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Review: Hotel Fazenda Rota dos Cânions em Bom Jardim da Serra

Onde ficar na Serra Catarinense? Com tantas opções de hospedagem, fica até difícil escolher um lugar. Para esta viagem, a única certeza que eu tinha é que eu queria ficar perto da natureza, com muito verde na volta, bichinhos e, quem sabe, até uma vista para a lagoa. Afinal, o objetivo da viagem era descansar, acima de tudo, e aproveitar o frio da melhor forma possível. Ah! Um bom café da manhã também fazia parte dos requisitos. Temperaturas mais baixas pedem uma alimentação reforçada, né?

35_Hotel Fazenda Rota dos Cânions em Bom Jardim da Serra (Natália Cagnani)

Apesar da grande variedade, as opções de hotéis com vagas para o fim de semana estavam se esgotando rapidamente depois da previsão de chegada do frio a Santa Catarina. Quem acompanha o meu Instagram e viu os posts anteriores, já sabe como a viagem foi planejada, né? Bem em cima da hora, dois dias antes para ser mais exata. E com a previsão de frio, os hotéis mais rurais, estilo fazenda, esgotam muito mais rápido. Afinal, quem não quer um lugar diferente e próximo da natureza para curtir o frio?

Depois de muito pesquisar, eu e meu noivo gostamos de um hotel perto da Serra do Rio do Rastro. O nome é bem sugestivo, Hotel Fazenda Rota dos Cânions, em Bom Jardim da Serra. Aliás, como em muitas das minhas viagens o destino final foi escolhido a partir da hospedagem. A gente queria ir para a serra, mas sem uma cidade definida. Escolhendo o hotel, escolhemos também a cidade. E tivemos que correr para fechar a reserva, porque só tinha um quarto disponível.

Nós fomos de carro, então a localização não era algo tão primordial na viagem, mas ainda sim eu gostei muito. O hotel fica entre o mirante da Serra do Rio do Rastro e o pórtico de entrada para Bom Jardim da Serra. Quase na frente da entrada do hotel, na Rodovia SC-390, outra atração: a Cascata da Barrinha. E na volta, os cânions da Ronda, das Laranjeiras e do Funil. Mesmo não sendo uma prioridade, a localização do hotel é muito boa, principalmente para quem incluir todas essas visitas ao roteiro de viagem. O atendimento também não ficou atrás. Todos muito simpáticos e hospitaleiros para nos receber.

O quarto era bem amplo, com direito à lareira para criar aquele clima aconchegante e esquentar o frio, além de uma varanda com rede e vista para um lago. As temperaturas caíram tanto que só a lareira não dava conta. Ligamos a calefação e usamos o lençol térmico na hora de dormir. Eu não sei se é algo do Brasil, imagino que sim, mas a calefação que temos aqui é muito fraca se comparada a dos hotéis na Europa. Mesmo com todos os recursos disponíveis, sentimos um pouco de frio no quarto. E se a gente comparar o frio daqui com o frio europeu, aqui é muito mais ameno. Só que mesmo assim a calefação não dá conta. Na Europa, pode nevar que você não sente frio até sair na rua. este foi um dos pontos negativos do hotel, mas como eu falei antes, acredito que seja algo do Brasil. O país não tem estrutura, seja em hotéis ou na sua casa, para temperaturas mais baixas. Os países europeus e até os Estados Unidos são completamente voltados para isso.

20_Hotel Fazenda Rota dos Cânions em Bom Jardim da Serra (Natália Cagnani)

Mas deixando o frio um pouco de lado, vamos falar de comida. Nossa primeira refeição no hotel foi durante a janta. Como seria apenas um fim de semana, resolvemos comer por lá mesmo para aproveitar todo o tempo livre passeando. O hotel oferecia buffet livre. Como era buffet, pensamos que seria tranquilo e que teria opções para nós, vegetarianos. Para a nossa surpresa, quando olhamos o menu tudo, absolutamente tudo tinha carne, até o molho da massa e um creme de abóbora, que pareciam ser as opções mais safe. Quando perguntamos se tinha algum prato sem carne, um senhor que trabalhava no restaurante se ofereceu para fazer um molho ao sugo. Aceitamos, claro, até porque não encontraríamos nenhum lugar aberto por ali como alternativa. Além da massa ao sugo, aproveitamos os pinhões que foram servidos na mesa para completar o jantar.

Se alguém planeja se hospedar por lá e, assim como nós, é vegetariano, vá preparado para comer fora ou leve comida por conta para não passar o pequeno sufoco que passamos. Mas não precisa se preocupar com o café da manhã. Esse não decepcionou. A variedade de pratos era tão grande que ficava até difícil provar tudo. E uma das coisas que me chamou a atenção é que tinha até opções de açúcar para adoçar o leite, o café ou o chá. Além do tradicional refinado que todos servem, tinha açúcar mascavo. Fiquei bem feliz! É bom ver opções mais saudáveis fora de casa também.

Antes de fazer o check-out e pegar a estrada, passeamos um pouco pelos arredores do hotel. Vimos algumas ovelhas/carneiros, cavalos, gansos e galos, além de três cachorros que recepcionavam todos os hóspedes que chegavam.

Em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a maior nota, eu daria 4 para o hotel. A localização é muito boa, perto da Serra do Rio do Rastro, dos cânions e da Cascata Barrinha. O quarto era espaçoso e aconchegante com a lareira, além da varanda com vista para o lago, para o verde e para as araucárias. Achei o preço bem ok para um hotel fazenda. E o café da manhã, bem servido. Recomendo o hotel, mas não dou nota máxima pela calefação que deixou a desejar (imagina em temperaturas abaixo de 0ºC?) e pela falta de opções no jantar para quem é vegetariano. Eu entendo que cidades do interior talvez não estejam preparadas para isso, mas o índice de vegetarianos e veganos está crescendo. Eu investiria na área! 😉

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