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O que fazer em Maringá? 6 lugares para conhecer no aniversário da cidade

O que fazer em Maringá (Mario Duran-Ortiz on Flickr)

Entre minhas idas e vindas por vários estados brasileiros, o Paraná fez (e ainda faz) parte da minha história. Durante quatro anos, Maringá, uma pequena cidade no interior paranaense, a cerca de 428 quilômetros da capital Curitiba, foi minha casa. E por que resolvi escrever sobre isso hoje? Porque no dia 10 de maio a cidade faz aniversário. São 73 anos. Então, em homenagem, vou contar o que fazer em Maringá. Nosso passeio passará por:

1. Parque do Ingá
2. Catedral
3. Parque do Japão
4. Templo Budista Jodoshu Nippakuji
5. Bosque das Grevíleas
6. Hotel Bandeirantes

Vamos viajar juntos pelo texto até que a gente possa pegar a estrada de novo ou um avião. Prepare-se para embarcar comigo! 😉

O que tem em Maringá?

Um dos pontos que mais merece destaque na cidade é o verde. Ele está por todos os lados. Dizem que há uma árvore para cada quatro habitantes, uma média de 55 m² de área verde por habitante. Não é à toa que Maringá é conhecida pela farta arborização, o que lhe rendeu o título de “Cidade Verde”, além do reconhecimento como uma das cidades mais limpas do país.

Um dos cartões-postais, em plena região central, é o Parque do Ingá, casa de mais de 60 espécies de árvores e mata nativa, além de um lago artificial com pedalinhos e um zoológico. Sem contar os jardins floridos, que colorem as ruas planejadas da cidade.

Outra curiosidade vem do fator geográfico. Sabia que o Trópico de Capricórnio atravessa a cidade? Por isso, o clima em Maringá é um misto de tropical com subtropical. De acordo com uma pesquisa da Macroplan, em 2015, a cidade apareceu em 1º no ranking entre as 100 cidades mais populosas, que avaliou o Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM) por meio de quatro fatores: educação, saúde, infraestrutura/sustentabilidade e segurança.

O que fazer em Maringá?

Desde grandes áreas verdes até um passeio pela influência da imigração japonesa, a icônica Catedral em forma de cone, um templo budista e um hotel tombado como Patrimônio Cultural do Estado do Paraná, vou mostrar as atrações turísticas que eu mais gosto. É um roteiro para curtir a natureza, mergulhar na história da cidade ou aproveitar com a família em um fim de semana. Vem comigo?

1. Parque do Inguá

Bem-Te-Vi no Parque do Ingá (Adriano Lúcio on Flickr)

Um dos maiores destaques de área verde em pleno perímetro urbano é o Parque do Ingá, bem no coração da cidade. Considerado um dos pulmões de Maringá, seus 474 mil m² costumavam ser apenas um grande espaço com mata nativa e um pequeno córrego.

Durante o processo de urbanização, a mata foi preservada e o parque municipal ganhou um lago artificial com pedalinhos em forma de cisnes e caravelas, além de sete quilômetros de pavimentação a partir dos paralelepípedos extraídos da antiga Avenida Brasil.

Dentro da reserva florestal, você pode passar por uma gruta com imagem de Nossa Senhora Aparecida, conhecer animais da fauna regional, apreciar um jardim japonês e visitar a primeira Maria Fumaça de Maringá, que inaugurou a Estação Ferroviária de 1954. No entorno, há uma pista de caminhada/corrida de três quilômetros com academias ao ar livre.

2. Catedral de Maringá

Catedral de Maringá (Garon Picelli on Flickr)

Talvez você não conhecesse a cidade até agora, mas já deve ter visto ao menos uma imagem da icônica Catedral em forma de cone. Inaugurada no aniversário de Maringá, em 10 de maio de 1972, esta é uma das memórias mais vivas que eu tenho de lá, onde fiz minha primeira comunhão e catequese.

O projeto arquitetônico moderno e arrojado da Catedral Metropolitana Basílica Menor Nossa Senhora da Glória foi inspirado no satélite soviético Sputnik Segundo. São 124 metros de altura, contando com a cruz no topo, e 50 metros de diâmetro. Por dentro, há vários vitrais — os maiores simbolizam os pontos cardeais, enquanto os menores retratam os 12 apóstolos — que mudam de tonalidade de acordo com a incidência dos raios solares, além de pinturas da via Sacra e capacidade para receber até 3,5 mil pessoas.

Uma das vistas mais bonitas da cidade fica no topo da Catedral, em um mirante que compensa todos que sobem os 466 degraus até ele. Você também pode visitar o museu, com documentos e jornais que guardam a história de Maringá, e os espelhos d’água ao redor com iluminação.

3. Parque do Japão

Parque do Japão (Pixabay)

Em homenagem à forte influência dos imigrantes japoneses, uma área de preservação ambiental com 100 ml m² foi transformada no Parque do Japão em 2014. Com arquitetura que remete à milenar comunidade nipônica, há bonsais, um lago com carpas, uma casa de chá, quiosques, praça de alimentação e um ginásio de esportes para a prática de artes marciais.

Com 46 mil m², dizem que o jardim japonês dentro do parque é considerado o maior fora do Japão. Será? É lá que fica o Museu da Imigração, o bosque das cerejeiras e a casa de chá, tipicamente japonesa, onde são realizadas cerimônias.

O Parque do Japão de Maringá também tem um Centro Cultural, onde acontecem exposições e atividades culturais: dança, música, artesanato, ikebana (arranjo com flores), origami, taikô (tambor japonês) e o ensino do idioma.

4. Templo Budista Jodoshu Nippakuji

Templo Budista Jodoshu Nippakuji em Maringá (Divulgação Prefeitura)

Outro lugar bem bacana para quem gosta de um roteiro cultural (e oriental) é o Templo Budista Jodoshu Nippakuji. Inaugurado em 1983, seu altar foi construído em peroba, madeira nobre brasileira, por meio de uma técnica manual de encaixe, que dispensa o uso de pregos ou parafusos. No interior, há uma imagem de Buda Amida, mais conhecido como “Buda da Luz e Vidas Infinitas”.

Do lado de fora, um sino de 900 quilos trazido do Japão é um dos ornamentos do jardim, na entrada do templo. Além do nome de Buda, o objeto tem desenhos de pássaros com um suporte em forma de dragão.

No budismo, os pássaros representam o desejo de ir para um lugar melhor ou elevar o espírito, enquanto o dragão é uma proteção aos males dos espíritos.

5. Bosque das Grevíleas

Bosque das Grevíleas (Divulgação Prefeitura)

De volta à programação verde e ao ar livre do que fazer em Maringá, o Bosque das Grevíleas, na Praça Pio XII, também merece destaque. Com mais de 44 mil m², o lugar recebe esse nome pela árvore que foi plantada lá na época de sua criação: a grevílea.

O colorido das flores emoldura a paisagem e pista, que acompanha corridas, caminhadas ou pedaladas de quem busca um pouco de ar fresco ou um momento para relaxar. Uma curiosidade interessante é que voluntários transformaram o bosque em uma experiência sensorial ao plantar inúmeras árvores frutíferas.

6. Hotel Bandeirantes

Hotel Bandeirantes (Divulgação Prefeitura)

Para finalizar nosso passeio por Maringá, quero destacar o antigo Grande Hotel Maringá, na Praça Renato Celidônio. Também conhecido como Hotel Bandeirantes, o lugar foi desativado em 2005 e tombado como Patrimônio Cultural do Estado do Paraná.

O prédio conta com três pavimentos e diversos blocos que formam pátios internos. No primeiro, funcionava a recepção, o restaurante, o bar, a cozinha e um salão para eventos. Os outros dois blocos restantes eram ocupados pelos quartos.

Chegamos ao fim do roteiro de viagem pela cidade que se destaca com o verde das árvores entre casas e prédios. Basta um passeio por suas ruas para sentir o frescor e o bem-estar emanados pela marcante presença de parques, bosques e jardins. Ainda tem muito o que fazer em Maringá, mas eu queria destacar os pontos principais para mim e que poderiam ser especiais para você.

Se você gostou de conhecer um pouquinho do interior do Paraná, fica a recomendação de leitura sobre a viagem que fiz para Curitiba. Aproveite!

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