Tenho falado bastante aqui no blog de passeios ao ar livre em San Francisco. Neste post, vou compartilhar minha experiência em duas atrações combinadas: o Aquarium of the Bay no Pier 39 e o Exploratorium no Pier 15.
É possível fazer as duas visitas no mesmo dia, mas já adianto que é bem corrido. O aquário não é tão grande assim. Em compensação, o museu interativo é gigante e fecha cedo. Isso acabou me deixando com um gostinho de quero mais. Vem comigo que eu conto como foi tudo.

Minha visita ao Aquarium of the Bay começou no início da tarde, depois do passeio do Bay Cruise Adventure, passando por baixo da ponte Golden Gate e perto da ilha de Alcatraz. Eu queria ter ido no horário mais próximo do pôr do sol, mas tive que ir de manhã.
Como eu falei no post anterior, minha preferência era pelo início ou fim do dia. Mas eu queria mesmo era ver o sol se pôr com a ponte ao fundo. O que aconteceu então? Por que fui de manhã?
Durante a minha viagem pela Califórnia, eu incluí um fim de semana em San Diego e Los Angeles. Conto tudinho nos próximos posts, depois de dividir o roteiro de San Francisco com você. Nesse meio tempo aconteceu o que eu mais temia, mas não imaginava que pudesse realmente acontecer depois de viajar pela Europa sem imprevistos.
Meu voo, que sairia de San Diego na segunda de manhã, foi cancelado e remarcado para de noite. Sério! Eu me senti péssima com isso, porque seria um dia perdido. Eu estava na casa do meu irmão, meio afastada do centro da cidade, então não tinha muito o que fazer.
Com a ajuda dele e depois de algumas ligações, conseguimos remarcar o voo para o meio da tarde. Melhor, né? Ainda sim, eu cheguei tarde para os horários das coisas. E uma das programações do roteiro para aquele dia era o passeio pela baía de San Francisco.
Aquário: descobrindo a baía de San Francisco
Vamos voltar para o que interessa, né? A visita ao Aquarium of the Bay, no Pier 39. São mais de 20 mil espécies de animais marinhos, entre tubarões, raias, polvo, peixes, águas-vivas e até lontras (minha parte preferida), além de placas espalhadas pelas paredes contando um pouco da história da baía de San Francisco e os animais que habitam lá.
O aquário é dividido em três partes: Discover the Bay (Descubra a Baía), Under the Bay (Embaixo da Baía) e Touch the Bay (Toque na Baía).
A visita começa em uma sala (Discover the Bay) que, mais à frente, tem uma bela vista para a baía. Ao longo do caminho, placas contam um pouco da história da baía de San Francisco e do trabalho de preservação feito para reduzir os impactos ambientais. Além de tanques com peixes diversos, inclusive o peixinho laranja que ficou famoso no filme ‘Procurando Nemo’.
O caminho leva até um elevador para acessar o subsolo (Under the Bay), onde você vai ver algumas espécies de águas-vivas. O ambiente é levemente escuro, realçando as cores dos animais marinhos que parecem dançar na água.
Vendo os peixes de todos os ângulos
Mais à frente, você vai encontrar um túnel daqueles em que peixes, tubarões e raias parecem flutuar em cima da sua cabeça. O túnel é pequeno, assim como o aquário todo, mas ainda sim vale conhecer.
É um bom lugar para gravar vídeos e fotografar diferentes espécies de peixes nadando pra lá e pra cá, além de estrelas do mar. Alguns peixes parecem mais acomodados, parados perto do vidro só observando ou “dormindo” (Será?).
Contato direto com raias e estrelas do mar
Depois do túnel, é hora de passar pela área de onde você terá contato direto com os animais (Touch the Bay). O espaço conta com um pequeno tanque aberto com raias pretas e algumas estrelas do mar. Uma moça, responsável por cuidar dos animais marinhos, fica por perto para orientar os visitantes. É possível tocar nos animais, seguindo as orientações.
Por mais que eu tenha ficado com vontade, eu não toquei, porque não acho isso muito certo com os animais. Não que um aquário seja o lugar certo para eles estarem, mas, se bem tratados e se for em prol da preservação do meio ambiente e das espécies, acredito que não faz mal algum.
Perto da área do tanque, tem outros animais, como sapos, lagartos, cobras e tartarugas. As tartarugas ficam tão quietinhas ali, tão bonitinhas.
Uma das principais atrações do aquário: lontras
Passando pelo tanque e por outros animais, você vai chegar em uma grande “vitrine”. Dentro dela, tem água e uma espécie de simulação de um habitat natural. É lá que ficam as lontras. Já falei do quanto gosto delas? 🙂
Acho que foi a primeira vez que eu vi pessoalmente. Eu sempre acompanho alguns canais do YouTube com vídeos de lontras e tenho três favoritos: Kotaro, Bingo e Sakura. Você conhece também?
Sei que tem gente que não gosta, mas eu acho lontras tão bonitinhas. Elas são inteligentes e têm um jeitinho muito único de ser, de comer, de brincar e de agir. Como não gostar?
Fiquei mais ou menos 1h30 no Aquário, o mesmo tempo no Exploratorium (que eu vou contar logo mais). No Aquário, deu tempo de fazer tudo bem tranquilamente. Até daria para ser mais rápido, porque o lugar não é muito grande. Eu fiquei um tempão no túnel admirando as raias passarem por cima da minha cabeça e no tanque das lontras. Já deixo aqui como minhas principais recomendações.
No final do passeio, uma loja guarda algumas lembrancinhas bem legais para quem gosta de sempre levar um pedacinho de cada lugar que conhece.
O Aquarium of the Bay fica aberto das 10:00 às 18:00, todos os dias. Se a viagem for durante algum feriado, é sempre bom consultar o site para confirmar. Se você tem o San Francisco City Pass, o acesso está incluso. Sem ele, o valor da entrada é $27,95.
Exploratorium: conheça o museu interativo
Outra visita que eu embalei no mesmo dia do aquário foi o Exploratorium. É um museu interativo enorme, que fica no Pier 15, entre o Fisherman’s Wharf e o Ferry Building. Dá para ir a pé, saindo do Pier 39.
A minha primeira dica é: vá com tempo, muito tempo. Quando entrar lá, você vai entender. Digo isso, porque usei como base o tempo que gastei em outros passeios, mas nada se compara. O lugar é gigante e, como praticamente tudo é interativo, as horas passam sem que a gente perceba.
Eu deixei o Exploratorium como o último passeio no roteiro. Meu primeiro erro foi subestimar o tamanho do lugar e o tempo que eu previa gastar andando por lá. Para ajudar (só que não), eu pensei que o horário de fechamento fosse 1h depois do que realmente era. Resultado? Não aproveitei quase nada. Como achei que tivesse tempo, não apressei o passo e só consegui ver o primeiro pavilhão. E não terminei!
Um museu, muitas experiências
Vamos lá! O espaço é dividido em 6 pavilhões: Human Phenomena, Tinkering, Seeing & Listening, Living Systems, Outdoor Exhibits e Observing Landscapes. Imagem, som, luzes, espelhos, magnetismo, todos os recursos são utilizados para transformar o museu em um lugar completamente interativo.
Conceitos complexos de física, mecânica, química e biologia remetem aos tempos de sala de aula, mas de uma forma muito mais dinâmica, prática e divertida. Através de experiências únicas, dependendo da forma como você interagir com as coisas.
Um conselho! É melhor ir com companhia. Boa parte das exposições podem ser feitas em grupos. Os mais corajosos podem arriscar a experiência com desconhecidos. Não deixa de ser uma boa forma de conhecer pessoas e conquistar novas amizades.
Eu queria ter tentado, mas confesso que fiquei com um pouquinho de vergonha. Não foi nem tanto por isso que aproveitei as coisas por conta. Foi também pelo tempo mesmo. Acho que fiquei mais de 1h, quase 2h por lá e não consegui terminar o primeiro pavilhão.
E um pouco de história…
“The Exploratorium is a public learning laboratory exploring the world through science, art, and human perception”
Considerado um laboratório de aprendizado que explora as áreas das ciências, artes e percepções humanas, o Exploratorium de San Francisco foi fundado em 1969 por Frank Oppenheimer. O projeto começou no Palace of Fine Arts, mas ganhou asas e precisou de um espaço maior.
Após alguns anos de pesquisa e muito investimento, no dia 15 de abril de 2013, o Exploratorium abriu suas portas para o público em uma enorme construção projetada no Pier 15, com 75 mil sq. ft. de área destinada a exposições.
Ao todo são seis pavilhões, cada um com um tema de exposição, além de um auditório, um laboratório de ciências, lojas e um restaurante com café.
De acordo com o site do Exploratorium, o museu recebe mais de 650 exposições interativas, criadas por cientistas e artistas. Eu sempre gostei de feiras de ciências quando era estudante. E se você é como eu, o Exploratorium é uma atração imperdível e não pode ficar de fora do seu roteiro de viagem em San Francisco.
No final do passeio, como já é tradicional na maior parte das atrações turísticas, uma loja com souvenirs para quem gosta de sempre levar um pedacinho de cada lugar que conhece.
O Exploratorium fica aberto das 10:00 às 17:00, de terças a domingos. Não se esqueça de consultar o site oficial se a visita for durante algum feriado. Se você tem o San Francisco City Pass, o acesso está incluso, mas é opcional. É possível escolher entre ele e o San Francisco Museum of Modern Art (SFMOMA). Sem o passe, o valor da entrada é $29,95.