Dicas · Viagens

2ª Parada: Santo André, o paradisíaco vilarejo onde o rio encontra o mar

E nem só de agito e recifes de corais preservados vive a Bahia. Com uma variedade de destinos para receber seus visitantes, o litoral baiano ainda reserva recantos de sossego e paz, quase intocados, onde a natureza reina com manguezais e coqueirais que perpetuam sobre enseadas quase que escondidas dos olhos dos viajantes, como o pequeno vilarejo de Santo André, em Santa Cruz Cabrália.

047_Passeio de chalana em Santa Cruz Cabrália, Bahia (Natália Cagnani)

O pequeno vilarejo, com cerca de 800 habitantes, fica a mais ou menos 27 quilômetros de Porto Seguro, mas para chegar até lá é preciso alugar um carro ou uma van. Também é possível combinar transporte diretamente com o hotel ou pousada. O destino é Santa Cruz Cabrália. A partir do píer da cidade, barcos, escunas ou balsas levam os viajantes até Santo André através das águas calmas do Rio João Tiba.

Sombra e água fresca não faltam. Com faixa de areia extensa, ruas de terra, mangues e coqueiros ao redor e uma vista privilegiada do encontro do rio com o mar pela Ponta de Santo André, o destino foi escolhido pela seleção da Alemanha durante a Copa do Mundo no Brasil em 2014 como base para descansar e recarregar as energias entre um jogo e outro. Será que foi por isso que o país conquistou o Mundial por aqui? 😉

048_Passeio de chalana em Santa Cruz Cabrália, Bahia (Natália Cagnani)

046_Passeio de chalana em Santa Cruz Cabrália, Bahia (Natália Cagnani)

Inclusive, o centro de treinamento (CT) onde os alemães se hospedaram se transformou em um resort de luxo, o Campo Bahia Hotel. Hoje, o local, próximo ao encontro do rio com o mar, é utilizado também para receber eventos empresariais. E se a gente lembrar daquele placar que todo mundo quer esquecer, daria até para usar os números a favor de Santo André, um lugar onde o sossego marca 7 a 1 contra o estresse.


Um dos pontos que mais chama a atenção em Santo André é o estilo de vida por lá. Segundo o informante de turismo, os habitantes vivem como uma grande família, onde todo mundo cuida de todo mundo. A educação, a hospitalidade e a tranquilidade são pontos altos. Esse paraíso intacto, um pedaço do Brasil ainda não descoberto, é o cenário perfeito para recarregar as energias e deixar as preocupações de lado.

Trânsito, barracas de axé, turismo em massa. Com toda a badalação já conhecida de Porto Seguro, fica até difícil imaginar um recanto tão tranquilo e a poucos quilômetros da cidade. Queria eu ter parado por lá para conhecer mais a fundo e conversar com os moradores, mas conhecemos Santo André apenas de passagem.

A embarcação atracou perto dali, em um restaurante com comida servida a quilo, piscina, grama para as crianças brincarem e para os adultos aproveitarem um piquenique e algumas redes para relaxar depois de comer, perto da natureza, na maior paz. Exceto por um pequeno aviso escrito em placas, distribuídas pelos grandes coqueiros ao redor: “o perigo vem de cima”.

Na primeira vez que li, não entendi direito o que significava. Alguns segundos depois, tudo fez sentido. Os coqueiros estavam carregados com cocos. Então, se andar por ali, fique de olho no céu. 🙂

O tempo de descanso foi curto. Ficamos na ilha por cerca de 1 hora, intervalo suficiente para comer, mas não para explorar os arredores. Fiquei bem curiosa para descobrir o que tinha por lá. A pausa para almoçar foi a última parada antes de chegar ao destino final: a ilha dos doces.

Deixe um comentário