolui para ser mais do que apenas um obstáculo. Ele não apenas contribui para o desenvolvimento da narrativa de maneira significativa, como também ajuda a dar um certo gás no relacionamento entre Kazehaya e Kuronuma.

Enredo e ritmo mais lento

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma vermelha e surpresa ao ser abordada por Kazehaya

Uma crítica recorrente ao anime Kimi ni Todoke é o ritmo lento da narrativa. A história investe bastante tempo em mal-entendidos e hesitações, o que pode ser frustrante em alguns momentos. No entanto, esse ritmo lento também permite um desenvolvimento mais profundo dos personagens e de seus relacionamentos, recompensando nossa paciência com momentos emocionantes e significativos.

E se eu fosse assim? Se você entende bem a personalidade da Kuronuma, também conseguirá entender os motivos que ditam a velocidade dos acontecimentos. Ela precisa de tempo para se ajustar, enquanto nós precisamos de tempo para acompanhar seu crescimento. Confiança é algo que se constrói gradualmente, a partir das experiências do dia a dia e com a ajuda das pessoas que passam pelo nosso caminho.

Apesar do ritmo lento, a forma como a história de Kuronuma e Kazehaya é conduzida até o final da segunda temporada é gratificante. Os últimos episódios proporcionam um fechamento satisfatório, oferecendo o que a gente esperava desde o início: a confissão de sentimentos e a resolução de suas inseguranças.

Resiliência para transpor barreiras

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta em um abraço caloroso e quentinho

Kimi ni Todoke aborda temas universais de aceitação, crescimento pessoal e resiliência em meio à complexidade dos sentimentos durante a adolescência. A história destaca a importância de ser verdadeiro com seus sentimentos e com os outros. Também mostra como a comunicação aberta é essencial em qualquer relacionamento — não apenas romântico, mas também nas amizades e com a família. 

Quem nunca deixou de falar como realmente se sentia? Eu, você, todo mundo já deve ter passado por uma experiência assim. Não sei se é da nossa natureza, embora seja mais forte em uns e menos em outros. O que eu sei é que temos a tendência de esconder nossos pensamentos por achar que é o melhor para aquela situação. É exatamente isso que a Kuronuma e o Kazehaya fazem com receio de magoar ou causar mal-entendidos. O problema é que geralmente o contrário ocorre, não é?

Esses temas são explorados de maneira delicada e genuína, ressoando profundamente com quem assiste o anime. Embora o ritmo possa ser um ponto de frustração por frear mais do que acelerar, a resiliência traz maior profundidade emocional. No final da segunda temporada, somos recompensados por barreiras, enfim, rompidas, aproximando Kuronuma e Kazehaya.

Kimi ni Todoke: impressões finais

Imagem do anime Kimi ni Todoke com Sawako Kuronuma e Kazehaya Shouta de mãos dadas

Kimi ni Todoke é um achado dentro do gênero shoujo. Sem triângulo amoroso, harém ou personagens com estereótipos típicos de romances — elementos clássicos dentro do estilo. O anime tem apenas dois pontos negativos (mas nem tanto). 

O primeiro é o uso em excesso do formato chibi. Mesmo que traga fofura e humor, tudo tem um limite. A moderação é sempre a melhor abordagem. O segundo é o ritmo lento, cercado por uma série de mal-entendidos e inseguranças. Porém, é ele que faz Kimi ni Todoke ser o que é. Afinal, a história é sobre Kuronuma passando por diversas experiências — o primeiro colega amigável a sentar ao seu lado, o primeiro amor, as primeiras amizades, a primeira vez se abrindo com as pessoas ao seu redor para expressar seus verdadeiros sentimentos.

Não seria justo acelerar tantas primeiras vezes apenas para ver ela com o Kazehaya, não acha? Desacelerar é essencial para mostrar todas as emoções que vêm com elas e dar aos personagens a chance de se desenvolverem plenamente. Fica até mais fácil notar como Kuronuma sai da sua concha gradualmente através dos diálogos, nos momentos engraçados com os novos amigos, nas tristezas compartilhadas pelos mal-entendidos e no amor que começa a florescer. O fluxo gradual das coisas tem o seu charme e eleva ainda mais o grau de satisfação quando todas as peças, enfim, se encaixam.

Além da superfície…

Graças ao ritmo suave, também temos a chance de ir além da superfície e conhecer o outro lado do Kazehaya. Por trás da popularidade, ele é um garoto como outro qualquer, com suas inseguranças, imperfeições e desejos. Assim como nós queremos ver o romance fluir, ele também fica impaciente por não conseguir deixar claro para Kuronuma como se sente e por não saber se seus sentimentos serão correspondidos ou não. 

Imagem do anime Kimi ni Todoke com os olhares de Kuronuma e Kazehaya se encontrando

Kazehaya não é mais, nem menos que Kuronuma. Os dois vivem no mesmo mundo, embora tenham diferentes habilidades quando se trata de socializar. Enquanto na superfície, a dupla parece ser completamente o oposto um do outro, por dentro eles compartilham os mesmos sentimentos de dúvidas e medo em relação ao que sentem. Conforme passam por experiências e superam as adversidades juntos, seus laços se fortalecem.

Kimi ni Todoke é uma obra-prima do shoujo que merece ser assistida quem não dispensa um bom romance. Sua narrativa envolvente e realista, personagens bem desenvolvidos e profundamente humanos, uma arte delicada cheia de sutilezas e uma trilha sonora compatível com cada momento tornam o anime inesquecível. 

A primeira temporada estabelece uma base sólida para o crescimento contínuo dos personagens, enquanto a segunda acompanha as recompensas dessa jornada emocional e nos brinda com um dos romances mais doces entre as obras do gênero. Kimi ni Todoke é para quem aprecia histórias de crescimento pessoal e um amor fofinho, que se desenvolve genuinamente, sem pressa e com um final memorável.

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