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InuYasha explora a conexão entre dois mundos: Tokyo atual e Japão feudal

InuYasha e Kagome em ilustração do mangá

“Cruzando eras encontrei você…” É só pensar em InuYasha que já me recordo da música de abertura do anime. Isso também me lembra que eu ainda não terminei de assistir todos os episódios, mas como vou falar do mangá, a maratona fica para outra hora. E não tinha como deixar InuYasha de fora da minha recomendação de leitura de mangás clássicos.

O enredo que conecta Tokyo atual com o Japão feudal, os personagens e a trilha sonora (para quem viu o anime) marcaram a minha infância. Por isso, hoje eu vou falar um pouco mais sobre InuYasha e contar por que você deve ler. Vamos cruzar eras? Vem comigo!

O que você precisa saber sobre InuYasha?

InuYasha e Kagome em ilustração do mangá

O mangá InuYasha foi ilustrado por Rumiko Takahashi, lançado pela editora Shogakukan e publicado nas páginas da revista Weekly Shōnen Sunday entre os anos de 1996 e 2008. No Japão, a obra ganhou uma versão padrão (Tankōbon) em 56 volumes. Já no Brasil, o mangá foi licenciado pela editora JBC em 2002 com 112 volumes. 

Agora em 2021, InuYasha será relançado em formato para colecionadores, também chamado de wideban. O mangá terá 30 volumes, incluindo páginas coloridas e seguindo a versão lançada em 2013 no Japão em comemoração aos 35 anos de carreira da autora. De acordo com a JBC, o motivo do relançamento aqui no Brasil é o aniversário de 25 anos da obra. 

Resumo

O mangá InuYasha traz em seu enredo uma conexão que une dois mundos, Tokyo atual e o Japão feudal, por meio de um velho poço no quintal de um antigo templo. Como um portal, ele transporta a estudante Kagome para a época em que a terra era habitada por humanos e youkais. Lá, ela encontra InuYasha (meio humano e meio youkai) selado em uma árvore. O seu despertar marca o início da busca pela lendária Joia de Quatro Almas, que teve os seus fragmentos espalhados por todo o Japão feudal e atraiu a atenção dos youkais. No caminho, a dupla encontra outros personagens como Sango, Miroku, Koga, Sesshoumaru e Naraku.

Por que ler o mangá InuYasha?

Assim como Rurouni Kenshin e Sailor Moon, InuYasha também marcou a minha infância e teve um papel importante no meu interesse por mangás, animes e cultura japonesa. A combinação entre dois mundos em épocas diferentes já é motivo para despertar a curiosidade. Os personagens são carismáticos, embora alguns cruzem a linha algumas vezes (né Miroku?). 

Além disso, as idas e vindas de Kagome (tentando conciliar os estudos no presente e a busca pela joia no passado) e o trágico relacionamento de InuYasha com Kikyō — que ganha uma nova chance através da reencarnação da sacerdotisa como Kagome — nos faz querer saber mais sobre o que aconteceu e o que ainda vai acontecer.

O enredo, como eu apontei acima, é um dos pontos altos, unindo dois mundos tão diferentes e, ao mesmo tempo, incorporando mitos e lendas do Japão antigo. Cada personagem tem os seus próprios fantasmas do passado, e as experiências que compartilham são construídas por meio das relações de confiança, traição e aceitação.

Outro elemento que se destaca para quem também vê o anime, é a trilha sonora. É uma música mais linda do que a outra, na versão original e nas versões instrumentais. Lembro de decorar todas as letras das aberturas e encerramentos em português para passar o dia cantando.

Hanyou no Yashahime

Em outubro de 2020, InuYasha ganhou uma continuação em anime. Com 24 episódios, Hanyou no Yashahime acompanha as aventuras entre os dois mundos novamente, dessa vez com as filhas de InuYasha e Sesshoumaru. Não vou me estender muito por aqui, porque além de não ser o foco, não estou muito empolgada para assistir (pelo menos por enquanto).

Após tanto tempo desde que eu li o mangá e vi o anime, InuYasha ainda me causa nostalgia e continua sendo um clássico. Se você gosta de transitar entre mundos diferentes, aprender mais sobre mitos e lendas do Japão antigo e toda vez que vê um mistério já bate aquela curiosidade de saber o que vai acontecer, vale a pena incluir na sua lista de leituras. E se curtir, pode estender para o anime, filmes e OVA. 

Por falar em cruzar em eras, deixo aqui a recomendação do mangá de Rurouni Kenshin, que é ambientado na Era Meiji. Boa leitura!

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