Onde ficar em Amsterdam? Hospedagem é sempre um tempo a mais de pesquisa na hora de criar um roteiro, não é mesmo? A escolha vai depender muito dos seus objetivos de viagem. Para a minha primeira aventura pela Europa, priorizei praticidade e conforto. Queria estar perto de tudo em Amsterdam para ganhar tempo, já que os dias são mais curtos no outono/inverno, além de poder contar com um pouco de conforto e privacidade depois de um longo dia de caminhada.

Para abrir o roteiro, na Holanda, optei pelo sistema ‘bed and breakfast’. São acomodações relativamente mais simples, mais acessíveis, e que costumam servir café da manhã, como o próprio nome diz. Não foi o meu caso. Dispensei a reserva com café da manhã para ter maior liberdade na hora de ir para o meu próximo destino. Seguindo a premissa de priorizar a localização geográfica e depois de ler muitos reviews no Booking, minha escolha foi o Bridge Inn.
O Bridge Inn fica a 15 minutos de caminhada de Amsterdam Centraal e um pouco mais distante das atrações turísticas, mas como a própria cidade é uma atração turística à parte isso não seria um problema. O B&B fica próximo ao Rio Amstel, no centro de Amsterdam. Perto do bairro Joordan, que leva ao Museu do Queijo e à Casa de Anne Frank. Para chegar ao complexo de museus, a caminhada é um pouco maior, cerca de 40 minutos a pé. Em um dia pós-nevasca, o deslocamento pode ficar um pouco complicado, já que o gelo começa a derreter pelas ruas e calçadas, deixando o chão mais liso e suscetível a escorregões.
Não tem recepção. Um dia antes do check-in, o proprietário do B&B envia os códigos da porta principal e da porta do seu quarto. Senti falta de ser recepcionada por alguém, ainda mais por ter sido a primeira parada do meu mochilão, mas achei tudo bem prático. Se quiser incluir o café da manhã na diária é €8 a mais por dia, servido em uma lanchonete embaixo do B&B, com vista para o canal.
A área central me pareceu bastante residencial, dando aquele gostinho do estilo de vida da cidade, do estilo de vida local. Tem mercado próximo, inclusive de uma das redes mais famosas por lá, o Albert Heijn. O prédio segue a arquitetura típica holandesa, com escadas estreitas, bem estreitas (não indicado para bagagens grandes e pesadas), e grandes janelões nos quartos. O meu era bem amplo e tinha vista para um dos canais de Amsterdam. Muito lindo acordar com uma paisagem assim.
O quarto é amplo, limpo e tem até um kit com chaleira e pacotinhos de chá e café para quem quer se esquentar depois de passar o dia inteiro andando. A calefação não responde tão bem durante a noite. Cheguei a passar frio, mas pode ser por falta de prática minha. Vai saber! O que mais me incomodou nas duas noites que fiquei lá foi o barulho dos hóspedes de outros quartos. Era o tempo todo e não tinha hora para acabar. Eu ficava ali escutando até altas horas da noite, enquanto tentava me concentrar para dormir. Além disso, tinha uma espécie de salinha conjugada ao meu quarto. Eu não tinha acesso a ela, mas a luz ficava quase sempre acesa à noite. Mesmo eu apagando as luzes do meu quarto e fechando as cortinas, o ambiente ainda ficava iluminado.
Em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a maior nota, eu daria 3 para o hotel. A vista para os canais é linda, o quarto é espaçoso e limpo, mas o barulho dos hóspedes e aquela luz acesa continuamente acabaram atrapalhando a experiência. Talvez eu não tenha dado sorte nas datas que escolhi, mas se houver uma próxima vez em Amsterdam, quero escolher um hotel um pouco mais próximo das atrações principais e um pouco mais distante da estação, talvez perto do Vondelpark.