
ZEROBASEONE (ZB1 ou 제로베이스원) fez sua estreia no K-Pop em julho e, antes mesmo de completar quatro meses desde o debut, o grupo já está de volta nesta segunda-feira, 6 de novembro, com o álbum Melting Point. Na tracklist, mais cinco músicas inéditas — MELTING POINT, Take My Hand, Crush, Kidz Zone e Good Night — chegam para aumentar o repertório de Youth in the Shade.
Melting Point é o 2º miniállbum do ZB1, além de marcar o primeiro comeback de Han Yu Jin, Kim Gyu Vin, Kim Ji Woong, Kim Tae Rae, Ricky, Park Gun Wook, Seok Matthew, Sung Han Bin e Zhang Hao. Tem uma B-side melhor do que a outra, mas já deixo aqui “Take My Hand” como minha maior recomendação do disco. Vem comigo conhecer todas as faixas?
Minhas impressões do álbum Melting Point



Se você ainda não conhece o ZEROBASEONE, recomendo uma visita ao post que escrevi na época do debut sobre grupos de K-Pop temporários. Afinal, a formação do ZB1 foi definida no reality Boys Planet, com atividades previstas até janeiro de 2016.
Eu não costumo me apegar tanto a grupos assim por saber que estão de passagem. IZ*ONE foi uma exceção e ZB1 está seguindo pelo mesmo caminho. Sei o que você deve estar pensando. Uma hora todos chegam ao fim, mas a diferença é que não sabemos quando. Para alguns, a jornada é longa — SHINee completou 15 anos, assim como BTS com uma década de estrada. Para outros, o ponto de chegada vem mais rápido — 2NE1, Miss A, 4minute, NU’EST, entre outros nomes conhecidos (maioria ao completar 7 anos).
Ao lado de LUN8 e RIIZE, ZB1 foi uma das melhores estreias do ano para mim, com elementos que eu definitivamente não esperava: melodia agradável com harmonia vocal, uma dose de nostalgia e performances cheias de confiança.
O álbum Melting Point mantém o clima astral, otimista e transbordando energia que vimos e ouvimos com Youth in the Shade, enquanto acompanha a jornada dos meninos após a estreia. Após ouvir uma vez, precisei ouvir novamente. Por que todas as músicas soam tão boas? E aí entrei em um ciclo com o ZEROBASEONE, até incluí o EP de estreia na minha playlist e fiquei em um loop para escrever o review do álbum.
“Crush” é a titletrack, vou falar mais sobre ela adiante. Antes de entrar na análise, quero compartilhar meus destaques. “Take My Hand” é o primeiro. A faixa já tinha me conquistado na prévia e se manteve como minha favorita. Também recomendo “Melting Point” com seu som retrô e a balada “Good Night”.
MELTING POINT
A faixa que abre o álbum e nos conduz pelo primeiro comeback do ZB1 tem o mesmo nome, “Melting Point”, mas não é a titletrack. Sua melodia tem um ar retrô e sonhador, agradável de ouvir em qualquer momento do dia. Tanto ela quanto o restante da tracklist, aqui e na estreia, combinam o estilo do ZEROBASEONE. Mesmo com o debut ainda recente, sinto que o grupo já conseguiu criar sua identidade sonora com o lançamento de apenas dois EPs.
“Melting Point” tem uma leve vibe dançante e uma estética sonhadora, acompanhada por uma sequência de fundo no final que é suave e passa uma sensação muito agradável. Tem um contraste entre um som poderoso e, ao mesmo tempo, gentil. Já imagino a música em uma playlist de viagem para criar aquele clima de tranquilidade.
Take My Hand
“Take My Hand” tem um nome que expressa bem o que senti ao ouvir a música pela primeira vez. É como se fosse um convite do ZEROBASEONE para pegar sua mão e entrar em uma imersão com seu arranjo instrumental hipnótico.
Acompanhada pela harmonia vocal das vozes dos meninos, a melodia conta ainda com a combinação bateria e baixo (DnB), que sempre dá aquele toque quase irresistível ao som. No refrain, logo após os dois versos, por um breve segundo, sinto uma vibe de “View” do SHINee. E o “now let’s get it started” do pré-refrão me lembra de ISTJ do NCT Dream com “let’s get it done”. (xD)
E a ponte? “The moment I rose high into the sky / My endless dreams in front of you / Hold my hand tight, let’s jump in, fall / See a different world that we’ve never seen before (Let’s fly)” É um dos meus trechos preferidos, seguindo com o pré-refrão e o refrão. “Take My Hand” já entrou na minha playlist e conquistou o título de favorita no álbum. Gostaria de vê-la sendo promovida com “Crush”. *-*
Crush [가시]
A titletrack “Crush” marca o meio da jornada pelo álbum Melting Point e me causa a mesma primeira impressão que “Bite Me” do álbum DARK BLOOD do ENHYPEN. Tanto a melodia como a linha vocal suave e poderosa soam como um feitiço que se quebra ao chegar em “you make me so supernatural” no final do pré-refrão e no refrão.
Antes deste momento, entramos em uma vibe sonhadora. No entanto, os ruídos do refrão causam uma quebra na experiência melódica que vinha sendo construída até aqui. Deixando isso de lado, “Crush” parece seguir a narrativa da primeira titletrack “In Bloom”.
"(Crush) Crush me, break me, but I'll protect you (Crush) Crush me, strike me down, but I'll stand on (Crush) Crush me, when I'm there for you, woah-woah-woah Even if it hurts, on you my crush"
Se na estreia, o ZEROBASEONE estava em seu momento de desabrochar, agora os meninos se fortaleceram para enfrentar os obstáculos e proteger seu crush (o fandom ZEROSE). A melodia de “Crush” é mais explosiva e dramática com o apoio do DnB e do Jersey Club, mas ainda prefiro a energia de “In Bloom”.
Preferências à parte, “Crush” fica melhor a cada vez que você ouve (ficaria melhor sem o instrumental cheio de ruídos). Minha parte preferida começa após o segundo refrão, passando pela ponte, enquanto resgata a experiência do início. E a coreografia segue a força da música, com passos intensos e muita troca de posição entre os membros. Gosto especialmente dos movimentos dos braços no pós-refrão e o contraste com o segundo verso, dividindo a performance em três grupos focais.
Entre os 16 nomes creditados, imsuho e N!ko participaram de “LILAC” da IU, além de Chris Wahle (“Happy” da Taeyeon), Ryan Lawrie (“Mikrokosmos” do BTS) e Alex Hope (“Anti-Romantic” do TXT).
Kidz Zone
Depois de “New Kidz on the Block”, é a vez do ZEROBASEONE estabelecer seu espaço com “Kidz Zone”. A faixa traz um pop-rock divertido, com um ar retrô e o preenchimento de backing vocals em forma de coro, que cria uma profundidade maior para o som. “Kidz Zone” é uma música que combina com o palco de festivais. Deve soar ainda melhor apresentada ao vivo e ao lado de uma banda. Consegue imaginar? Eu já estou imaginando. 🎶
Good Night
É hora de nos despedir do álbum Melting Point com “Good Night”, uma balada suave e fofinha com um sample sutil do clássico “Twinkle Twinkle Little Star” no piano ao fundo. As vozes de Han Yu Jin, Kim Gyu Vin, Kim Ji Woong, Kim Tae Rae, Ricky, Park Gun Wook, Seok Matthew, Sung Han Bin e Zhang Hao soam como se embalassem uma canção de ninar delicada e gentil: “I pray for your good night / I hope you always have good dreams / Yeah, I wish you good night”.
Se você gostou do que ouviu até aqui, “Good Night” tem grandes chances de conquistar um pedacinho na sua playlist, como fez com a minha. Já consigo imaginar “Good Night” ao vivo com um impacto oposto ao que “Kidz Zone” deve causar, despertando um efeito relaxante para curtir o show e deixar todas as preocupações para trás.
Desde que o mês de novembro começou, já trouxe para o blog o review de dois álbuns que chamaram a minha atenção: On My Youth do WayV e Golden do Jungkook. O álbum Melting Point entra no grupo de lançamentos promissores, com uma titletrack de impacto (apesar dos ruídos desnecessários) e uma B-side melhor do que a outra. O único ponto negativo é a duração das músicas. Apenas “Take My Hand” passa dos três minutos. No mais, ZEROBASEONE acerta o ponto de fusão com faixas cheias de pop melódico e um foco maior para o potencial vocal dos meninos.
Já conferiu os destaques de K-Pop que eu trouxe aqui no blog? Em outubro, também teve muita coisa boa para movimentar sua playlist. ˆ-ˆv