Veggie life

Meu estilo de vida é ser vegetariana, qual é o seu?

Ser vegetariana (Ella Olsson on Pexels)

Você já pensou em adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável? Em 2009, escolhi ser vegetariana e excluí, de uma vez, todos os tipos de carne da minha alimentação. Eu escolhi fazer a minha parte para manter os bichinhos vivos — sem amor seletivo entre vacas, cachorros, galinhas, gatos, peixes, enfim. Por que ainda não me tornei vegana? Pois eu acredito que os animais e os seres humanos podem conviver em harmonia.

Apesar de não ser adepta do veganismo, na medida do possível, eu venho adotando hábitos de consumo mais naturais na hora de me vestir ou de procurar cosméticos. Ainda mais agora com um mercado mais receptivo ao uso de produtos de origem vegetal e menos nocivos ao meio ambiente. Por mais que eu fale em viagens e reviews aqui no blog, hoje resolvi compartilhar um pouco do meu dia a dia. Vem comigo!

Por que escolhi ser vegetariana?

Ser vegetariana temperos (Tijana Drndarski on Unsplash)

Há mais de 10 anos, resolvi tomar uma decisão em relação aos meus hábitos alimentares. Algo me incomodava há algum tempo, mas no início eu não sabia bem o que era. Quando eu descobri que o meu estilo de vida não era o que eu queria, mergulhei de cabeça no vegetarianismo. Cortei 100% o consumo de carne de uma vez só. Vejo muitas pessoas recomendando uma transição gradual. Como não passei por isso, não posso dizer se realmente é o melhor caminho. Comigo funcionou!

Escolhi ser vegetariana pelo bem-estar dos animais e passei a vê-los com outros olhos, não como comida, mas como seres vivos que podem (e devem) conviver em harmonia com a gente. Existem muitos produtores por aí que criam os animais soltos, com amor e carinho.

Desde pequenos, somos ensinados a comer carne como se fosse algo natural e não refletimos sobre os impactos disso. São condicionamentos, assim como tantos outros, que nos fazem achar que as coisas são como são e ponto. A carne nunca foi um alimento essencial para mim e, quando deixei de comer, comecei a me sentir mais leve, com mais energia e disposição, além de ficar bem comigo mesma.

Novas descobertas

O que acontece depois é uma consciência em relação aos animais que começa a despertar. No momento que você enxerga além disso e se questiona, um novo mundo se abre.

No início, não foi fácil. Enfrentei resistência da família, achando que era apenas um modismo passageiro. Eu não sabia me alimentar direito. Só tirava a carne do prato, sem repor com outros tipos de proteínas ou equilibrar os nutrientes. Meus amigos não entendiam. Ouvi muitas brincadeiras do tipo “o que você come então?” ou “você se alimenta de luz”. Restaurantes e supermercados ainda eram muito fechados, com pouca ou nenhuma opção.

Com o crescimento de vegetarianos e veganos nos últimos anos, muita coisa mudou — para melhor. Sem contar que eu também investi em conhecimento para aprender mais sobre esse estilo de vida e me alimentar de forma saudável, orgânica e natural.

Hoje eu planto diversos temperinhos na minha horta caseira e aproveito muito mais a feira, além de outras fontes de proteína como soja, tofu e cogumelos. Descubro novos pratos, faço combinações diferentes de sabores e testo novas receitas. Posso encontrar restaurantes totalmente vegetarianos e veganos ou com uma ou outra opção veggie, assim como uma diversidade maior de produtos nas prateleiras dos supermercados.

Aos poucos, tenho buscado alternativas além da alimentação, aproveitando o investimento de setores como moda e produtos de beleza em produtos ecologicamente corretos. Quando compro roupas, opto por materiais sustentáveis e menos nocivos ao meio ambiente. Maquiagem também. Estou na transição do shampoo e condicionador. Migrei para uma linha sem parabenos, sulfatos e outras químicas e depois passei a usar marcas veganas (sem ingredientes ou testes em animais). A próxima etapa é adotar produtos naturais e orgânicos.

Vegetarianismo em números

Ser vegetariana mercado crescimento (Brigitte Wagner on Pixabay)

Ser vegetariana deixou de ser um estilo de poucos para ganhar o mundo. Segundo uma pesquisa do IBOPE Inteligência, divulgada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), 14% do país é vegetariano. Parece pouco? O percentual equivale a uma média de 30 milhões de pessoas. Além disso, 55% dos brasileiros disseram que comprariam produtos vegetarianos ou veganos se estivesse indicado na embalagem.

O Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae também traz um dado interessante a partir de um estudo para avaliar novas tendências de consumo nas redes sociais. A procura por cosméticos naturais, orgânicos, veganos e livres de testes em animais (cruelty-free) deve crescer 6,1% até 2023. Até mesmo a revista The Economist já vem falando sobre a ascensão do veganismo.

Enfim, ser vegetariana, para mim, começou de uma conscientização, um novo olhar para o mundo. Sem condicionamentos. Sem amarras. E cheio de novas descobertas. A cada dia, aprendo coisas novas e posso dizer que a minha alimentação hoje é muito melhor do que jamais foi no passado. Meu consumo é consciente, com equilíbrio entre os ingredientes que meu corpo precisa e dando preferência a produtos orgânicos de produtores locais.

Se você gostou do conteúdo, aproveite para conferir o post em que eu compartilho 7 práticas de mindfulness para te deixar ainda mais leve. 🙂

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