O reflexo da influência dos imigrantes, principalmente europeus, pode ser visto em muitas cidades brasileiras através dos costumes, da arquitetura, das comidas típicas e das tradições. Em algumas, parece até que um pedacinho do país foi transportado para elas, como em Curitiba, que viu o bairro Santa Felicidade se tornar um dos mais visitados por viajantes nacionais e internacionais que querem vivenciar uma experiência tipicamente italiana sem sair do país.
E qual é o forte da cultura italiana? Comida boa, claro. É uma das coisas que eu mais gosto. Eu gosto de tudo, na verdade. Sou até suspeita a falar, né? Afinal, é da Itália que vêm as minhas raízes, mas o bairro Santa Felicidade é reconhecido por sua gastronomia devido à alta concentração de restaurantes e cantinas típicas italianas, além de lojas de artesanato e vinícolas. Que tal um pouco de história antes de seguir adiante?
O distrito, formado por 16 bairros, recebeu este nome em homenagem a Dona Felicidade Borges, que teria doado parte de suas terras aos imigrantes italianos recém-chegados, principalmente de Vêneto e Trento, no fim do século XIX. A entrada tem um portal de boas-vindas com o nome do bairro e o ponto forte da região é a produção de vinhos, queijos e hortigranjeiros.
Dá para chegar lá utilizando o eficiente transporte público de Curitiba ou a própria Linha Turismo, que foi a minha escolha. Aliás, Santa Felicidade foi a nossa terceira parada. Apesar do acesso fácil, o bairro é afastado da área central. Por isso, por mais que quisesse passar o maior tempo possível por lá, minha visita foi relativamente rápida. Nem consegui provar a comida em uma das cantinas ou no tradicional Restaurante Madalosso, famoso pelo seu rodízio de comida típica italiana. Tem duas unidades, uma com arquitetura que lembra algumas casas na Europa (bem cara de cantina italiana) e outra mais moderna e imponente, com capacidade de 4,5 mil lugares. Vai ficar para uma próxima viagem, com certeza. 😉
Depois de uma caminhada pela rua que concentra a área gastronômica, chegamos a um dos lugares que eu mais gostei por lá: a Adega Durigan. É uma loja enorme com vinhos, espumantes, queijos, azeitonas e muitos outros produtos de dar água na boca só de olhar. E é bem fácil de achar! Tem um barril bem grande na entrada, com uma fonte e algumas estátuas. O mais legal é o que eu vou contar agora. Você pode degustar muitas coisas lá dentro, desde queijos e aperitivos até vinhos. Imagina se não gostei! 🙂
Hasta La Tour 