Atenção passageiros! Quando entramos no período de início e final de temporada, a programação do tour pelos animes se estende. Neste mês, as obras lançadas em abril chegaram ao seu último episódio. Por isso, o voo A2406 será mais longo e terá mais conexões pelo caminho. Vamos começar pela China Imperial novamente com Memory of Chang’an, explorar o oculto com Occult Academy e entrar no clima romântico com 3D Kanojo: Real Girl.
Além disso, convido você a acompanhar os animes finalizados da temporada de primavera no Japão. Faremos oito paradas pelo caminho. Coloque seu cinto e mantenha o encosto da poltrona na posição vertical, pois o voo já vai decolar. Vem comigo?
Memory of Chang’an
Shi Yi Chang An: Mingyue Jishi You 「拾忆长安·明月几时有」ou Memory of Chang’an, mais uma vez, mergulha na China Imperial e no idioma chinês. A obra é uma adaptação do manhua “Prince! Don’t Do This!” de Dong Man Tang (动漫堂) e foi animada pelo estúdio Lingsanwu Animation. O anime ganhou 12 episódios na primeira temporada, entre 28 de outubro de 2020 e 6 de janeiro de 2021. Uma segunda temporada — Shi Yi Chang An: Mingyue Jishi You Er 「拾忆长安·明月几时有 貳」 — foi ao ar entre 15 de abril e 1 de julho de 2021, com mais 12 episódios e um especial.
Memory of Chang’an acompanha a chegada da enérgica princesa Li Mingyue em Chang’an para se casar com o reservado 9º príncipe da Dinastia Tang, Li Qiang. O casamento representa uma aliança política para evitar uma guerra. Em meio a traições e conspirações ameaçando a paz, Li Qiang e Li Mingyue devem lidar com os assuntos de estado e questões pessoais envolvendo seu relacionamento.
Shi Yi Chang An: Mingyue Jishi You não é tão intenso quanto Tong Ling Fei, nem tão cativante como Koukyuu no Karasu, muito menos conta com uma narrativa envolvente como Kusuriya no Hitorigoto. Embora seja um anime de romance, o amor demora a desabrochar, já que Li Qiang reluta a reconhecer seus sentimentos. Enquanto isso, são as intrigas políticas que assumem o protagonismo.
O maior ponto negativo é a duração de cada episódio, deixando pouco espaço para a história ganhar consistência. O final nem parece final, é como se tivesse simplesmente interrompido o fluxo, sem mais nem menos. Mesmo assim, a animação é de encher os olhos, com cenários bem desenhados, assim como o design dos personagens. A opening é linda de ouvir e as cenas de luta têm uma dinâmica diferente de tudo que vi até agora.
Seikimatsu Occult Gakuin
Há alguns anos, talvez até na época do lançamento, comecei a acompanhar Seikimatsu Occult Gakuin 「世紀末オカルト学院」 — uma obra original produzida pelo estúdio A-1 Pictures — mas acho que não cheguei a finalizar. Com 13 episódios, o anime foi ao ar entre 6 de julho e 28 de setembro de 2010, e trouxe à tona temas como magia, ficção científica e o oculto.
Em 1999, a Academia Waldstein é famosa por ocorrências frequentes de fenômenos ocultos, o que a levou a ser conhecida como ‘Occult Academy’. Após a misteriosa morte do reitor, sua filha, Kumashiro Maya, assume a direção e começa a investigar os acontecimentos estranhos que cercam a academia.
Lá, ela encontra Uchida Fumiaki, um autoproclamado “agente do tempo” do ano 2012. Maya e Fumiaki formam um pacto para lidar com os mistérios do presente e encontrar a Chave de Nostradamus que irá prevenir o apocalipse do futuro.
O foco central de Seikimatsu Occult Gakuin é no oculto, com elementos de slice of life, amizade e a clássica luta do bem contra o mal. Maya é um dos pontos altos graças a sua personalidade forte. Já Fumiaki é o oposto, um covarde que evolui ao longo do anime, embora não seja tão agradável de ver na primeira metade. Personagens secundários, como Smile e JK, trazem momentos memoráveis, com JK se destacando como um gótico aparentemente pouco confiável, mas surpreendentemente útil.
O maior problema de Occult Academy está em sua trama inconsistente. A história é repleta de elementos como aliens, viajantes do tempo, poderes psíquicos, fantasmas e demônios, resultando em uma narrativa que se perde em meio a tantas direções. Faltou uma edição mais criteriosa para criar uma história coesa e envolvente. Se você tiver disposição para manter a mente aberta e aceitar suas peculiaridades, pode valer a pena.
3D Kanojo: Real Girl
No final do ano passado, enquanto eu preparava mais uma seleção para acompanhar o tour de animes por aqui, fiquei entre Golden Time e 3D Kanojo. Optei pelo primeiro, mas quem me conquistou foi o segundo. 3D Kanojo: Real Girl 「3D彼女 リアルガール」 é um anime de 12 episódios que foi ao ar entre 4 de abril e 20 de junho de 2018 e ganhou uma segunda temporada com mais 12 episódios entre 9 de janeiro e 27 de março de 2019.
O anime é uma adaptação do estúdio Hoods Entertainment (Hori-san to Miyamura-kun) com base no mangá de Nanami Mao.
Para Hikari Tsutsui, a vida 2D — no mundo dos games e animes — é onde está sua zona de conforto, já que ele é socialmente inepto e um pouco desajeitado para lidar com pessoas reais. Seu único amigo é Yuuto Itou, que compartilha os mesmos hobbies e até usa orelhinhas de gato no seu dia a dia na escola. Tudo muda quando Tsutsui conhece Iroha Igarashi, uma garota popular, mas com uma reputação questionável. A inesperada interação entre os dois leva a um romance improvável que desafia ambos a se abrir para o mundo e crescer.
3D Kanojo: Real Girl retrata a descoberta do amor no ambiente escolar, os laços de amizade que se formam para a vida adulta e as mudanças que esses encontros provocam no desenvolvimento pessoal de cada um.
A história nos convida a acompanhar o relacionamento entre dois personagens que, à primeira vista, parecem completamente incompatíveis. O romance entre Tsutsui e Igarashi é cativante e realista, mostrando como duas pessoas diferentes podem se complementar e aprender a aceitar as imperfeições um do outro enquanto evoluem em direção a versões melhores de si mesmos. Ishino, Takanashi e Ayado ampliam essa perspectiva e tornam a experiência ainda melhor. ❤
Bônus: finalizados da temporada
Quem é passageiro frequente do tour pelos animes, já sabe o que não pode faltar no final de cada temporada, né? Pois é! Julho marca o início de mais uma rodada de lançamentos no Japão.
Spoiler para o próximo tour de animes…
Diferente dos outros tours, vou deixar spoiler sobre os animes com o maior potencial para entrar na seleção da próxima viagem: Roshidere, Gimai Seikatsu, Madougushi Dahliya wa Utsumukanai, Shoushimin Series, Tsue to Tsurugi no Wistoria, Katsute Mahou Shoujo, Bye Bye, Earth e Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka?, além de algumas continuações. 🙂
Agora sim, vamos embarcar na rota dos finalizados da temporada! A seguir, vou compartilhar minhas impressões finais (já adianto que teve mudanças) sobre as produções que acompanhei nos últimos três meses e deixar recomendações do que mais chamou minha atenção.
Kami wa Game ni Ueteiru
Após 13 episódios, Kami wa Game ni Ueteiru 「神は遊戯に飢えている」 chegou ao final. Baseado na light novel de Suzane Kei, o anime foi adaptado pelo estúdio LIDENFILMS (Kimi wa Houkago Insomnia, Goblin Slayer, remake de Rurouni Kenshin, entre outros) e transmitido entre 1º de abril e 24 de junho.
Em um mundo futurístico, os humanos têm a chance de competir com os deuses e, se vencerem dez partidas, ganham o direito de realizar qualquer desejo. É neste cenário que a deusa dragão Leoleshea conhece o melhor jogador da era atual, Fay Theo Philus. Juntos, eles formam uma dupla poderosa e enfrentam os deuses em diversos jogos — desde cartas até batalhas de inteligência. Mais tarde, Pearl e Nel se unem aos dois. Com regras únicas e condições ocultas, a equipe deve trabalhar em perfeita harmonia para zerar os jogos.
A trama de Kami wa Game ni Ueteiru, centrada nas partidas com os deuses, foi o que despertou minha curiosidade do início ao fim. Como será o próximo jogo? Que estratégias o Fay vai adotar? O que eu faria se estivesse no lugar dele? Essas perguntas me acompanharam a cada episódio.
Embora o desenvolvimento dos personagens deixe um pouco a desejar, optando por manter as interações em um nível mais superficial, são as estratégias para vencer cada desafio que despertam a vontade de acompanhar o anime até o fim. A mensagem por trás de Kami wa Game ni Ueteiru também é um ponto positivo. Além de destacar a importância de ter alguém ao seu lado, independentemente das vitórias ou derrotas, o mais importante é se divertir.
Se você é fã de jogos de estratégia e tramas que valorizam a parceria e a perseverança, Kami wa Game ni Ueteiru pode ser interessante para você. Se tiver segunda temporada, vou acompanhar. ˆ-ˆv
Maou no Ore ga Dorei Elf o Yome ni Shitanda ga, Dou Medereba Ii?
Maou no Ore ga Dorei Elf wo Yome ni Shitanda ga, Dou Medereba Ii? 「魔王の俺が奴隷エルフを嫁にしたんだが、どう愛でればいい?」 concluiu sua primeira temporada de 12 episódios entre 5 de abril e 14 de junho de 2024, com animação do estúdio Brain’s Base. Baseado na light novel de Fuminori Teshima, o anime promete romance entre um feiticeiro e uma elfa, mas acaba entregando um desenvolvimento bem menos impactante do que o esperado.
O anime começa com uma boa premissa — cheia de cenas fofinhas e interações desajeitadas, guiadas pelas descobertas românticas de Zagan e Nephy enquanto passam mais tempo juntos. Mesmo com os dois se dando conta, aos poucos, do que sentem um pelo outro, o relacionamento do casal quase não avança. A relação entre os protagonistas, que deveria ser o ponto focal, se desenvolve de forma superficial e tropeça em clichês típicos de romances genéricos.
Um grande potencial de desenvolvimento ficou para trás, já que a progressão da história é lenta e, às vezes, até um pouco monótona. No entanto, as interações engraçadas e as peculiaridades dos personagens (principalmente For e Chastille com suas reações exageradas) salvam a narrativa de passar em branco entre as estreias da temporada.
Maou no Ore ga Dorei Elf wo Yome ni Shitanda ga, Dou Medereba Ii? oferece um romance leve, puro e reconfortante, mas carece de profundidade e originalidade. Embora as cenas românticas não tenham a intensidade que, ao menos eu pensei que teriam, a família cresce de forma inesperada (de inimigos a amigos) e ganha bastante foco na reta final.
Quando percebi que o último episódio tinha chegado ao fim, reagi como o Kenshin de Rurouni Kenshin sempre que ficava surpreso com algo: ‘Oro?’ Faltou um fechamento, um final com mais cara de final ou qualquer indicação de uma nova temporada. まいいか!
Jiisan Baasan Wakagaeru
Jiisan Baasan Wakagaeru 「じいさんばあさん若返る」foi o próximo da programação deste voo a chegar ao final de seus 11 episódios. Com adaptação do estúdio Gekkou, o anime foi exibido entre os dias 7 de abril e 16 de junho. A obra, baseada no web manga de Kagiri Araido, apresenta uma comédia romântica (mais comédia do que romance) através do casal de idosos, Shouzou じいさん e da Ine ばあさん, que ganha uma segunda chance de viver a juventude após comer uma maçã dourada de uma das árvores em seu pomar.
Trailer e sinopse sinalizam para um anime levinho e divertido, inspirado no conceito bíblico da Árvore da Vida e o Jardim do Éden. No entanto, minha impressão mudou ao ver os primeiros episódios. O tom caloroso e a sensação de conforto que eu esperava, deram lugar a uma abordagem mais humorística. A dinâmica familiar se torna um terreno fértil para piadas e mal-entendidos, enquanto o casal rejuvenescido revive os dias vibrantes de sua juventude com uma nova perspectiva da vida.
Cada episódio é independente (lembrando o formato de tirinhas), ou seja, podem ser assistidos fora de ordem sem afetar a experiência. Porém, isso também contribui para a falta de uma progressão mais significativa na história e no desenvolvimento dos personagens.
Jiisan Baasan Wakagaeru não é excepcionalmente engraçado nem envolvente, mas há exceções. Os episódios 6 e 7 são bem divertidos, levando Shouzou じいさん e Ine ばあさん a uma viagem para Tokyo e Aomori na companhia da neta Mino e seu amigo/crush Shouta. Outro que merece destaque é o episódio final. A forma como a narrativa é conduzida, entrega um encerramento satisfatório, com um tom poético, melancólico e reflexivo. E com uma pequena surpresa no final, após os créditos. ˆˆ
Tensei Kizoku, Kantei Skill de Nariagaru
Mais um anime chegou ao fim do seu tour, pelo menos por enquanto, já que uma segunda temporada foi anunciada para o outono no Japão (quando for primavera por aqui). Baseada na light novel de Mirajin A, Tensei Kizoku, Kantei Skill de Nariagaru 「転生貴族、鑑定スキルで成り上がる」 passou pela adaptação do studio MOTHER, com 12 episódios, exibidos entre os dias 7 de abril e 23 de junho.
Seguindo a onda da reencarnação em outros mundos, Tensei Kizoku apresenta Ars Louvent. Ele renasce como o filho de uma família nobre, que governa um pequeno território dentro do Império Summerforth. Ars não tem poderes mágicos ou força extraordinária para comandar um exército, mas traz uma habilidade única: reconhecer talentos de forma quase instantânea apenas com um olhar. Assim, ele começa a reunir pessoas talentosas — independentemente de raça ou status social — para proteger a região no caso de uma guerra.
Ao compartilhar minhas primeiras impressões, eu trouxe a habilidade do Ars como um dos principais motivos para incluir o anime na seleção. Ao invés do clichê de heróis superpoderosos enfrentando exércitos de demônios, a história de Tensei Kizoku foca em construir uma nação através do recrutamento de pessoas talentosas. Muitas delas, inclusive, descartadas pela sociedade — seja pela raça (Rietz), gênero (Charlotte) ou falta de uma oportunidade para mostrar seu verdadeiro potencial (Rosell).
Os personagens são bem desenvolvidos e cada um deles traz uma história única e inspiradora de superação. Ao reunir um grupo diversificado de talentos, independente de suas origens, o anime cria uma narrativa que valoriza a meritocracia e a inclusão — mostrando a importância de ter as pessoas certas ao seu lado para alcançar grandes objetivos.
Para quem aprecia esse tipo de abordagem, Tensei Kizoku não apenas entretém, mas oferece valiosas lições de vida sobre resiliência, liderança e a força do trabalho em equipe.
Lv2 kara Cheat datta Moto Yuusha Kouho no Mattari Isekai Life
Lv2 kara Cheat datta Moto Yuusha Kouho no Mattari Isekai Life 「Lv2からチートだった元勇者候補のまったり異世界ライフ」 é mais um isekai a completar sua quest com 12 episódios, produzidos pelo estúdio J.C. Staff (Kaichou wa Maid-Sama, Kare Kano, Nodame Cantabile e Sugar Apple Fairy Tail). O anime é baseado na light novel de Kinojou Miya e foi transmitido entre os dias 8 de abril e 24 de junho.
No Reino Mágico de Klyrode, centenas de heróis são convocados de outros mundos para lutar contra o exército de demônios poderosos e manter a paz. Entre eles está Banaza, um simples comerciante, aparentemente sem habilidades mágicas ou de combate, mas que acaba se transformando em um herói inesperado.
Como eu trouxe nas minhas primeiras impressões, é o plot do herói convocado e subestimado pelo reino até descobrir que era mais forte do que todos imaginavam. A história segue um bom ritmo, sem acelerar ou ir devagar demais, oferecendo desenvolvimento aos personagens e momentos de ação equilibrados.
Rys segue como minha personagem favorita, enquanto as cenas de fuga com o ex-Grande Herói não foram tão divertidas de acompanhar. Por mim, eu deixaria fora da trama. Conforme seu relacionamento com Rys avança, Flio ganha um pouco mais de profundidade e se destaca pela forma como usa seu poder (diferente dos heróis de outros animes do gênero isekai).
Um dos pontos mais legais da história é acompanhar as possibilidades que se abrem a partir da união de personagens tão diferentes (guerreiros, magos, demônios). Com as habilidades únicas de cada um — criação de armaduras, culinária, plantação, domesticação de feras mágicas e magia — eles conseguem praticamente montar um negócio sustentável.
Lv2 kara Cheat datta Moto Yuusha Kouho no Mattari Isekai Life não tem nada demais, mas é cheio de momentos fofinhos entre o casal, além de ser um bom passatempo.
Unnamed Memory
本当に? 本気ですか?やれ~やれ Unnamed Memory me deixou sem palavras após chegar ao seu 12º episódio. Quando compartilhei minhas primeiras impressões, parecia um dos animes mais promissores da temporada. Mas se a história pode ser reescrita, a opinião também pode mudar, não é mesmo?
Baseado na light novel de Furumiya Kuji, Unnamed Memory foi adaptado pelo estúdio ENGI e foi ao ar entre os dias 9 de abril e 25 de junho. Após ser amaldiçoado pela Bruxa do Silêncio, o príncipe Oscar busca a ajuda da Bruxa da Lua Azul para acabar com a maldição de não poder gerar um herdeiro. Como Tinasha não encontra uma solução, Oscar propõe casamento. Por sua natureza, Tinasha não teria problemas em manter a linhagem da família real. A proposta é recusada, mas os dois passam a viver juntos por um ano enquanto buscam a cura.
Unnamed Memory tinha potencial para ser o melhor anime de romance da temporada, mas a execução falhou em vários pontos, especialmente no final. Sem mencionar a inversão no episódio 6, né? Enquanto a premissa era interessante, a narrativa foi conduzida de forma inconsistente e apressada, deixando passar uma série de oportunidades.
O roteiro começou forte, com Oscar e Tinasha trabalhando juntos para quebrar a maldição. No entanto, o ritmo acelerado, as cenas desconexas e um olhar aparentemente superficial da equipe responsável pelo anime tiraram o brilho do relacionamento e da história como um todo.
Unnamed Memory tinha todos os ingredientes para ser um grande romance, mas tropeçou na execução. Com sorte, a segunda temporada corrigirá esses erros e entregará a história que se espera, explorando melhor o passado de Oscar, a maldição da Bruxa do Silêncio e sua relação com Tinasha.
Por enquanto, assim como seu nome, o anime se transformou em uma memória que não deve ser nomeada.
The New Gate
Exibido entre 13 de abril e 29 de junho, The New Gate é um anime que adapta a light novel de Kazanami Shinogi. E os responsáveis por isso foram os estúdios Yokohama Animation Lab e Cloud Hearts. A história segue Shin, um jogador veterano que consegue zerar um jogo imersivo de VRMMO ao derrotar o último boss. A recompensa seria a liberdade para sair do jogo e voltar ao mundo real. *Sword Art Online feelings*
No entanto, ele desperta no mesmo mundo virtual 500 anos no futuro com NPCs autoconscientes. Aparentemente, Shin é o único player, agora considerado um ‘high human’.
Com uma premissa similar ao popular SAO, The New Gate falha em sua execução. A história tem um potencial enorme ao lembrar do plot explorado em Sword Art Online, adicionando um elemento interessante ao enredo: os NPCs ganhando consciência própria e a evolução do mundo virtual. Porém…
A trama avança lentamente e não se preocupa em criar profundidade. Resultado? Eventos que parecem desconexos e sem contexto, além de personagens sem desenvolvimento. A animação também deixa a desejar, com cenas muitas vezes mal desenhadas e dinâmicas, como os combates, que parecem incompletas.
Shin é um personagem overpower sem um objetivo claro, o que torna suas ações repetitivas e previsíveis. A falta de carisma nos personagens secundários também é um ponto fraco, com muitos deles sendo estereotipados e sem desenvolvimento significativo.
The New Gate pode ser uma opção para quem busca uma distração leve e sem compromisso com a qualidade, mas já adianto que há obras mais interessantes no gênero isekai. Sinto que tanto o Yokohama Animation Lab como o Cloud Hearts nos devem uma segunda temporada melhor trabalhada e com maior riqueza de detalhes, no roteiro e na animação, para suprir as falhas na adaptação.
* * *
Como foi o tour pelos animes deste mês? Espero que tenha aproveitado a seleção que preparei para acompanhar sua viagem até aqui. Desde que comecei a acompanhar as temporadas no Japão, esta foi a menos impactante para mim. Tensei Kizoku foi o que mais chamou minha atenção pela mensagem que trás. Já entre as obras mais antigas que entraram no catálogo deste voo, minha maior recomendação é 3D Kanojo: Real Girl. É uma história cheia de romance e com bom desenvolvimento dos personagens.
Se você sentiu falta de um isekai com mais impacto, recomendo Sword Art Online Alicization. Dentro do universo de SAO, é o meu preferido. ˆˆ