Ainda estava escuro e com sinais de chuva quando subi para tomar o café da manhã antes de seguir para a estação de trem. Se estivesse claro, eu poderia desfrutar de uma linda vista para o Grand Place. Dava para ver uma silhueta, bem de leve pela janela, marcada por gotinhas de chuva que caíram durante a noite. Fica para uma próxima visita! Era hora de partir para um dos destinos mais românticos do meu roteiro: Paris. Ah! Paris! No caminho, a paisagem já começava a mudar. O resquício de neve em alguns campos começava a dar lugar para o verde. A chuva, mais amena, abria espaço para as nuvens.
O tempo ainda estava encoberto, daquele jeito bom de ficar em casa vendo filmes e séries, mas eu estava em Paris. O que eu menos queria era ficar em algum lugar que não fosse explorar a cidade. E foi assim que cheguei em Paris Gare du Nord no dia 15 de dezembro. A estação de trem é muito bonita, toda decorada com luzes de Natal, ampla e bem iluminada. Paris é a cidade da luz afinal.

Minha hospedagem ficava bem perto do Museu do Louvre, no 1º arrondissement, um dos bairros mais antigos de Paris. Pela logística de tudo que eu gostaria de visitar, era a melhor localização. Para chegar até lá, peguei o metrô integrado à estação de trem. Tudo é muito bem sinalizado, fácil de achar e de se virar. A parada final seria a estação Châtelet, mas a linha de metrô que peguei não estava passando por lá. Então desci uma estação depois, a Cité. Foi a melhor coisa que aconteceu, porque é perto dali que fica a imponente Catedral de Notre Dame e uma das vistas mais lindas da cidade, com pontes, o Rio Sena e a Torre Eiffel ao fundo. A imagem foi perfeita como primeira impressão de Paris. Nunca vou esquecer a sensação de chegar, sem saber bem para onde ir ainda, olhando mapas, e me deparar com o Rio Sena, suas pontes e a torre. Parecia uma pintura! Foi quando me lembrei das imagens na TV e também em blogs de viagem e me senti verdadeiramente na Europa.
Paris era o roteiro mais intenso de toda a viagem, com o maior número de tickets antecipados para atrações turísticas. Muitas delas para ver e, basicamente, 1 dia e meio. Só que diferente de Amsterdam e Bruxelles, fazer tudo a pé estava fora de cogitação. Os pontos turísticos não são tão próximos e, com dias mais curtos, parece que o tempo passa mais rápido. Se você tiver mais tempo por lá, faça o máximo possível a pé para sentir a cidade.

Minha primeira parada foi o Museu do Louvre, 15 minutos de caminhada do hotel. É imenso! A arquitetura chama a atenção de longe com tamanha beleza. Uma das passagens do prédio leva até as famosas pirâmides de vidro, onde todo mundo gosta de tirar fotos, principalmente com aquele efeito de perspectiva. Tem até uns pedestais de concreto por ali para ajudar. Não entrei por questão de tempo mesmo, porque eu sou daquelas pessoas que passa horas e mais horas dentro de um museu.
De lá, antes de seguir para o próximo destino, passei pelo escritório de turismo de Paris para pegar os ingressos, que reservei com antecedência, para a Catedral de Notre Dame, a Ópera Garnier e a Torre Mountparnasse. Voltei para o Museu do Louvre e segui em direção à roda gigante, que sempre é instalada na época de Natal, no Place de la Concorde ao lado de um obelisco, passando pelo Jardin des Tuileries. A paisagem no outono/inverno é bem diferente. Com pouco verde ao redor, poças de água no caminho pela chuva isolada que caiu ao longo do dia e o céu ainda encoberto. Passei por diversas esculturas e muitos pássaros – gaivotas, corvos e pombas. A roda gigante fica bem na frente de uma das mais famosas e também mais caras avenidas do mundo: Av. des Champs-Élysées. É uma longa e deliciosa caminhada até o Arc de Triomphe.
Fiz uma paradinha na loja da Disney e não me contive. Há tempos eu estava namorando os bichinhos do filme “A Dama e o Vagabundo”, desde que voltei dos Estados Unidos. Isso já tem 4 anos! Marcou a minha infância, assim como outros desenhos, mas esse é o meu preferido. Então saí de lá feliz da vida com a Dama e do Vagabundo (esses dois aí da foto). E levei a dupla comigo para subir o Arc de Triomphe.
O hotel já não estava mais tão perto para voltar. A vista é muito legal, porque dá para ver um dos principais pontos turísticos da cidade: a Torre Eiffel. Quando eu estava lá em cima, começou a chover mais forte. E o dia já estava começando a escurecer. Tentei pegar o metrô para ir na Ópera Garnier e aproveitar o final do dia, mas cheguei 15 minutos depois de fechar. No outono/inverno, tudo fecha mais cedo. É bom lembrar disso na hora de viajar!
Já que eu estava por lá, aproveitei para conhecer a Galeria Lafayette do Boulevard Hassmann, um dos shoppings mais famosos do mundo. Tem muita marca conhecida por lá, com grifes bem caras. Como olhar não custa nada, fiz uma rápida visita. Enquanto isso, a chuva não parou e ficou cada vez mais forte. E a esta altura já estava escuro. Pensei em voltar para o hotel, mas o Moulin Rouge estava a poucos minutos dali e eu não teria tempo de voltar no dia seguinte. Era tudo ou nada!
Ah! Comprei um casaco na Uniqlo, da Bélgica, desses para usar até nas montanhas. Bem quentinho e resistente à água. Foi perfeito para o clima chuvoso em Paris! Coloquei o capuz e caminhei debaixo de chuva até o Moulin Rouge. Parei em um restaurante para me proteger da chuva enquanto tirava algumas fotos do famoso moinho. Não entrei lá. Queria ter ido também na Basílica de Sacré Couer, que fica a poucos minutos de onde eu estava, mas com a chuva intensa e o dia já escuro, achei melhor deixar para uma próxima. Dizem que tem uma vista linda de lá! Peguei o metrô de volta para o hotel e assim encerrei as atividades no meu primeiro dia em Paris.