O que era para ter se tornado um post único acabou se estendendo demais e aqui estou eu novamente. Depois de apresentar uma lista com a recomendação de leitura de mangás clássicos, estou preparando pequenos reviews sobre cada um eles. Diferente do que costumo fazer, não pretendo trazer spoilers dessa vez. Meu objetivo é apenas falar um pouco mais sobre os quadrinhos japoneses e compartilhar motivos para você ler. Quem abre a série é um dos meus maiores xodós, Rurouni Kenshin, também conhecido como Samurai X. Vem comigo para a Era Meiji? Boa leitura!
O que você precisa saber sobre Rurouni Kenshin?
O mangá Rurouni Kenshin foi ilustrado por Nobuhiro Watsuki e lançado pela editora Shueisha nas páginas da revista Weekly Shōnen Jump entre os anos de 1994 e 1999. No Japão, a obra ganhou uma versão padrão (Tankōbon) e, posteriormente, uma edição de luxo (Kanzenban). Em ambas, foram publicados 28 volumes:
- 1 a 6: Saga de Edo (Tokyo);
- 7 a 18: Saga de Shishio (Kyoto);
- 19 a 28 Saga de Enishi (Jinchuu).
Já no Brasil, o mangá recebeu o nome de Samurai X e foi licenciado pela editora JBC em 2001 com 56 volumes. Isso significa que cada edição japonesa se transformou em duas brasileiras, por isso a quantia dobrada. Em 2012, a obra foi relançada com novas capas e seguindo o padrão original de 28 volumes.
Resumo
O mangá Rurouni Kenshin é ambientado na Era Meiji e traz as aventuras do espadachim Himura Kenshin, mais conhecido pelo seu passado como Hitokiri Battousai — Battousai, o Retalhador — que ajudou a colocar um fim no Shogunato (Era Edo) e abrir o caminho para uma nova era no Japão. Em busca de uma vida mais pacífica e sem mortes, Kenshin se torna um andarilho e, durante as suas andanças, conhece Kamiya Kaoru. O dojo Kamiya se torna, então, o seu novo lar e também marca o início de novas amizades (Yahiko, Sanosuke, Misao e mais) e batalhas inevitáveis.
Por que ler o mangá Rurouni Kenshin?
Oro? Rurouni Kenshin foi um dos primeiros mangás publicados aqui no Brasil pela editora JBC, assim como Cardcaptor Sakura (ai, ai, ai, mal posso esperar para falar dela). Aliás, por aqui, o título ganhou o nome de “Samurai X”. Sou um pouco suspeita a falar, já que um dos meus mangás/animes preferidos de todos os tempos, o meu xodó. E não é para menos! Foi uma das franquias mais populares dos anos 90.
Rurouni Kenshin resgata um pouco da história do Japão, com foco nos primeiros anos da Era Meiji. Então se você tem interesse em saber mais sobre isso, já tem um motivo para incluir a leitura na sua lista. O mangá é dividido em três grandes sagas: Tokyo, Kyoto e Jinchuu.
Mesmo envolvendo algumas lutas sangrentas entre espadas, o enredo consegue ser sutil pela forma como a história nos é contada, mesclando pitadas de humor, romance e momentos mais leves. As cenas das batalhas são envolventes, além das mensagens por trás da trama trazem lições sobre mentiras, verdades e redenção. Sem contar o carisma dos personagens, que vão conquistar o seu coração.
Dica: se quiser ir além do mangá, o site Omelete mostra por onde começar com anime, filmes e OVAs.
A Sakabatou de Yahiko
Além do mangá tradicional, Rurouni Kenshin ganhou um especial one-shot “A Sakabatou de Yahiko”. O epílogo é uma continuação, mas agora tendo o Yahiko, já crescido, como protagonista. O garoto de 10 anos que sempre explodia quando era chamado assim, amadureceu, herdou a sakabatou de Kenshin e passou a disseminar o estilo Kamiya Kashin do dojo de Kaoru.
A história é bem curtinha, mas tem boas pitadas de humor. Vale para revisitar os personagens que já conhecemos, ver como o Yahiko desenvolveu as suas habilidades com a espada e acompanhá-lo em sua própria aventura (mesmo que breve).
Kenshin Kaden
O mangá também rendeu outras adaptações, como a obra Kenshin Kaden. É um tipo de enciclopédia que revela alguns dos segredos por trás de Rurouni Kenshin, além de trazer ilustrações originais publicadas na Shonen Jump. O livro reúne fichas dos personagens, técnicas de lutas e entrevistas com o autor. Para completar, descobrimos o que aconteceu com Kenshin, Kaoru, Yahiko, Sanosuke e os outros.
Mesmo já tendo passado bastante tempo desde o lançamento do primeiro volume do mangá e todas as adaptações que vieram depois — anime, OVAS e filmes (relativamente mais recentes) — Rurouni Kenshin é um clássico. Se você tem interesse pela história do Japão e dos samurais, mais um motivo para colocar a obra na sua lista de leituras para este ano. Além da parte histórica, ela traz personagens carismáticos e um bom enredo.
Quer saber mais dicas de review? Da Era Meiji, vamos para uma intensa batalha pelo Santo Graal com o anime Fate/Apocrypha. Boa leitura!
Hasta La Tour 