Quem já foi para os Estados Unidos? Conhecer o país nunca esteve entre as minhas prioridades na hora de montar um roteiro de viagem, exceto por uma cidade que figurou na minha lista por anos: San Francisco. Era o segundo lugar que eu mais tinha vontade de visitar depois do Japão (esse eu ainda não realizei, mas logo sai do mundo dos sonhos também e vira realidade). E como fazer uma viagem para os EUA, melhor, como fazer uma viagem para San Francisco em tempos de dólar em alta? O segredo é planejamento.
Planejamento é o ingrediente principal de qualquer roteiro de viagem. Com um pouco de organização e muita pesquisa, colocar o pé na estrada ou pegar um avião fica bem mais fácil. Ainda mais quando você vê a viagem como um investimento e não como um gasto.
O tempo para planejar uma viagem varia. Quanto maior a antecedência, maior também a economia em hospedagem, passagem aérea, passeios. Eu acabei fugindo à regra aqui, porque só tive um mês para organizar tudo. É pouco tempo, mas é possível, ainda mais que não tive reservas de hotel dessa vez. Isso aconteceu, porque ir para a Califórnia não estava nos meus planos por mais que a vontade sempre tenha existido.
Tudo começou com uma notificação da empresa onde trabalho. Eu tinha 10 dias de férias para vencer, mas eu não queria simplesmente sair e ficar em casa. Descansar é ótimo, mas minha vontade de viajar é sempre mais forte. Então eu comecei a pensar em possibilidades. Com o dólar em alta, estava bem inclinada a me aventurar pela América do Sul. Tem muito lugar legal por perto para conhecer.
Eu já estava a ponto de começar as reservas, comprar passagem e tudo mais, quando recebi uma notificação do site Melhores Destinos com promoção para San Francisco. Na mesma hora, mandei mensagem para o meu irmão, porque ele mora nos Estados Unidos e há tempos estou devendo uma visita. Era a minha chance de vê-lo e também de realizar um sonho.
O que levar em uma viagem para os EUA
Quando ele confirmou as datas em que estaria em San Francisco, comecei me organizar:
- Passagens: comprei pela United Airlines com conexões bem boas (nem muito, nem pouco tempo), depois de receber uma promoção do Melhores Destinos. Imprimi todas, saindo daqui de Florianópolis e as paradas.
- Documentação: passaporte e visto (ambos com os prazos em dia para a viagem). Renovei meu passaporte antes de fazer minha viagem pela Europa. A validade precisa ser de pelo menos seis meses. O país pede visto para visitas . Eu fiz o meu na época que morei lá.
- Seguro viagem: não é obrigatório para os Estados Unidos, como é para a Europa, mas eu sempre recomendo. Nunca se sabe, né? É bom conferir também se precisa tomar alguma vacina. Para os EUA, não precisa.
- Carta-convite: é um documento a mais, principalmente quando você não tem reserva de hotel e vai ficar na casa de algum parente ou amigo. Lembra que eu falei que não tinha reservas de hotel? É porque eu fiquei com o meu irmão. Levei na viagem aos EUA e na viagem para a Europa.
- Passeios: eu sempre gosto de levar impresso. Vai que precisa? Para essa viagem, levei só o City Pass de San Francisco, que já incluía a entrada para várias atrações.
Com tudo impresso e separado, comecei a arrumar a mala, uma semana antes da viagem. O tempo depende de cada um. Eu, particularmente, não gosto de deixar as coisas para a última hora, mas também não sou super ansiosa para deixar tudo pronto bem antes. Para o meu tempo, foi bom.
Já deixei coisas que não podem faltar e que já poderiam ir para a mala como carregador universal, cabo, adaptadores e câmera fotográfica separados. Depois fui colocando as roupas, itens de higiene pessoal, maquiagem.
Outono em San Francisco: o que não pode faltar na mala
Outubro em San Francisco é outono. Como tem muito mar na volta, um casaco ou suéter é indispensável. A temperatura varia entre 22ºC durante o dia e 12ºC/10ºC durante a noite. Eu não queria mala cheia para poder trazer coisas de lá. O que eu levei para 10 dias?
- 2 casacos com bolsos para as lentes da câmera;
- 1 calça jeans bem confortável;
- 1 par de tênis mais confortável ainda;
- 8 blusas, variando entre meia-estação, manga curta e manga comprida;
- 3 lenços/cachecol;
- 2 pares de meias + roupa íntima.
Para mim, foi suficiente e ainda deixou a mala bem leve. Na verdade, acho que levaria menos roupas, menos blusas em uma próxima vez. Fica a dica! 😉
Tudo pronto! Hora de embarcar para os Estados Unidos, rumo à Califórnia. Chegando em São Paulo, você precisa passar pela Imigração para escanear seu passaporte. O recomendado é ter pelo menos de 2h a 3h de conexão para fazer tudo com calma e despachar a bagagem. Faça o check-in online, se puder. Isso otimiza o tempo, dependendo das filas.
Foi minha primeira vez voando com a United. Antes de despachar a mala, fui atendida por um dos funcionários da companhia aérea. Ele fez um pequeno interrogatório sobre a minha ida, pediu a carta-convite, o passaporte e o visto. Depois de conferir tudo me liberou para o balcão, onde eu despachei a bagagem e peguei meus cartões de embarque.
Fazendo conexão nos Estados Unidos
Antes de entrar no avião, outra funcionária da United me pediu o passaporte, o visto e a carta-convite, além de fazer um novo interrogatório sobre os motivos da minha viagem e tal. Aí foram 10h de voo até a minha primeira conexão no Aeroporto Internacional Washington Dulles (IAD). É lá que eu passei pela imigração para entrar nos EUA e não em San Francisco, apesar de não ter saído do aeroporto.
Quando a viagem tem conexão nos Estados Unidos e não em países próximos como México ou Panamá, por exemplo, o processo de imigração acontece na cidade da sua conexão, mesmo quando é só para trocar de avião, sem sair do aeroporto.
Ao desembarcar, você deve ir até a Polícia Federal para escanear o passaporte, conferir o visto, tirar foto, avaliar digital e responder as perguntas clássicas ‘por que você veio para os EUA?’ e ‘quanto tempo vai ficar?’.
Pelo menos, estas foram as únicas perguntas que me fizeram. Foi super tranquilo! Eu tinha tudo impresso, caso precisasse, mas só tive que mostrar um documento, a carta-convite, quando ainda estava no Brasil. Nos EUA, nada.
Depois disso, a próxima etapa foi pegar a mala despachada para entregá-la novamente um pouco mais à frente. Ela não vai direto para o destino final, porque precisa passar pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Transportation Security Administration | TSA) antes de seguir viagem.
Aí tem só mais uma fila (eu acabei nem pegando tanta fila assim, porque tinha pouco movimento no aeroporto na hora em que cheguei). Passei por mais um guichê, onde meu passaporte foi novamente conferido com o visto. E pronto! Tudo levou cerca de 50 minutos, mas é bom reservar de 2h a 3h em caso de fila ou atrasos.
Planejamento, para mim, é uma etapa fundamental da viagem. Por isso, quis compartilhar minha experiência com vocês. No próximo post, vou começar a falar do roteiro. Espero que me acompanhem nessa viagem dos sonhos até San Francisco. 😉
Hasta La Tour 