Onde ficar em Venezia? Ah! Venezia! A cidade é tão linda, tão única, que o turismo já chegou em um nível de saturar o lugar, além de aumentar o valor dos aluguéis e de muitas outras coisas para os habitantes que moram por lá. Eu recomendo muito uma visita pelos belos canais venezianos e pelas lindas ruelas que interligam a cidade, mas de maneira consciente para que todos tenham a chance de conhecer e aproveitar.
Como eu não tinha uma noção real da dimensão dessas ruelas, fiquei preocupada do quão claustrofóbicas elas poderiam ser para mim. Então o primeiro critério para a escolha da hospedagem era que o hotel ficasse em uma rua aberta, com espaço para andar e ver além do horizonte. Vocês não fazem ideia do quanto eu caminhei para chegar até o hotel escolhido. Foram milhas e milhas percorridas no Google Street View até chegar no Hotel Rialto, bem em frente a um dos mais famosos pontos turísticos de Venezia: a Ponte Rialto.
A localização também foi crucial, já que eu só teria um dia para explorar a cidade. Muita gente prefere ficar nas imediações por questão de preço. Um dos bairros preferidos é o Mestre, na parte continental. Para mim, pesou o custo-benefício. Optei por investir um pouco mais na hospedagem e, assim, economizei tempo e transporte. Afinal, o Vaporetto, que é o transporte público de Venezia, custa €7,50.
O Hotel Rialto fica bem no miolo central de Venezia, melhor lugar não poderia haver. O valor mais alto foi compensado por estar perto de tudo e não depender do transporte público, que não é assim tão barato. O único ponto negativo é que a cidade estava cheia. Outono/inverno não é a estação preferida dos turistas, porque é época de cheias. Isso não afastou o turismo, deixando os hotéis lotados, inclusive o meu. Não consegui fazer o check-in antecipado quando cheguei, mas pude deixar minhas malas no depósito de bagagens. Ah! Este foi um dos quesitos que procurei também em todos os hotéis, a opção de deixar as bagagens quando necessário sem custo adicional.
Dei uma volta pelos principais pontos, provei uma focaccia pelo caminho e, quando retornei para completar o check-in, o recepcionista, um senhor muito simpático, lembrou do meu nome só de olhar para mim, sem pedir documentos. E minhas malas foram carregadas por um dos atendentes até o meu quarto. O ambiente não é tão grande, e o banheiro fica bem na entrada. Para chegar até a cama, você precisa passar por um longo corredor dentro do próprio quarto. É bem separado. A decoração é como a de Paris, toda temática, no melhor estilo veneziano. Uma graça! Pena que não tinha vista para nada, mas aí seria pedir demais, né? Eu já estava no melhor miolo da cidade.
O café da manhã, incluso na diária, era servido no térreo, ao lado da recepção. O ambiente também tinha decoração veneziana. Tudo muito bonito. Uma pena que não consegui aproveitar tanto, já que eu precisava pegar o Vaporetto cedo para ir até a estação de trem e embarcar para Milano.
Em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a maior nota, eu daria 5 para o hotel. A localização não poderia ser melhor, de frente para um dos principais pontos turísticos. O quarto não é muito grande, pelo menos onde eu fiquei, mas a decoração veneziana deixava tudo mais aconchegante. A recepção é muito atenciosa e observadora, sem contar a infraestrutura ao redor com bares e restaurantes próximos à Piazza San Marco, a mais ou menos 6 minutos a pé dali, e supermercados a alguns passos do hotel. Recomendo o hotel pela localização e pela estrutura ao redor, mas o valor poderia ser um pouco mais atrativo. Eu voltaria a me hospedar por lá em uma nova visita.
Hasta La Tour 