
Quando eu comecei a curadoria de mangás clássicos da minha lista de recomendações, Cardcaptor Sakura foi uma das primeiras referências. Além da música de abertura do anime, logo me veio à cabeça uma das frases mais icônicas: “Chave que guarda o poder das trevas, mostre os verdadeiros poderes sobre nós e ofereça-os à valente Sakura que aceitou essa missão!”
Assim como Sailor Moon, Sakura Card Captors — nome dado aqui no Brasil — também é um dos maiores mangás do gênero mahou shoujo e conquistou a infância de muita gente nos anos 90. Vem saber mais comigo? Liberte-se!
O que você precisa saber sobre Cardcaptor Sakura?

O mangá Cardcaptor Sakura foi ilustrado pelo grupo Clamp, lançado pela editora Kodansha e publicado nas páginas da revista Nakayoshi entre os anos de 1996 e 2000. No Japão, a obra teve originalmente 12 volumes. Quando a revista completou 60 anos, em 2015, Cardcaptor Sakura foi transformada em uma edição especial com 9 volumes.
No Brasil, o mangá recebeu o nome de Sakura Card Captors e foi licenciado pela editora JBC em 2001 com 24 volumes. Em 2012, a obra foi relançada em uma edição especial com páginas coloridas distribuídas em 12 volumes, seguindo o material original.
Resumo
O mangá Cardcaptor Sakura conta a história de Kinomoto Sakura, uma menina de 10 anos que leva uma vida normal até encontrar um misterioso livro na biblioteca do seu pai. Quando a curiosidade fala mais alto, ela decide abri-lo e acaba liberando as Cartas Clow, cartas mágicas criadas pelo poderoso mago Clow. Com elas, o guardião Kero também desperta e repassa a Sakura a missão de recuperá-las para evitar que um desastre assole o mundo. E assim, Sakura se torna uma cardcaptor.
Por que ler o mangá Cardcaptor Sakura?




Liberte-se! Eis que temos o primeiro mangá do grupo Clamp na lista. E não será o único, já que Clamp está por trás de alguns clássicos da minha vida. Vamos começar com Cardcaptor Sakura, um dos comics mais importantes do gênero shoujo (mesmo de Sailor Moon) e também um dos primeiros a chegar aqui no Brasil (com Rurouni Kenshin) pela editora JBC.




Os quadrinhos se dividem em fases. A primeira marca o início das aventuras de Sakura em busca das Cartas Clow, além do encontro com Li Syaoran. A segunda revela a verdadeira identidade de Yukito como o guardião Yue, ao lado de Kero. E, por fim, vem o confronto da cardcaptor com o Mago Clow, que reencarnou como Eriol, e agora guia Sakura na descoberta do seu potencial mágico (do poder da sua estrela).




O plot, por si só, já pode despertar o seu interesse. Se você gosta de magia, uma história bem levinha e envolvente, batalhas empolgantes e uma pitada de romance, Sakura tem isso e muito mais. Ela é uma das personagens mais carismáticas que eu já vi. Apesar de ser um pouco encrenqueiro, Kero é uma fofura de guardião.
A melhor amiga Tomoyo está sempre por perto para filmar Sakura em ação com figurinos especiais para cada batalha. Ai, ai, ai, Syaoran, o que falar sobre você? Simplesmente, um dos protagonistas preferidos em mangás/animes. Aliás, se gostar do casal e quiser ver um pouco mais, não deixe de conferir os filmes.





Um dos pontos de maior destaque em Cardcaptor Sakura é que não existe um grande vilão, nem o bem ou o mal são claramente definidos, ou até mesmo o que é certo ou errado. O que existe é a dualidade, elemento presente em boa parte das obras de Clamp e também no mundo em que nós vivemos.
O mangá aborda algumas discussões que podem causar polêmica por deixar os padrões de lado, ao mesmo tempo em que destaca laços familiares fortes. Seja como for, no fim, o que importa é acreditar nas suas escolhas. Se assistir o anime, preste atenção na trilha sonora. *momento nostalgia* “Por quê? Por quê? Quero viver contigo a vida inteira…”
Cardcaptor Sakura: Clear Card Hen

“Quando todas as cartas estiverem reunidas
Este não será o fim do começo
Será o começo do fim…”
No ano de 2016, em comemoração aos 20 anos da obra, um novo mangá foi lançado com o nome de Cardcaptor Sakura: Clear Card Hen. Diferente de Sailor Moon que nos presenteou com um remake, Sakura voltou com uma continuação da história, diretamente de onde o mangá original parou. Alguns anos se passaram. Agora, ela e Syaoran têm 14 anos e estão ingressando no ginásio. As Cartas Sakura, antigas Cartas Clow, estão transparentes e um novo mistério paira sobre o ar.
O que será que aconteceu? Bom, só lendo o mangá para descobrir. Em 2017, Clear Card ganhou uma adaptação em OVA e, no ano seguinte, 22 episódios no formato de anime. As animações cobrem parte do mangá, que ainda está em andamento. Ainda não temos notícias sobre a sequência para as telinhas da TV, computador, tablet ou celular.
Tsubasa Reservoir Chronicles

O mangá Tsubasa Reservoir Chronicles também é continuação da história de Sakura e Syaoran? Não, mas eu resolvi colocar aqui para já sinalizar que são obras independentes e também porque eu resolvi acompanhar para ver como seria o relacionamento do casal por aqui. Os dois são protagonistas, ao lado de personagens de outras obras de Clamp que, de certa forma, parecem estar conectadas. Como ainda não li todos os mangás do grupo, por enquanto, não vou me aprofundar. Afinal, existe um grau de complexidade que requer mais leitura e talvez releitura para entender e compartilhar.
Assim como Rurouni Kenshin, Sailor Moon e InuYasha, Cardcaptor Sakura segue sendo uma referência entre os mangás, especialmente do gênero shoujo, mesmo depois de tantos anos. Mais do que isso, é um dos meus maiores xodós. Você não imagina a minha felicidade quando fiquei sabendo da continuação em Clear Card Hen. Ainda não li, mas maratonei todos os episódios do anime e agora espero ansiosamente pela sequência. Foi legal poder rever personagens que marcaram uma fase da minha vida e acompanhar o romance entre Sakura e Syaoran. Ai, ai ai!
Se você gosta de magia e uma pitada de doçura com mensagens profundas por trás, leia Cardcaptor Sakura. Enquanto isso, deixo como recomendação o review do anime Kujira no Kora, com belos traços e uma trilha sonora envolvente. Aproveite!