K-Pop · Música

WayV explora diferentes estilos com álbum Give Me That 

Cena do MV de "Give Me That" com os membros do WayV alinhados em fila na frente de um grande relógio digital amarelo

Sete meses após a chegada do álbum On My Youth, WayV (威神V) está de volta nesta segunda-feira, 3 junho — em um dia movimentado por uma série de comebacks no K-Pop com Kep1er e AKMU e no K-Rock com o Xdinary Heroes, além do debut do girl group BADVILLAIN. O grupo vem conquistando seu espaço por aqui desde o lançamento do single “Love Talk” em 2019, expandindo seu território nas minhas playlists a partir do álbum Phantom de 2022.

Neste post, vou compartilhar minhas impressões sobre o comeback de Hendery, Kun, Ten, XiaoJun e YangYang (sem o WinWin por conflito de agenda). Vem comigo?

Minhas impressões do álbum Give Me That

Para não deixar um dia tão movimentado como hoje passar em branco, selecionei dois comebacks. Depois de acompanhar Xdinary Heroes com o single “Boy Comics”, chegou a vez de ouvir e avaliar o 5º miniálbum do WayV.  O grupo é conhecido por sua capacidade de experimentar, combinando elementos de hip-hop, funk e pop para proporcionar uma mistura cativante de sons.

O EP Give Me That conta com a participação de cinco membros: Hendery, Kun, Ten, XiaoJun e YangYang. Dessa vez, WinWin ficou de fora devido ao conflito de agenda com as gravações de um C-Drama. Porém, existe a possibilidade de que a titletrack, que dá nome ao álbum, seja regravada com o grupo completo para um relançamento no futuro. 

Além da faixa-título “Give Me That” (na versão original em chinês e também em coreano), a tracklist traz mais quatro músicas: “She A Wolf”, “Might As Well”, “New Ride” e “Don’t Get Mad”. A titletrack não é tão poderosa quanto suas antecessoras “On My Youth” e “Phantom”, mas é uma escolha interessante, que complementa uma variedade de estilos e influências entre todas as faixas do álbum. As que mais se sobressaem são as b-sides “She A Wolf” e “Might As Well”.

Give Me That

A titletrack “Give Me That” abre o álbum em sua versão original em chinês e encerra com a adaptação coreana. É um pop dançante que se destaca pelo seu groove funky e batidas old school, com potencial para se tornar trilha sonora para o verão. Ela tem uma energia vibrante que foi comparada por algumas pessoas ao som do SHINee. Eu, particularmente, não vejo semelhanças.

Similares ou não, “Give Me That” parece um pouco simples em comparação a outras faixas mais dramáticas do grupo — como “On My Youth” e “Phantom”. Poderia ser um pouco mais ousada, ainda mais sendo a titletrack do álbum, mas é uma adesão divertida ao repertório e cumpre seu papel de animar o verão que se aproxima pelos lados da Coreia do Sul. 

O início do pré-refrão, embalado pelas vozes de Ten e Xiaojun, é um dos meus trechos preferidos. Também gosto da entrega energética dos meninos, principalmente com a coreografia — o que acaba elevando o nível da música para mim. Os movimentos são tão dinâmicos, lembrando os passos de “Impossible” do RIIZE.

Diferente de “On My Youth”, a versão que ganhou MV foi a coreana. Será que teremos um vídeo para a música em chinês? Espero que sim! Por WayV ser a unit do universo NCT com foco no mercado da China, tenho uma inclinação maior para gostar das letras em chinês. Parecem soar melhor e com um certo charme que somente o grupo é capaz de mostrar.

She a Wolf

“She a Wolf” é uma faixa que imediatamente chama atenção por sua intensidade dramática e elementos teatrais — tanto que se tornou uma favorita instantânea. Para mim, é a música mais WayV de todo o álbum. Todo o drama que “Give Me That” deixa de explorar, está aqui. Os uivos de lobo ao fundo e a vibe clássica do SM Entertainment criam uma atmosfera única, lembrando as boy bands dos anos 90 e início dos anos 2000. 

A mixagem adiciona uma camada de mistério e encanto à música, sem falar no contraste da entrada do Xiaojun com seu falsete quase angelical. O instrumental inclui cordas que dão um toque cinematográfico, trazendo mais impacto à experiência sonora. Comparada a outras faixas do álbum, “She a Wolf” se destaca por sua complexidade e por manter a essência do WayV em sua potência máxima.

Might As Well

Se “She A Wolf” já deixou seu impacto, “Might As Well” vem em seguida para amplificar os efeitos como uma das melhores b-sides do álbum. A faixa apresenta um instrumental envolvente desde o início, com uma vibe tradicional e que se mescla à música conforme ela avança, além de um groove viciante. Também tem uma pegada country e acústica inesperada, mas que funciona incrivelmente bem. A linha vocal do grupo eleva ainda mais a faixa.

O último refrão e o encerramento se destacam, mostrando a capacidade do WayV de explorar novos territórios musicais. É mais uma experiência sonora para ficar na memória. Imagino como seria a performance “Might As Well” e “She A Wolf”.

New Ride

Embora não esteja nas minhas recomendações, já que “She A Wolf” e “Might As Well” roubam os holofotes entre as b-sides, “New Ride” se destaca pelo som suave, descontraído e relaxante. É uma música que combina bem com uma playlist de verão pela melodia refrescante, agradável e fácil de ouvir. Também iria bem como trilha sonora de uma viagem de carro ou como som ambiente de um café para acompanhar os estudos.

Don’t Get Mad

Para mostrar mais uma variedade de estilos e gêneros, o WayV aposta em uma vibração acústica tranquila em “Don’t Get Mad”. A música tem uma sonoridade com elementos de R&B, que lembram o pop dos anos 90/2000, principalmente quando ela chega no refrão. A forma como a faixa é conduzida, melodia e vozes, adiciona um clima de nostalgia agradável à experiência sonora. 

Com o álbum Give Me That, o WayV continua mostrando sua versatilidade para transitar entre diferentes estilos e sua habilidade vocal para elevar até as músicas mais simples. O grupo apresenta uma titletrack que captura a essência do verão, mas são as b-sides que se sobressaem ao resgatarem o toque dramático, charmoso e misterioso presente no som dos meninos. “She a Wolf” e “Might As Well” são os maiores destaques, enquanto as outras faixas complementam a experiência sonora.

Por falar em drama, o álbum Golden Hour: Part.1 do ATEEZ fica como recomendação para quem gosta de um som mais intenso.

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