Viagens

Faça chuva ou faça sol, Paris é sempre uma boa ideia

Acordar em Paris é tão bom! Melhor ainda no hotel onde me hospedei, porque, além de bem localizado e com decoração parisiense, meu quarto tinha uma varanda com flores. Se não estivesse tão frio, seria uma boa pedida para um café da manhã. O segundo dia em Paris era também o meu último, então eu tinha que aproveitar ao máximo. Arrumei a mala e deixei no hotel para buscar apenas na hora de ir para o aeroporto, onde eu embarcaria para o destino dos meus sonhos: Itália.

Meu primeiro compromisso do dia ficava a poucos metros dali. Quando saí para conhecer a Catedral de Notre Dame, de longe já avistei a fila só para entrar e visitar a parte interna. Este era só começo! Ainda tinha mais uma fila para subir os 382 degraus e ver a cidade sob outra perspectiva. Não só isso. Também pude conferir de perto os detalhes da arquitetura gótica da catedral. Eu conto mais aqui, vem comigo!

Foi uma manhã inteira e mais um pouco de visita. Valeu super a pena! Eu ainda tinha duas reservas para usar. A primeira delas foi o próximo passo do meu roteiro. Quis ver de perto a Ópera Garnier por dentro, os detalhes da arquitetura interna, as estátuas que compõem a decoração, a iluminação e o suntuoso palco onde os espetáculos acontecem. Dizem que essa ópera inspirou o clássico “Fantasma da Ópera”. Depois de me inspirar com tanta arte, fui para uma das principais atrações parisienses: a Torre Eiffel.

Peguei o metrô até a estação École Militaire e caminhei até chegar no Parc du Champ de Mars, com a torre pequenininha ao fundo. Neste momento, a chuva deu uma breve trégua. A paisagem era uma mescla de um dia pós-chuva, com cara de outono. Muitas folhas secas e árvores quase sem folhas nos galhos. O verde tinha dado lugar ao marrom, com algumas poças de água pelo caminho. A cada passo, a torre ficava mais perto e maior.

Não subi até o topo, optei por apenas observar de pertinho, da base mesmo. Até porque quando cheguei mais perto a chuva voltou a piorar. Fiquei lá por um tempo, admirando. Dei uma volta pelas ruas ao redor até chegar no metrô novamente para minha última reserva e também o último ponto turístico de Paris.

A Torre Mountparnasse, para mim, é como o Top of the Rock, em New York. Geralmente, não está no roteiro dos viajantes e não costuma ter fila para subir. Quando estive nos Estados Unidos há quatro anos, escolhi seguir o que estava no mainstream, que era subir no Empire State. Quem não tem essa vontade quando está lá? Então, em Paris, fiz o caminho contrário e deixei a Torre Eiffel para uma próxima visita.

Escolhi subir no Mountparnasse. A vista lá de cima é incrível (56º andar), principalmente porque a Torre Eiffel faz parte de toda a contemplação. É possível avistá-la de longe, além da visão 360° da cidade. Assim como a maior parte dos monumentos, existe um vidro que cerca todo o terraço panorâmico. Isso pode variar de lugar para lugar. Pode ser vidro ou uma cerca de arame. Só que no Mountparnasse, essa proteção de vidro não é contínua. Conforme você anda por lá, há brechas para tirar fotos sem reflexo. Imagina se não aproveitei!

O único ponto “negativo” é que cheguei quando já estava escurecendo. Vista noturna sempre é válida, mas não é a mesma coisa que observar durante o dia. Independente da hora e do dia chuvoso, recomendo. Quando fui não tinha filas e pouca gente estava no topo. Dá para aproveitar bem, sem disputa de espaço para tirar as melhores fotos.

Que visita intensa em Paris! A programação tinha chegado ao fim, embora eu ainda quisesse ter visitado o Jardim de Luxemburgo. Acabei deixando de fora da lista, porque já era noite e jardins são mais contemplativos em outras estações do ano. Faltou também uma visita ao Palácio de Versalhes e, claro, a Disney francesa para quem tem mais tempo no país. Depois de subir a Torre Mountparnasse, provei um crepe francês, passei no hotel para pegar mala e mochila e já fui para o metrô. Próxima parada: aeroporto Orly.

A forma mais fácil e econômica de chegar ao segundo maior aeroporto parisiense é através da junção de dois transportes. Peguei o metrô na estação Chatêlet até Denfert-Rochereau, onde esperei pela linha de trens RER B. Para chegar ao aeroporto Orly, minha linha ia em direção a Saint-Rémy-lés-Chevreuse, passando por Antony, onde passa o Orlyval até o terminal onde sairia o meu voo para Roma. Tem outra linha de trem que passa por ali, indo em direção a Robinson, não é essa. É uma longa viagem, em torno de 40 minutos e com custo de €12,50, mas super tranquilo. Bye, bye Paris!

Deixe um comentário