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Review: Hotel Jägerhof em Zermatt

Onde ficar em Zermatt? A cidade é bem compacta, no meio dos alpes, a melhor pedida para descansar depois de uma maratona intensa de viagens de trem e avião pela Europa. É um pequeno paraíso no meio da neve. Para otimizar esse clima de aconchego, eu queria ficar em um hotel com ares de montanha, sabe? A ideia era realmente relaxar e fechar o roteiro do meu primeiro mochilão pela Europa com chave de ouro.

47_Hotel Jägerhof de Milano (Natália Cagnani)

Os preços são bem salgados, talvez até pela temporada. Outono/inverno deve atrair mais esquiadores do que em outras épocas do ano. E não são somente os hotéis, tudo por lá estava bem caro. Roupas, souvenirs, restaurantes. Mas era o último destino de uma viagem dos sonhos. Eu me dei de presente um quarto com ares de montanha e vista para o Matterhorn. Afinal, foi tanto planejamento para chegar até lá, dois anos de estudos intensos, então por que não investir em algo para ficar marcado na memória? Foi bem isso! A escolha do Hotel Jägerhof foi meu presente de final de viagem.

O hotel é super bem localizado e hospitaleiro, com direito a shuttle gratuito da estação de trem ao hotel e vice e versa no carrinho elétrico, já que carros são proibidos por lá. Vocês não fazem ideia da paz e da tranquilidade durante as noites na hora de dormir. É um silêncio total. O que pode ser mais relaxante do que isso? Só um quarto grande, aconchegante, confortável, com ares de montanha e uma varanda com vista para a montanha que dizem ter inspirado as embalagens do Toblerone. Como eu passei o budget, abri mão de hotel com spa para me aquecer depois de passear pelas montanhas. Hospedagens assim eram muito mais caras e nem todas teriam a vista para o Matterhorn.

Acordar com aquela montanha foi fenomenal, ainda mais pela chance de poder acompanhar o amanhecer deixando o pico do Matterhorn avermelhado. É uma vista que todos os turistas buscam, só que eu tinha ela bem ali da minha varanda. Valeu cada centavo. Nas duas noites que passei lá, acordei bem cedo e fiquei pelo menos 1h admirando as luzes das janelas começando a acender, os primeiros sons dos esquiadores madrugando para esquiar e o pico do Matterhorn avermelhando aos poucos. Passei muito frio, com a câmera nas mãos para registrar tudo, mas também valeu cada minuto.

O atendimento do hotel também é muito bom, com um bom nível de inglês. E o mais legal foi descobrir no final da viagem, no caminho de volta para a estação de trem, que o motorista do shutlle era português. Depois de Amsterdam, só voltei a conversar em português em Zermatt. Foi uma surpresa! O café da manhã, no entanto, tinha pouca variedade, deixou a desejar para mim, mas tinha máquina de café para servir à vontade.


Em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a maior nota, eu daria 4 para o hotel. A localização era mais afastada em relação a outros hotéis, mas ainda assim era muito fácil andar por lá, porque a cidade é bem pequena. O quarto era espaçoso, confortável e aconchegante, com varanda e vista para o Matterhorn. Apesar da vista, achei o preço um pouco alto demais para o que recebi. O café da manhã tinha poucas opções. Não tinha bolo, e eu realmente adoro bolos. Ah! Sem contar a taxa municipal. Eu acabei não trocando euros por francos suíços, então tive que pagar tudo com euros. O troco é sempre em francos suíços, independente da diferença de cotação. E a cotação do euro é superior à do franco suíço, então saí perdendo, mas como foi só um dia e meio na cidade achei que não valia a pena fazer a conversão. Recomendo o hotel pela hospitalidade, mas talvez em uma próxima visita eu sonde outras opções mais acessíveis, principalmente depois de já ter tido o gostinho de acordar com o Matterhorn.

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