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Serra do Rio do Rastro é pura adrenalina em 284 curvas de paisagens espetaculares

Dizer aventura não é exagero quando a gente pensa nas 284 curvas que contornam a Serra do Rio do Rastro. Os 15 quilômetros de subida ou descida contínua revelam aquela que é considerada uma das rodovias mais bonitas do Brasil. São paisagens cinematográficas, de tirar o fôlego e encher os olhos, com uma pitada de adrenalina e frio no estômago. Não é à toa que a região é um dos cartões-postais mais famosos da Serra Catarinense. E nós fomos conferir de perto e aproveitar a queda das temperaturas.

050_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

Encravada em uma cadeia de montanhas entre Lauro Müller e Bom Jardim da Serra e cortada pela rodovia SC-390, a Serra do Rio do Rastro é uma atração à parte na Serra Catarinense e um desafio que coloca à prova as habilidades dos motoristas, com curvas fechadas, alguns trechos íngremes e até caminhões pelo caminho. Assim como a viagem de Bombinhas, nós fomos parar lá meio que sem querer, depois de definir nossa hospedagem. O destino da viagem foi escolhido às vésperas de colocar os pés na estrada. Fiz a reserva na quinta-feira e, no sábado, já estava na BR-101, em direção a Bom Jardim da Serra.

Depois de 3h de viagem tranquila e com pouco movimento até, chegamos em Lauro Müller e paramos para abastecer antes de entrar na rota das curvas e começar a subir. A previsão do tempo para a região era de chuva e tempo encoberto, mas a sorte estava do nosso lado. Entramos na Serra do Rio do Rastro com sol e algumas nuvens, deixando a vista daquela paisagem espetacular nos acompanhar pela janela durante todo o trajeto.

019_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

018_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

013_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

053_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

Embora sinuosa, a rodovia é bem tranquila no início. A vista das montanhas também dá um aconchego à parte no coração. Não tem acostamento, mas uma mureta de proteção acompanha o percurso. Em nenhum momento, há aquela sensação de queda, de ficar lado a lado com um abismo sabe? O passeio começa com o sentimento de apreensão, que logo se transforma em deslumbramento e admiração. O medo dá lugar a uma vontade imensa de observar tudo nos mínimos detalhes e registrar o máximo pelo caminho, com os olhos e com a câmera.

O que me deixou mais feliz é que tem paradas estratégicas pelo caminho para apreciar a vista e tirar algumas fotos. E tem muitas! Isso foi uma boa surpresa, porque, como foi a primeira vez, eu achava que a única parada seria no mirante, a 1.421 metros de altitude. No caminho, há recuos na própria rodovia, dos dois lados, tanto para quem sobe como para quem desce a serra. Próximo ao topo, você encontra o Monumento aos Tropeiros, uma escultura de pedra em homenagem a um dos símbolos da região Sul, a 1.250 metros, com direito a uma pequena cascata ali na frente, bem pertinho, e uma plataforma de metal, um pouco mais acima. Não paramos nesse “deck”, porque os recuos ficavam do lado de quem descia a serra e já estava com dois carros ali.

081_Viagem à Serra do Rio do Rastro (Natália Cagnani)

Logo depois, fomos contemplados pelo famoso mirante da Serra do Rio do Rastro, de onde é possível ter uma vista panorâmica de boa parte do percurso no meio das montanhas. E, diga-se de passagem, a vista é incrível de todos os ângulos.

Em dias de céu azul, dizem que dá para avistar algumas cidades do litoral, como Laguna e Tubarão. Muita gente também consegue ver quatis por ali. Nós não vimos, talvez pelo vento incrivelmente forte que soprava no dia. Parecia que um tornado estava passando pela região. O maior desafio era ficar parado, fora do carro, porque a força do vento nos empurrava. Nem o carro ficou ileso, balançando levemente de um lado para o outro. No próximo post, eu vou contar um pouco mais sobre as cidades que visitamos: Bom Jardim da Serra, São Joaquim e Urubici.

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