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Golden Gate Park, de tudo um pouco: museu, jardins, moinho e pôr do sol na praia

O que não falta em San Francisco são lugares incríveis para conhecer. Voltei tão apaixonada pela cidade que se eu pudesse já estaria de malas prontas para morar lá. Sério! O terceiro dia do roteiro de viagem passa por um lugar que merece pelo menos um dia inteiro para ver com calma. É o Golden Gate Park!

Ah! Chegou a vez de falar da Golden Gate Bridge? Ainda não. Estamos quase lá. É que pelo nome do parque todo mundo acha que fica perto da ponte, mas não fica tão perto assim. Nem dá para vê-la de lá.

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Pois é. Apesar de dividirem o mesmo nome, o parque e a ponte ficam geograficamente afastados. Só quando você chega na pontinha dele, depois de uma longa caminhada (bem longa!), é que você consegue ver um pedacinho da Golden Gate Bridge. Só que o parque tem muitas coisas para ver. Tantas que eu levei o dia inteiro até andar por tudo, de ponta a ponta. Ao longo do post, vou compartilhar com vocês os lugares por onde passei.

Para chegar ao Golden Gate Park, escolhi ir de ônibus. Eu me hospedei no Financial District, bem perto da Union Square. Espera! É possível ir a pé da Union Square até o Golden Gate Park? Sim! Mas é uma boa caminhada. Não que isso seja ruim, mas eu acho que não compensa.

Vale guardar energia para caminhar pelo parque. Isso vai exigir uma boa caminhada também, além de tempo. Cada minuto conta. Ainda mais quando você não tiver tanto tempo para conhecer San Francisco.

Meu projeto inicial era ter oito dias, já descontando dois dias de viagem daqui até a Califórnia. No final, acrescentando San Diego e um dia para o Universal Park, em Los Angeles, mais um voo cancelado no meio da viagem, acabei ficando com quatro dias.

Ah! Vou falar das atrações na ordem das visitas que eu fiz: Conservatório das Flores, Jardim Botânico, Shakespeare Garden, California Academy Science ou Museu de Ciências Naturais (esse aqui vai ganhar um post separado), Japanese Tea Garden ou Jardim Japonês (também vai ter texto à parte), Bison Paddock e Dutch Mill (moinho holandês).

O que fazer no Golden Gate Park

Conservatório de Flores

Voltando ao Golden Gate Park. Desci na parada mais próxima de uma das entradas do parque e caminhei até o Conservatório de Flores. A fachada é um cartão-postal à parte. E foi por isso que inclui o lugar no meu roteiro, mas só com uma visita para fotografar a estufa do lado de fora. Meu dia estava cheio para entrar.

Quem tiver tempo, acho que uma visita interna vale, mas para quem tiver com o dia corrido como eu, reserve um tempinho para passar ali na frente pelo menos, ver a estufa, apreciar o jardim e tirar muitas fotos.

Apesar de diferente, a estrutura da estufa me lembrou muito a do Jardim Botânico de Curitiba. Com o céu azul, o branco realçou, deixando o lugar ainda mais bonito. E não tinha tantas pessoas andando por ali, o que facilitou na hora de tirar fotos. Aproveitei!

Fora a estufa, o jardim é lindo e super bem cuidado, colorido e cheio de flores. Tem até o desenho de um relógio floral e uma escultura dourada. Tinha várias pessoas plantando novas mudinhas e cuidando da conservação. A composição lembra um quadro.

Para quem quiser visitar, o conservatório fica aberto das 10h às 16h. A entrada custa $8, mas das 7h30min às 9h é gratuito.

Jardim Botânico

Por falar em Jardim Botânico, San Francisco também tem um. É um dos lugares preferidos dos moradores e dos turistas para fazer piquenique e passar um tempo. Pelo mesmo motivo, só passei na frente. Não consegui ver, nem fotografar muitas coisas. O local é fechado. Tentei espiar, mas fiquei na curiosidade.

O que eu sei, depois de ler por aí, é que o Jardim Botânico tem mais de 8 mil espécies de plantas de vários lugares do mundo, desde as famosas sequóias gigantes (típicas da Califórnia) até cerejeiras, magnólias e exemplares tropicais, com pontes e lagos ao longo do caminho. É um museu a céu aberto.

Para quem quiser visitar, o jardim fica aberto das 7h30 às 17h. A entrada custa $8, mas das 7h30min às 9h é gratuito.

Shakespeare Garden

Uma das histórias de amor mais famosas do mundo foi a inspiração para um jardim pra lá de famoso e temático no Golden Gate Park. Pertinho do Museu de Ciências e do Jardim Japonês, um belo portão esconde um caminho, emoldurado por uma pequena área coberta por flores e árvores.

Elas conduzem até uma parede de tijolinhos à vista, com trechos das obras de Shakespeare espalhados em placas de bronze e bancos para contemplar o jardim ou relaxar. Um lugar super tranquilo e romântico!

Dizem os registros que o “Shakespeare Garden”, nome escolhido em uma homenagem da California Spring Blossom e da Wildflower Association ao autor, foi inaugurado em 1928. A responsável pelo projeto foi a botânica Alice Eastwood.

Daqui, fui para o Museu de Ciências Naturais e o Jardim Japonês, as visitas mais esperadas da viagem. Eu estava muito ansiosa para conhecer e, por isso, os dois vão ter post especial, onde eu vou contar como foi.

Bison Paddock

Caminhando pelo Golden Gate Park depois de alguns bons minutos, quase uma hora (dependendo das paradas para fotos ou não), a gente chega em um campo aberto. Se você olhar atentamente, poderá ver de perto (não tão perto, mas ainda sim perto) os famosos bisões americanos.

Na minha visita, tinha dois bisões andando livremente por lá. Mais à frente, reparei em uma pequena “fazenda” com mais alguns animais. Protegendo o campo, há uma cerca. Tentei chegar o mais perto que pude para registrar. Afinal, não é todo dia que a gente vê um desses por aí, não é?

Dutch Mill

Depois de passar um tempo por lá tentando fotografar os bisões, caminhei mais um pouco. Quando chegar aqui, você já estará quase terminando o parque, de ponta a ponta. Uma das últimas atrações é um grande moinho holandês: o Dutch Mill. Um pouco antes de chegar bem pertinho, tem uma pequena entrada com um lindo jardim florido. Vale a pena uma paradinha para fotos.

Tem dois moinhos desses no Golden Gate Park, um de cada lado. Ah! Você sabia que antigamente eles eram usados para puxar água do solo e ajudar na irrigação do parque? Legal, né? Não dá para subir, mas só de chegar perto e ver um moinho ao vivo valeu a visita.

Pôr do sol na praia

Para fechar o passeio com chave de ouro, o fim da linha no Golden Gate Park foi a praia. Minha primeira vez vendo o Pacífico ao vivo e tão pertinho e minha primeira vez em uma praia californiana. Praia? Você deve estar se perguntando como eu saí do parque e fui parar na praia, né?

Então, depois de passar pelo moinho eu caminhei mais um pouco, só para dizer que eu realmente atravessei o Golden Gate Park de ponta a ponta. Além disso, eu queria muito costear San Francisco a pé na pontinha que vai até a Golden Gate Bridge.

Nem com o dia todo, eu consegui cumprir esse roteiro, claro. Só a travessia a pé do Golden Gate Park e as paradas no Museu de Ciências Naturais e no Jardim Japonês me tomaram o dia inteiro. Se eu tivesse mais tempo, teria voltado. É lá, no lado oeste da cidade, que fica a Câmera Obscura e trilhas para o Land’s End, entre outras, com novos ângulos para a famosa ponte vermelha. Se você tiver mais tempo, não deixe de ir.

Mas eu consegui chegar na praia, Ocean Beach, (que seria o início dessa parte do roteiro de contornar San Francisco até a Marshall’s Beach e chegar em uma das pontas da Golden Gate Bridge) em um momento muito especial. O sol estava para se pôr. Era a primeira vez que eu pisava nas areias e no mar do Pacífico.

Não tem palavras para descrever a vista e o sentimento de estar ali. Foi absolutamente incrível! Só de escrever aqui e me lembrar, já fico toda arrepiada e com muita saudade. Foi um momento único.

O primeiro ponto que me impressionou foi sair de um parque com a vista cercada por árvores e chegar em um lugar totalmente aberto, com uma extensão de areia enorme e o mar lá na frente. Como transmitir a sensação em palavras depois ver tudo aquilo ao vivo? Eu espero que lendo este texto você consiga sentir pelo menos um pouquinho do que eu senti na hora.

Ah! E eu também vi uma das placas indicando rota de evacuação em caso de tsunami. Dá um leve frio na barriga ao olhar para ela e para aquele mar tão imenso. Ainda mais se você lembrar de filmes que mostram cenas de altas ondas invadindo San Francisco. Eu espero que isso nunca aconteça, porque a cidade é incrível demais. Todo mundo deveria conhecer! 🙂

Quando saí do parque, atravessei a rodovia (Great Hwy) e fiquei ali só olhando aquela imensidão. De um lado, um mar de gaivotas. Sério! Nunca vi tantas assim em um só lugar, mais ainda que eu já tinha visto aquela vez em Garopaba. Lembra que eu contei aqui? Elas tomaram conta de parte da praia.

Além das gaivotas, outra coisa que me chamou a atenção foi ver pessoas em volta de pequenas fogueiras. A praia tem alguns pontos chamados de ‘fire pits’ para fazer fogueiras ao ar livre, que também são usadas para aquecer do frio e do vento (ventava pra caramba!).

Por falta de tempo, a Ocean Beach foi a única praia que eu visitei no lado oeste da cidade. Para conhecer as outras praias, seguindo o roteiro de viagem que eu tinha pensado, o ideal é reservar um dia, se for a pé, ou metade de um dia, se for de carro. Suposições! Depende muito também dos seus objetivos. Como eu gosto de fotografar e sentir o lugar, imagino que este seria o tempo ideal para mim.

Apesar de ter sido a única, foi muito especial. Principalmente por eu ter chegado até ela na hora do pôr do sol. Todos que estavam lá, pararam para admirar esse momento tão lindo proporcionado pela natureza. Cada um registrando de forma única seu olhar. Até as gaivotas ficaram por ali. Só levantaram voo quando o sol se pôs por completo.

Comigo o timing aconteceu meio que sem querer, mas depois de passar por esta experiência deixo como recomendação para o roteiro: ver o pôr do sol de uma praia californiana. Observar o sol se pondo ou nascendo é sempre lindo, mas cada lugar é único e especial. Aproveite!

No próximo post, vamos voltar para o Golden Gate Park. Quero te contar como foi minha visita a um dos museus mais legais da Califórnia: o Museu de Ciências Naturais

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