
Antes mesmo do debut em novembro de 2020, o ENHYPEN já estava com a popularidade nas alturas. Muito disso se deve ao reality I-Land, que formou o grupo com base no talento dos meninos, na avaliação dos produtores e na votação da audiência global. E no primeiro comeback de Jungwon, Sunghoon, Sunoo, Jay, Heeseung, Jake e Ni-Ki não poderia ser diferente. O álbum “Border: Carnival” chegou com tudo! Depois de acompanhar o retorno e ouvir as novas músicas, vim aqui compartilhar as minhas impressões com você. Acompanhe!
Comeback marca novos recordes para o ENHYPEN
Primeiro, o ENHYPEN quebrou o próprio recorde de pré-vendas. Se o disco de estreia “Border: Day One” passou a marca de 300 mil cópias 21 dias depois do seu lançamento, o segundo miniálbum do septeto já foi além. No quinto dia de vendas, foram mais de 400 mil cópias vendidas, de acordo com o portal Soompi.
O grupo também alcançou a expressiva marca de 14 milhões de seguidores em suas mídias sociais. Assim como o BTS, que valoriza o engajamento online para manter o fandom mais perto do seu dia a dia, o ENHYPEN segue um caminho parecido. E os fãs respondem à altura, colocando o nome do grupo nos trending topics.
Nesta segunda-feira, 26, o lançamento do álbum “Border: Carnival” esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter por meio de três hashtags principais: #BorderCarnival_IsOutNow, #ENHYPEN_COMEBACK_DDAY e #DrunkDazedIsOutNow, além da frase “WELCOME TO EN-CARNIVAL”.
Álbum “Border: Carnival” expressa emoções após debut

“This album is the second one in the BORDER series. On DAY ONE, we talked about our emotions standing on the borderline between trainees and artists. CARNIVAL talks about how we felt after we debuted.”
Cinco meses depois da estreia com a title track “Given-Taken”, o ENHYPEN traz a continuação para o storytelling baseado no charmoso e sombrio universo dos vampiros. Atrelado ao tema, a proposta era expressar em música a transição da vida de trainees para idols. Os primeiros music shows, os primeiros eventos online, os primeiros encontros com os fãs (Engene), enfim, a primeira vez como artistas para muitas coisas.
Transição
“Our last promotion was our first time for everything. First music shows, first fan meetings, first offline events… Everything was new. They all felt amazing but being in a new environment also felt somewhat hectic. In our eyes, everything looked so fancy, like a carnival.”
Dessa vez, o grupo mergulha na explosão de sentimentos pós-debut com a faixa-título “Drunk-Dazed”. Se antes tudo era novo, as experiências parecem um carnaval, não apenas pelo glamour de estar nos holofotes, mas também pelo sentimento de deslumbramento que pode entorpecer a mente em alguns momentos. Por isso, com as novas músicas, eles compartilham as emoções que sentiram com essas experiências até então desconhecidas.
Desejos
“All seven of us are full of ambition about songwriting. I challenged myself to write lyrics for this album as well. My lyrics were unfortunately not selected, but I think it was a good opportunity. I will keep practicing and challenging myself.”
Para aproveitar tudo ao máximo, os meninos já estipularam metas, como conquistar o primeiro lugar em um music show, participar de premiações, encontrar os fãs cara a cara (quando não houver mais restrições devido à pandemia) e contribuir com a produção das músicas que ainda estão por vir. Jake, inclusive, disse na coletiva do comeback que se arriscou a compor, mas suas letras não foram selecionadas dessa vez, o que o incentivou a se esforçar ainda mais no próximo álbum do ENHYPEN.
Conselhos
“A leader is not someone who pulls from the front, but someone who pushes from the back.”
Jungwon, Sunghoon, Sunoo, Jay, Heeseung, Jake e Ni-Ki também falaram da relação de apoio com grupos já consolidados no K-pop, como o BTS e o TXT. Ambos fazem parte da mesma agência, que recentemente mudou o nome para HYBE e inclui os selos Big Hit, Source Music, Pledis Entertainment, Belift Lab, Hybe Labels Japan e KOZ Entertainment. Sem contar a aquisição da Ithaca Holdings, responsável por artistas como Ariana Grande e Justin Bieber.
A citação acima foi dita pelo líder Jungwon ao lembrar de um conselho que recebeu do RM, líder do BTS sobre o papel da liderança em um grupo de K-pop. Um líder não é aquele que puxa na frente, é aquele que empurra de trás, formando o alicerce para todos os integrantes. Vale destacar que em vários momentos do I-Land, os membros demonstraram respeito pelo septeto, não apenas pelas conquistas globais, mas também pela postura como artistas.
Contagem regressiva para o 1º comeback do ENHYPEN
A contagem regressiva para o primeiro comeback do ENHYPEN começou no dia 5 de abril, quando um intrigante convite em forma de teaser chegou ao YouTube: “Intro: The Invitation”. Foi quando o grupo anunciou o lançamento do álbum “Border: Carnival”, bem como a data: 26 de abril. Depois disso, os teasers começaram, mostrando o conceito por trás do novo trabalho: HYPE, DOWN e UP. Cada palavra representa as etapas de um carnaval — o convite (UP), a festa (HYPE) e a perda da noção de realidade (DOWN).









Assim, a primeira leva chegou no dia 7, com fotos conceituais de todos os membros do ENHYPEN, explorando a versão HYPE em roupas que destacam a dualidade do preto e do branco. Para completar, teve ainda um vídeo curto para apresentar o concept film, além de vídeos para cada integrante.









No dia 10, foi a vez da versão DOWN ganhar fotos conceituais, seguindo a mesma premissa. Cada membro teve um pack de imagens em roupas no estilo streetwear esportivo, com direito à cidade ou carro destruído ao fundo e fotos flipadas, além de um vídeo individual.








No dia 13, o conceito ficou completo com as fotos conceituais da versão UP, com imagens individuais, bem como vídeos para Jungwon, Sunghoon, Sunoo, Jay, Heeseung, Jake e Ni-Ki. Aqui, o carnaval tomou conta, com visuais que remetem a um luxuoso baile de máscaras, cheio de príncipes.
Três dias depois, o grupo divulgou a tracklist e as seis faixas do novo álbum “Border: Carnival”, que abre um novo capítulo da jornada do ENHYPEN rumo aos palcos. Ao todo, são quatro músicas inéditas — “Drunk-Dazed”, “Fever”, “Not For Sale” e “Mixed Up” — além de duas narrações em inglês — “Intro: The Invitation” e “Outro: The Wormhole”. Segue os mesmos moldes do primeiro disco, que explora o storytelling por trás das letras e conceitos visuais. No dia 19 de abril, o grupo mostrou uma prévia do que esperar, com trechos de cada música. Depois vieram dois teasers para o MV de “Drunk-Dazed”.
Impressões sobre o 1º comeback do ENHYPEN

Seguindo o mesmo storytelling de “Border: Day One”, o álbum “Border: Carnival” expressa os sentimentos do grupo após o debut. Um mix de êxtase, confusão e emoções que oscilam a cada passo na indústria musical. O carnaval, por trás do conceito do novo disco, representa o “mundo novo” que os sete estão experimentando como idols.
“Drunk-Dazed”
O single “Drunk-Dazed” é a title track do álbum “Border: Carnival” e, assim como o nome já indica, ela expressa os sentimentos de êxtase e oscilação dos meninos em relação ao estrelato e às descobertas da nova experiência. Com um estilo musical bem diferente do primeiro disco do ENHYPEN, a música traz um pop rock dançante, que começa de uma forma tranquila até explodir no refrão. É fácil viciar na batida!
Eu me surpreendi de uma forma muito positiva. Se já gostei de “Given-Taken”, “Drunk-Dazed” não fica para trás. No entanto, a linha vocal me deixou um pouco incomodada. Parece que perdeu a força ao enfatizar uma pegada mais robótica. Não sei se é bem essa a palavra, mas a mixagem das vozes passa uma sensação meio artificial e processada. E esse é o único ponto que não deixou a música perfeita, já que em termos de melodia tudo funciona muito bem — desde os elementos de rock até a energia da batida em clima de festa, do início ao fim.
Na coletiva, Jungwoon revelou que levou cerca de duas horas para gravar o verso de abertura. O líder do ENHYPEN explicou que queria expressar a vibe certa, principalmente por ser o primeiro verso da música. Confira a performance no canal M2, da Mnet, que também destacou “Not For Sale”, “Mixed Up” e “Given-Taken”.
Além da atenção aos detalhes, a coreografia também recebeu um cuidado extra. De acordo com Ni-Ki, conhecido pelas suas habilidades excepcionais de dança, os movimentos (pulos e gestos que lembram zumbis) têm uma intensidade até três vezes mais difícil do que a coreografia que marcou o debut, “Given-Taken”. O nível hard levou Jake a 10 horas de treinos diários. Já a letra reflete muitas coisas que os próprios integrantes disseram em entrevistas.
MV de “Drunk-Dazed”



No MV de “Drunk-Dazed”, liberado com o álbum, o grupo participa de uma festa bem inusitada. O início é cheio de glitter, glamour e brindes entre os amigos, mas as coisas começam a ficar um pouco estranhas nas cenas do meio para o final, com a imagem de um ambiente subterrâneo e uma fonte cheia de sangue.
Aliás, o sangue é um dos elementos em destaque na estética visual, que também explora o estilo do punk rock, com piercings, jaquetas de couro e coturnos. Tudo combina (e muito) com a cadência da música e da mensagem que ela quer passar. Outro ponto de destaque é a conexão com as cenas antigas, que vimos no MV de “Given-Taken”.




Reparou na presença de dois homens misteriosos, mas conhecidos? Se você assistiu I-Land, deve ter reconhecido de cara. K e EJ aparecem no MV, o que pode indicar um debut cedo ou tarde, não é mesmo? Afinal, em dezembro do ano passado, a Big Hit Japan anunciou um novo projeto global com cinco membros já confirmados: K, EJ, Taki, Nicholas e Kyungmin.
Outras músicas da tracklist

Depois de ouvir algumas vezes, fica difícil escolher as favoritas. Eu, particularmente, gostei de todas as músicas. Enquanto a title track “Drunk-Dazed” é cativante desde a primeira vez que toca no Spotify, as outras faixas não ficam para trás, embora tragam estilos musicais completamente diferentes. E essa é uma das características mais legais do disco, a versatilidade que eu já gosto de ouvir sempre que o SHINee lança um novo álbum, seja no mais recente “Don’t Call Me” ou na versão repaginada com “Atlantis”.
Até mesmo a IU apresentou uma sonoridade bem diferente de seus trabalhos anteriores ao lançar “LILAC”. Para aproveitar e fechar o tema antes de voltar à tracklist, “BE” do BTS também inovou ao apostar em um caminho mais autoral do que nunca.
“Fever”
Além das narrações, “Intro: The Invitation” e “Outro: The Wormhole”, “Fever”, “Not For Sale” e “Mixed Up” são boas de se ouvir. “Fever” tem algumas inserções, incluindo o som de respiração, que conferem um charme a mais para a melodia. A letra compara o amor a uma febre que queima, o que me lembra a mensagem de “Flu” da IU.
“Not For Sale”
“Not For Sale” me lembra um pouco a vibe de “10 Months”, com uma pegada mais leve para um álbum que tem um visual mais dark, assim como “Let Me In (20 Cube)” no primeiro álbum. Ambas cumprem um papel semelhante, trazendo leveza e versatilidade para o ENHYPEN.
“Mixed Up”
“Mixed Up” tem uma letra interessante, assim como a melodia que transmite bem o que a música quer passar. Ela fala sobre toda a badalação em volta dos idols — centro das notícias, fofocas, solidão e todos os elementos que acompanham a fama. E o mix de sentimentos que, de uma hora para outra, parecem virar o mundo de cabeça para baixo.
Além das performances no canal M2, para celebrar o comeback e o lançamento do álbum “Border: Carnival”, o grupo preparou um showcase especial. Chamada de “Private Carnival Live”, a transmissão online será disponibilizada na plataforma V LIVE no dia 27 de abril, às 7:00 (horário do Brasil). Com um debut marcante, o ENHYPEN consegue manter as expectativas em alta com o novo álbum “Border: Carnival”, trazendo versatilidade, uma explosão de sentimentos e um ar de novidade impresso pelos elementos de rock em sua title track.
Ainda não ouviu o disco? Então, vou deixar aqui a playlist oficial que entrou no Spotify assim que “Border: Carnival” foi lançado. Aproveite!