
2021 tem sido um ano importante para o SHINee. Além de marcar o retorno do grupo (mesmo que temporário) com “Don’t Call Me”, “Atlantis”, o álbum japonês “Superstar” e a live SHINee World, mais um integrante está lançando álbum solo. Depois do “Advice” de Taemin, agora é a vez do “Bad Love” de Key. Este é o primeiro miniálbum desde o seu debut em 2018 com “Face” e traz mais cinco músicas, além da faixa-título que dá nome ao seu mais novo trabalho.
O álbum “Bad Love” chega nesta segunda-feira, 27, incluindo o dueto com a Taeyeon de Girl’s Generation — “Hate That” — que foi liberado no final de agosto. Se “Advice” foi o último trabalho de Taemin antes do alistamento, “Bad Love” marca o primeiro disco solo de Key desde o seu retorno. Desde que ouvi “Hate That”, eu estava ansiosa para compartilhar aqui no blog, só esperando o álbum para falar do comeback. Vamos lá?
“Bad Love ” tem teasers espaciais e inspiração retrô

Antes do Taemin se alistar, o SHINee compartilhou alguns dos projetos que estavam por vir. Onew participou do musical Midnight Sun, enquanto Minho estava se preparando para o k-drama Yumi’s Cell. Já Kim Ki-bum, mais conhecido como Key, se dedicou ao seu comeback solo com o álbum “Bad Love” e as primeiras pistas sobre o novo trabalho chegaram com o single “Hate That”, em parceria com a Taeyeon de Girl’s Generation (que também gravou “If I Could Tell” com Taemin).




Uma semana depois do lançamento de “Hate That”, no dia 6 de setembro, Key compartilhou mais detalhes sobre o novo álbum solo. E logo depois uma série de teasers espaciais e cheios de inspiração retrô começaram a pipocar nas redes sociais — com direito a um pôster divertido com a programação até a chegada de “Bad Love”.


Aliás, tanto o pôster com o cronograma como todos os teasers são inspirados em um clássico trash dos anos 80, O Vingador Tóxico, que ganhará um remake para os cinemas. E, com as imagens, veio também um mood sampler para dar um gostinho de “Bad Love”. Tudo com um visual bem retrô e um conceito divertido.




Na última semana, Key anunciou a live Groks in the Keyland, que foi transmitida um dia antes do lançamento de “Bad Love” na plataforma Beyond Live. Além da novidade, o integrante do SHINee também compartilhou dois teasers em vídeo — primeiro e segundo — com spoilers do MV.
Primeiras impressões do álbum “Bad Love” do Key

Se tem uma palavra que resume bem o Key é versatilidade, seja cantando, dançando ou participando de programas de variedade. Assim como Taemin, ele conseguiu surpreender mais uma vez, mostrando um lado mais intimista na música, na coreografia e em toda a sua expressão artística como solista. “Bad Love” é a title track e vem acompanhada por mais cinco faixas inéditas: “Yellow Tape”, “Hate That”, “Helium”, “Saturday Night” e “Eighteen (End of My World)”.
“Bad Love”
"Don’t need that kind of love, called love (Run away further It’s bad Love) I’m sick of this bad love..."
A previsão de lançamento inicial era para julho, mas o lançamento foi nesta segunda-feira, final de setembro. Assim que ouvi “Bad Love” pela primeira vez, eu me lembrei de alguns dos hits do The Weeknd. Acho que muito pela vibe de anos 80 bem presente em singles como Blinding Lights e Take My Breath. Uma música não tem nada a ver com a outra, além do mood. Afinal, cada artista tem o seu estilo.


Para o novo álbum, Key participou de perto da criação de todo o conceito (inclusive na letra de duas B-sides) com o intuito de imprimir o seu estilo único. De acordo com o portal NME, “Bad Love” mostra exatamente quem ele é — a sua versão do Key, não pelos olhos da SM Entertainment, mas pelo seu próprio olhar para dentro de si.



Isso significa que o álbum traz músicas que ele realmente curte cantar e dançar. Afinal, sabemos que nem sempre as canções representam o que os artistas realmente gostam. Há toda uma indústria por trás.
Melodia e letra
"Don’t need that kind of love, called love (Curse more and harder to bad love) There isn’t a piece of you in me A love so bad..."
A melodia de “Bad Love” é um retrô pop dance, com a inserção de sintetizadores, distorções eletrônicas, backing vocals e alguns samples. Tudo isso mantém um ritmo intenso do início ao fim. Não tem como não pensar na trilha sonora de um filme sci-fi dos anos 80.





Não sei o motivo ao certo, mas muita gente parece associar a imagem do Key mais à moda e à personalidade do que à música. O que eu posso dizer é que ele não está no SHINee por acaso. Key é tão talentoso quanto Taemin, Onew e Minho, cada um do seu jeito.
Seu talento fica ainda mais evidente em sua entrega para “Bad Love”. Do início ao fim, a música passa tanta confiança, Key parece se sentir realmente seguro ao cantar (incluindo os trechos em inglês) e dançar — levando a experiência musical para outro nível. A canção foi composta por Kenzie (também letra) e Adrian McKinnon.
MV de “Bad Love”
Com um conceito todo retrô e espacial, ver o MV pode ser uma experiência hipnotizante. Se pelo vocal já é possível perceber a entrega de Key, no visual isso fica ainda mais claro. O clipe abre om o artista em uma sala, vendo um programa de TV que logo nos transporta para um ambiente disco, cheio de globos de luz. Key está no centro, pronto para começar a sua performance. Ele usa roupas vermelhas, em contraste ao figurino branco dos dançarinos que o acompanham.
As cenas se alternam entre o ambiente disco, os bastidores de um camarim, um cenário de filme/clipe e o palco de um programa estilo The Tonight Show ou The Late Late Show. Em meio a tudo isso, há inserções de cenas no espaço, onde Key está pilotando uma nave (ou disco voador?). A estética é um prato cheio para quem gosta do universo de sci-fi e algumas pitadas de inspiração retrô.
“Hate That”
Chegamos na parte do review que eu mais esperava. O que dizer de “Hate That”? Essa música me acertou em cheio assim que a primeira nota começou a tocar. Desde o lançamento no dia 30 de agosto até agora já perdi as contas de quantas vezes dei play, replay e ainda continuo em loop com ela na minha mente.
“Hate That” é um R&B com um toque acústico e um instrumental melancólico, que parece abraçar os ouvidos. Este é um dos últimos lançamentos no k-pop que se encaixa, e muito, no meu estilo musical. Mérito para os compositores Stephen Puth e Lauren Mandel e, claro, para a combinação vocal de Key (SHINee) e Taeyeon (SNSD). A melodia é perfeita para um dia de chuva, mas também para qualquer outro momento do dia. A letra, escrita por Hwang Yun Bin, lembra o mesmo tipo de amor que acaba em “Gone” da Rosé, porém mais sentimental.
“Hate That” teve um efeito em mim muito parecido com “If I Could Tell”, uma das minhas preferidas do álbum do Taemim. E também traz a voz de Taeyeon para completar o dueto. Além de amigos, Key e Taeyeon estão entre os artistas mais versáteis e talentosos do k-pop. Os dois se adaptam a qualquer estilo de som, o que se reflete bem na parceria em “Hate That”.
Outras músicas da tracklist

Além de “Bad Love” e “Hate That”, as B-sides mantêm um estilo bem similar à sonoridade da faixa-título, principalmente “Yellow Tape”. Os sussurros “breath in, breath out” ao longo da música são um toque à parte. “Helium” me lembra um pouco o estilo do SHINee e também consigo ver o Key aqui. A conexão com “Bad Love” e “Yellow Tape” vem com a melodia e os sons de respiração, que se mesclam com a frase “you’re the reason I can breath”.
Para completar, “Saturday Night” e “Eighteen (End of My World)” passaram pelas mãos do Key, que assina a letra de ambas. Enquanto a primeira tem uma melodia mais animada para embalar uma festa temática, a segunda seria perfeita para encerrar a noite com chave de ouro. De modo geral, o álbum traz uma unidade, todas as músicas parecem se encaixar. Elas têm estilos similares e se conectam umas às outras.
Lado melancólico
Aliás, acho que “Hate That” é a exceção com “Eighteen (End of My World)”, já que ambas se apoiam em uma harmonia mais melancólica, diferente da vibe das outras. Geralmente, eu tenho uma tendência a gostar de músicas com uma batida mais forte — como Bad Habits (Ed Sheeran), Lost (Maroon 5), Butter e Permission to Dance (BTS) . No álbum solo de Key, porém, essas duas são as minhas preferidas.
Seja uma linha musical mais melódica ou ambientada no retrô pop dos anos 80, Key traz um pouco de tudo no álbum “Bad Love”. Embora a sonoridade não seja novidade, a forma como o cantor explora o vocal e a coreografia tem um quê de novo. Talvez seja apenas o jeito único de ser do Key. Afinal, podemos sempre esperar algo bom de um artista tão versátil como ele (e parte do SHINee). Com “Bad Love”, Key definitivamente é um exemplo de como aplicar o conceito na música com maestria.
Que tal conferir com os seus próprios olhos ouvidos? Então, dá play e replay no álbum “Bad Love” pelo Spotify e mergulhe no novo solo do Key.