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1ª Parada: Coroa Alta, uma visita ao coração dos corais no Brasil

Balanço vai, balanço vem, chegamos à primeira parada do passeio e, devo dizer, uma das mais esperadas. Eu estava bem curiosa para conhecer o recife de corais do Parque Marinho de Coroa Alta, localizado no sul da Bahia, próximo ao litoral de Santa Cruz Cabrália. Considerado um dos maiores da região, o parque esconde um “segredo” no fundo do mar. Visto de cima, o recife de corais tem o formato de um coração.

Coroa Alta, o coração dos corais na Bahia (Divulgação)

A área com o formato de coração fica em mar aberto, submersa na parte mais profunda do parque, com medidas estimadas em uma escala de dez a três metros (parte mais rasa) de profundidade. A forma lhe rendeu o nome de coração dos corais do Brasil.

Toda a região é preservada, com tempo permanência monitorado em prol da conservação das espécies marinhas e também da beleza natural do lugar. Além do coração, o parque é formado por uma extensa plataforma de areia de cor alaranjada, que divide espaço com as águas azuis e cristalinas do mar e um grande banco de algas e corais.

Em época de maré baixa, há formação de piscinas naturais de águas mornas, calmas e transparentes. E lá no fundo, é possível ver as ondas, em pleno mar aberto, quebrando. A sensação é de estar em uma ilha, mas com um quê diferente, sabe?

Difícil de descrever em palavras. O cenário é simplesmente de tirar o fôlego. Parece até uma região isolada em outro planeta, com um silêncio absoluto ao redor. Apenas o barulho do balanço do mar, bem levinho.

Muita gente aproveita para fazer flutuação com máscaras de mergulho e sapatos especiais, que podem ser alugados antes do embarque, em Santa Cruz Cabrália, bem na frente do píer. Cada equipamento sai a R$5 por pessoa. Nós alugamos os sapatos para andar por lá. Lembram aquela marca de calçados Crocs, sabe? O uso é recomendado para evitar machucados ao pisar em corais, pedras ou ouriços, que possam surgir pelo caminho.

Em época de temperaturas mais altas, as chances de ver peixinhos coloridos é muito maior. Eu não vi, mas também não aluguei o snorkel para flutuação. Eu queria mais era tirar fotos, o máximo que eu pudesse, na tentativa de mostrar um pouquinho de toda a beleza que eu encontrei por lá.

Além da experiência de andar pelo coração dos corais, que já é fantástica, também foi a primeira vez que andei de bote salva-vidas. Não, a embarcação não afundou. É que para chegar até a plataforma é preciso atravessar pelo mar, porque a chalana não pode parar tão perto da areia. Afinal, o Parque Coroa Alta é um lugar preservado.

Quem não quer ir “nadando” (como era maré baixa, a água batia na cintura ou no peito, dependendo da altura da pessoa), tem a opção de esperar pelo bote salva-vidas. Eu escolhi ir de bote por dois motivos.

Primeiro, eu estava com meu celular e não abria mão de tirar fotos. Antes de embarcar, muitas pessoas aproveitaram para comprar uma bolsinha transparente à prova d’água, que estava à venda com os equipamentos para alugar. Ela é própria para entrar com o celular no mar, sem molhar, mas eu não quis. Então teria que levar na mão e com todo o cuidado.

Segundo, eu nunca subi em um bote salva-vidas. Dá para deixar uma chance como essa escapar? Isso também fazia parte de toda a experiência, afinal. E é muito legal! É como uma boia gigante, com várias pessoas. O desafio é se equilibrar, mesmo sem tanta força do balanço do mar. E um dos marinheiros nos puxava até a plataforma.


O tempo de permanência é de 1h, a contar a partir do momento em que a embarcação para no mar. Parece muito, mas cada minuto é precioso. O tempo passa muito rápido, tanto que só conseguimos conhecer um pequeno pedaço do banco de corais e das piscinas naturais. De lá, retornamos para navegar até a próxima parada do passeio: a Ilha de Santo André.

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