Mangás · Review

Guerreiras Mágicas de Rayearth une magia, mecha e romance em universos paralelos

Fuu, Umi e Hikaru em Guerreiras Mágicas de Rayearth

Não tem como negar que o gênero mahou shoujo é cheio de mangás clássicos, bem como adaptações para animes, que vêm marcando gerações há muito tempo. A década de 90, por exemplo, tem representantes de peso como Sailor Moon, Cardcaptor Sakura e Guerreiras Mágicas de Rayearth. Na trama, acompanhamos a trilha de Ryuuzaki Umi, Hououji Fuu e Shidou Hikaru por um universo paralelo a Tokyo com magia, mechas — robôs gigantes chamados de mashins ou gênios — e a lenda das guerreiras mágicas. Quer conhecer? Continue comigo!

O que você precisa saber sobre Guerreiras Mágicas de Rayearth?

Fuu, Umi e Hikaru em Guerreiras Mágicas de Rayearth

O mangá Guerreiras Mágicas de Rayearth — também chamado de Magic Knight Rayearth — foi ilustrado por ninguém menos do que o grupo Clamp, o mesmo de Cardcaptor Sakura e outras obras de sucesso (X, Tsubasa Reservoir Chronicles, Chobits e por aí vai). Foi lançado pela editora Kodansha e publicado nas páginas da revista Nakayoshi entre os anos de 1993 e 1996. No Japão, a obra teve 6 volumes no tradicional formato tankobon.

No Brasil, o mangá foi licenciado pela editora JBC, entre 2001 e 2002, com 12 volumes. E também foi um dos mais populares aqui no Brasil, sendo relançado em 2006 e em 2013 — dessa vez em formato de luxo, com 6 volumes (como no original japonês), páginas coloridas e a inclusão de novas cenas.

Resumo

O mangá Magic Knight Rayearth transporta as três protagonistas diretamente da Torre de Tokyo para o país de Cefiro, um universo paralelo habitado por criaturas mágicas. Lá, as estudantes Ryuuzaki Umi, Hououji Fuu e Shidou Hikaru se transformam nas lendárias Guerreiras Mágicas de Rayearth e recebem a missão de salvar o reino da princesa Emeraude e evitar o colapso do mundo. Então, as três embarcam em uma jornada de autoconhecimento, enquanto protagonizam cenas de ação com direito a armaduras, espadas e gênios (mashin). 

Por que ler o mangá Guerreiras Mágicas de Rayearth?

“Nós somos as Guerreiras Mágicas, Mágicas…” Mais uma trilha sonora que vem à minha cabeça quando penso em Magic Knight Rayearth. O anime marcou a minha infância, tanto quanto Sailor Moon e Cardcaptor Sakura, enquanto a leitura do mangá recentemente me fez relembrar das aventuras de Umi, Fuu e Hikaru. Eu gostava tanto que tive até uma boneca da Umi com armadura. Não preciso nem dizer que era a minha guerreira favorita, né? Depois de ler o mangá e ver Tsubasa, queria muito um Mokona também. >.<

A Umi tem um temperamento bem explosivo e fala o que quer, o que não condiz com a sua aparência, mas rende boas risadas. Sem contar que o seu elemento é água e a cor é azul. Quando pintei meu cabelo pela primeira vez com tinta colorida, escolhi o azul, porque tenho um grande fascínio por cabelos azuis. Em termos de personalidade, acho que a Fuu é mais parecida comigo pela calma e jeito de lidar com as coisas. A Hikaru é a mais nova e uma das mais corajosas. Sempre tomava a frente das batalhas, sem hesitar.

Mais uma vez, temos uma história com universos paralelos. Não é exatamente um isekai como em Sword Art Online. Em Magic Knight Rayearth, Umi, Fuu e Hikaru visitam a Torre de Tokyo durante uma excursão escolar até serem absorvidas por uma luz, que as teletransporta para o mundo de Cefiro. Assim, começa a trilha das lendárias guerreiras mágicas no resgate da princesa Emeraude para manter a paz, restabelecer o equilíbrio e voltar para casa. 

Mas antes de dar o primeiro passo, elas precisam aprender a lutar e despertar os mashins que protegem o lugar. Através deles, cada uma ganha um poder mágico ligado a um elemento da natureza: Umi (água), Fuu (vento) e Hikaru (fogo). Este é o primeiro arco do mangá. 

No segundo, as guerreiras voltam a Cefiro com uma nova missão: proteger o país de invasores, além de procurar alguém para assumir o papel de pilar do mundo no lugar da princesa Emeraude. Em meio a tudo isso, alguns romances começam a desabrochar de forma bem sutil. O mais óbvio, para mim, é o da Fuu.

Visual: o estilo Clamp

O enredo é recheado de surpresas, reviravoltas, momentos de reflexão sobre caráter e o desenvolvimento das personagens — de desconhecidas e sem qualquer preparo a melhores amigas e guerreiras lendárias. Sendo mais um mangá do grupo Clamp, os traços dispensam comentários, né? Agradam os olhos à primeira vista e embalam a leitura visualmente de forma bastante agradável. É como se você estivesse admirando uma obra de arte cada vez que vira a página. 

Quando se trata de uma obra de Clamp, a experiência vai além do enredo e dos balões de fala, as cenas são feitas com traços rebuscados e uma riqueza de detalhes para serem apreciadas com calma e sem pressa de virar a folha.

Também preciso destacar aquele que considero o protagonista mor de Magic Knight Rayearth: o Mokona. Vendo Tsubasa Chronicles, eu morri de amores por esse bichinho fofo e branquinho mais uma vez e me lembrei que a saga do mascote oficial do universo Clamp — carinhosamente apelidado de “shiro manju” por Kurogane — começa em Cefiro. 

Mangá ou anime (quem sabe ambos, como eu), seja qual a sua escolha, Guerreiras Mágicas de Rayearth é uma das principais obras do gênero mahou shoujo. Se você gosta de explorar o universo da magia, com uma pitada de mechas e realidades paralelas, não vai se arrepender. Então, fica a recomendação como um clássico que marcou muitas infâncias e que pode render uma leitura bem divertida para passar o tempo.

Eu revelei aqui no post que entre as três guerreiras mágicas, Umi é a melhor (para mim). E para você, quem se destaca mais? Deixe aqui nos comentários e me conte o porquê! 🙂

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