Depois de um hiato de dois anos e três passagens pelo Brasil, o BTS voltou a fazer show em solo brasileiro. A diferença é que agora o Bangtan Sonyeondan volta como um dos grupos de K-pop mais famosos do mundo, se não for o mais famoso, além de um exército de fãs, mais conhecidas como Army. Com duas apresentações no Allianz Parque, em São Paulo, nos dias 25 e 26 de maio de 2019, e ingressos esgotados para os dois dias. A partir de agora, vou compartilhar com você um pouquinho da minha experiência (filas, visão da cadeira inferior, transporte) no meu primeiro show do BTS.
25 de Maio | véspera do show
Finalmente, chegou o dia. E quanto mais perto da viagem, maior a ansiedade. O coração já bateu mais forte quando vi uma menina com uma camiseta que chamou a minha atenção ainda na fila do aeroporto, pouco antes do embarque no avião. Aquela sigla estava lá: BTS.
E depois disso, comecei a ver essas letras por todos os lugares em São Paulo. No desembarque no aeroporto de Congonhas, nas bancas de revistas e jornais da Avenida Paulista, em uma camiseta aqui e em outra ali. Foi só eu chegar em São Paulo e o BTS já estava por todos os lados…
26 de Maio | dia do show
Saí do hotel por volta das 13:30 e cheguei no Allianz Parque pouco antes das 14:00. Queria ter saído mais cedo, mas como eu estava na cadeira inferior (menos concorrida que as pistas) e tinha lido que a fila começou a se formar logo depois da apresentação de sábado, como competir? Fiquei guardando energia para gastar durante a tarde de espera e no próprio show.
Fila

A fila para o portão D, que era a minha entrada, foi unificada com a do portão C. As duas era para a cadeira inferior. Não sei se foi alguma tentativa de deixar as coisas mais organizadas, mas não sei se funcionou.
A fila dava voltas, passando por um shopping próximo e atravessando um viaduto. Parte estava na calçada, parte na rua entre os carros em uma via relativamente movimentada, parte debaixo do viaduto. E o fim dela demorou a aparecer. “Fim infinito”, como disse uma menina que procurava o final também.
Depois de andar um pouco, encontrei o fim da fila. Fazia um calor escaldante, mesmo após o anúncio da chegada de uma frente fria a São Paulo. Foram cerca de 3h de espera na fila.
Allianz Parque
Entrei no Allianz Parque porta volta das 17:00, faltando 2h para o show começar. Primeiro tem a revista, feita por moças. Bem tranquilo. Elas só olham o que tem dentro da sua bolsa e já te liberam. Pelo menos comigo foi assim. Em seguida, a entrega do ingresso para acessar o estádio. Bipou? Você ganha a pulseirinha com a cor, o setor e a data do show.
Logo na entrada já tinha uma lojinha do Allianz vendendo bebidas. O valor da água era R$5, por um copo de 300ml. Ok! Perto dali, vários banheiros espalhados pela alameda, aquela área interna antes de acessar a arquibancada ou o gramado a pista.
Em um setor abaixo desta alameda estavam as lojas com os produtos oficiais do BTS, com camisetas da banda, uma especialmente preparada para a turnê pelo Brasil, e inclusive as tão esperadas ‘Army Bomb’, aqueles globos de luz que sincronizam via bluetooth e mudam de cor conforme a música.
Cadeira inferior
Abastecida com água, comprinhas de produtos oficiais finalizadas e banheiro ok, corri para a arquibancada em busca de uma boa posição para filmar, fotografar e curtir o show, claro. O lado bom de ir sozinha é que fica mais fácil de encontrar lugar. Tem sempre um banquinho sobrando no meio de alguém.
Minha intenção inicial era ficar mais na diagonal do palco, em direção ao portão C, mas a área foi uma das primeiras a lotar. Não consegui nem entrar para tentar. O pessoal do Allianz já tinha fechado a passagem.
Então voltei na tentativa de ficar mais central, quase que de frente para o palco. E não é que encontrei um bom lugar? Bem de frente para o palco secundário, onde eles passam boa parte da apresentação, sem interferência das estruturas metálicas que fazem parte da montagem do palco.
Visão

A gente sabe que a melhor vista sempre vai ser a da pista, né? Principalmente de quem estiver colado na grade. Eu me surpreendi com a visão da cadeira inferior naquela parte mais central, quando você fica de frente para o palco.
Minha visão ao vivo foi muito boa dos dois grandes telões adjacentes ao palco principal. Eu também conseguia ver os meninos no palco, mas, claro, não era a melhor definição pela distância. Só que também não eram risquinhos. Dava para ver um pouco além.
BTS no Brasil
Ah! O show. E que show! Será que tem palavras para descrever o que se sente em um momento como esse? Logo no início, quando Jimin, Jin, V, RM, Jungkook, Suga e J-Hope abriram o show com Dionysus bateu um sentimento de realização. Não sei se é bem essa a palavra. Difícil explicar. Parecia um quentinho no coração, sabe?
Foi meu primeiro show de k-pop. Meu primeiro show do BTS. Meu primeiro show sozinha. Tantas primeiras vezes. E é quase impossível não se deixar contagiar pela energia de todas as Army e os momentos de interação quando:
- Corações de papel são iluminados para o Jin em Epiphany;
- Um mar de luzes com as cores da bandeira do Brasil se forma em todo o estádio;
- No ‘Army Time’, cartazes com textos em coreano, inglês e português, feitos pelo fandom no Brasil são levantados e iluminados durante o show;
- Os fanchants ecoam pelo estádio ao pé da letra de todas as fãs;
- Todas as músicas cantadas como um hino a plenos pulmões pelo estádio.
Teve Jungkook voando pela multidão da pista enquanto cantava Euphoria. Teve Jimin dentro de uma bolha gigante para Serendipity. Teve V em uma cama suspensa na vez de Singularity. Teve brinquedos infláveis e coloridos em Anpaman. Teve de tudo um pouco!

Foi um show para encantar os olhos com toda a tecnologia e alta produção, jogo de luzes e efeitos, chuva de papel picado e bolhas de sabão, fogos de artifício e sincronia total nas músicas entre BTS e Army e nas coreografias. E não encantou apenas as fãs que acompanham o septeto há tanto tempo, encantou o país inteiro.
Foi um show para lembrar de cada detalhe, de quando os meninos colocaram um pouco de samba nos pés, dos discursos em português com aquele sotaque coreano que a gente adora, dos momentos.de emoção do Jungkook, Jimin e V, principalmente, e das Army que estavam lá vendo seus ídolos ao vivo, muitas pela primeira vez.
Depois do show
Na volta, o assunto não era outro. BTS para cá, BTS para lá. Foi só eu chegar no aeroporto no dia seguinte para embarcar de volta para casa que as camisetas com as três letras começaram a aparecer por todos os lados, inclusive no meu voo.
E pouco antes de passar pelo raio-x, a moça que ia bipar o meu cartão de embarque só olhou para mim e perguntou: “você foi no show?” Já estava até pedindo um card dos meninos. Isso mostra a projeção que a banda sul-coreana alcançou.
Neste texto, eu queria dividir com você a minha experiência e o meu primeiro show do BTS, mas ainda tenho muito para contar sobre esta noite inesquecível do dia 26 de maio de 2019. Por isso, eu preparei um post especial e cheio de vídeosum post especial e cheio de vídeos só falando do show. Coming soon… 😉
