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Onde se hospedar em Campos do Jordão? Review: Pousada Morro do Elefante

Onde ficar em Campos do Jordão? O que não falta na cidade mais alta do Brasil é opção de hotéis e pousadas. Com preços para todos os bolsos — dos mais caros aos mais acessíveis — fica fácil entender por que o destino jordanense no interior de São Paulo atrai tantos turistas. Assim como na escolha de uma pousada em Monte Verde, priorizei três critérios: localização (perto da Vila Capivari), café da manhã (melhor companhia para explorar o clima de montanha, né?) e custo-benefício (preço e valor agregado). 

No início, eu tinha planejado apenas duas diárias. Na véspera da volta para Santa Catarina, resolvi estender a viagem por mais um dia, mas trocando de acomodação. Neste primeiro review, vou contar como foi a minha experiência na Pousada Morro do Elefante. Boa leitura!

Como é a Pousada Morro do Elefante? 

Onde se hospedar em Campos do Jordão? Quando a dúvida veio, pensei que seria bem fácil encontrar um lugar. A pesquisa, porém, mostrou o contrário. Com tanta oferta de hotéis e pousadas, tive um pouco de dificuldade. Ao mesmo tempo que ter muitas opções disponíveis é bom, também pode deixar a escolha mais complexa. Vi fotos, li reviews, avaliei a localização e o custo-benefício até chegar na Pousada Morro do Elefante. 

Localização

Primeiro critério: localização. A Pousada Morro do Elefante fica a pouco mais de 1 quilômetro do centrinho turístico da Vila Capivari. Em menos de 15 minutos a pé, você chega à região mais badalada de Campos do Jordão. É praticamente a mesma distância até o mirante do Morro do Elefante, o que pode ser feito em menos 5 minutos de carro. 

A área é bem tranquila, com o predomínio de casas e prédios residenciais de estilo tipicamente europeu e muitas araucárias por todos os lados. Há outras opções de pousadas na volta, como a Pousada Dom Alfredo José e a Pousada Nacional Inn. Além de já estar entre duas das principais atrações turísticas de Campos do Jordão, o acesso a outros pontos de interesse — Parque Amantikir, Ducha de Prata e Pico do Itapeva— também é fácil.

Acomodação

Após fazer o check-in na recepção, descemos uma rampa e deixamos o carro no pequeno estacionamento ao lado do salão do café da manhã. Para chegar até a nossa acomodação, atravessamos dois lances de escadas. Com malas nas mãos e em dias de chuva, pode não ser uma experiência tão agradável.

O quarto tem um bom espaço, embora não tenha aquele clima aconchegante para descansar, sabe? Tem uma cama confortável, armário, aquecedor portátil e acesso a uma varanda. Mas é um pouco escuro, inclusive o banheiro. A pia fica separada do chuveiro e do vaso. Se precisar de secador ou guarda-chuva, precisa pedir na recepção. Além disso, o som dos hóspedes de outros quartos pode vazar um pouco.

O que eu mais gostei foi a varanda com vista para um verde infinito, preenchido por araucárias e hortênsias para onde quer que você olhasse. O conjunto de mesa e cadeiras era um convite para contemplar a natureza de perto e acompanhar o som da chuva. 

Se você leu meus outros posts sobre a viagem para Campos do Jordão, já sabe que janeiro é um mês bem chuvoso, né? E a chuva é uma companhia quase que diária, o que acaba dando um charme extra à experiência na serra paulista.

Café da manhã

Segundo critério: café da manhã. Além de ser uma das minhas refeições preferidas, o café da manhã em viagens é ainda mais especial. Uma boa alimentação antes de sair dá mais energia e disposição para conhecer novos lugares. Sem contar que otimiza o meu tempo, abrindo espaço para explorar o roteiro com pausas estratégicas ao longo do dia. Aliás, em outro post, eu conto sobre um restaurante vegano e alguns quitutes que provei em Campos do Jordão.

Pousada Morro do Elefante em Campos do Jordão

Mesmo em tempos de pandemia, a pousada manteve o café da manhã no formato de buffet. Na primeira manhã, havia poucas pessoas no amplo salão com detalhes de vigas de madeira no teto, criando um ambiente rústico e aconchegante. Das janelas, dava para ver as araucárias se sobressaindo em meio ao céu nublado e algumas gotas de chuva, anunciando que o tempo poderia fechar a qualquer momento. 

Entre as opções disponíveis, tinha ovos mexidos, pães, frutas e uma pequena variedade de bolos, além de sucos e café. Pelas fotos e reviews, o café da manhã parecia um pouco mais completo. Pode ser exigência da minha parte, mas digo isso ao comparar com outras experiências de viagem. Também não gostei muito do sabor do café.

Custo-benefício: a experiência valeu a pena? 

Terceiro critério: custo-benefício. Por ser verão, o que indica baixa temporada em Campos do Jordão, o preço das diárias poderia ter sido menor. Sem contar que na hora do acerto, a pousada cobrou uma taxa de serviço adicional. Muitas acomodações, aliás, estão seguindo o mesmo protocolo. Se a gente parar para pensar que em tempos de pandemia usufruímos menos da experiência — seja pela piscina fechada para uso ou o café da manhã restrito a escolhas — os valores deveriam estar mais baixos, não? 

Sendo assim, a localização é boa (com uma pequena subida na volta para quem vai a pé até a Vila Capivari), a acomodação é razoável e o café da manhã poderia ser melhor. Ao colocar isso na balança, considero que a experiência foi boa, mas não valeu o custo-benefício. 

Se você está indo ou planeja ir para o interior de São Paulo, mas não sabe onde se hospedar em Campos do Jordão, eu não recomendo a pousada. Embora a localização seja boa, há outras opções com melhor custo-benefício, café da manhã mais completo e uma experiência mais prazerosa. Inclusive, esse conjunto me levou a trocar de acomodação quando resolvi estender a minha viagem por mais um dia na tentativa de encontrar um lugar que atendesse esses pré-requisitos. No próximo post, eu vou trazer um review detalhado sobre ele. Minha nota para essa hospedagem em Campos do Jordão é 2.

Conhecer a serra paulista está nos seus planos? Então, veja o que fazer em Campos do Jordão antes de incluir o destino no seu roteiro de viagem.

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