Viagens

Amsterdam, quando as flores dão lugar à neve

Flocos de neve caindo sem parar. Barcos, bicicletas, os telhados das casas, os galhos das árvores, toda a paisagem tomada pelo branquinho da neve que começava a se acumular nas ruas. Em um primeiro olhar, o pensamento já leva a cidades dos Estados Unidos ou até mesmo para países nórdicos como Noruega, Suécia, Finlândia, mas o cenário retrata Amsterdam (Holanda) no dia 11 de dezembro de 2017, em pleno outono. Foi assim que encontrei a cidade quando desembarquei em Amsterdam Centraal depois de pouco mais de 7h de viagem, partindo de Mannheim (Alemanha), com duas conexões pelo caminho, uma mala na mão e uma mochila nas costas.

02_Viagem de trem pela Europa, Amsterdam, Holanda (Natália Cagnani)

As conexões costumam ser bem rápidas, às vezes passam como um flash. Em um piscar de olhos, você precisa trocar de plataforma. Por isso, sempre é bom levar pouca bagagem e já ficar perto da porta pouco antes de chegar. No geral, é tranquilo, mas quando o trem atrasa, a logística fica por um fio. Isso aconteceu comigo. Eu acabei perdendo o último trem, que sairia de Arnhem até o meu destino final. O próximo trem para Amsterdam saía em mais ou menos 30 minutos, mas foram longos 30 minutos. Tive essa sensação, porque a estação não era totalmente coberta. E o frio estava intenso. De congelar. Com incessantes floquinhos de neve. Não via a hora de entrar no trem para me aquecer.

Deixando os imprevistos de lado, cheguei em Amsterdam 1h depois do planejado. Era quase 16h, o que significava que logo mais iria escurecer, já que era outono. Eu não teria muito tempo para explorar a cidade no dia da chegada e depois só teria mais um dia cheio para conhecer o máximo. Saí da estação e me deparei com uma paisagem linda, toda branquinha e muito frio, muito frio.

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Como minha hospedagem ficava a 15 minutos de caminhada da estação, escolhi ir a pé. Até porque o caminho até lá já seria uma atração à parte, mesmo com bagagem e neve caindo sem parar. O passeio rendeu muitas fotos e camadas de gelo em toda a mochila, a mala e até no meu cabelo. Fiquei com o cabelo todo branquinho. Não tirei foto, porque estava congelando. Depois de bater um pouco da neve na rua antes de entrar no quarto, registrei os momentos finais da camada de gelo na imagem abaixo.

24_Viagem de trem pela Europa, Amsterdam, Holanda (Natália Cagnani)

Em outro post, eu posso falar melhor sobre o lugar em que me hospedei, localização e tudo mais. Então depois de deixar as coisas por lá, peguei uma sombrinha para me proteger da neve e fui até o ADAM’Lookout para ter uma visão da cidade. Era quase 18h, estava bem escuro já, mas eu tinha comprado ingresso antecipado para o dia da minha chegada em Amsterdam. De lá, passei pelo EYE Filmmuseum para tirar uma foto do lado de fora mesmo. A arquitetura de perto era incrível e acho que vale uma visita para quem vai com mais tempo. Eu não pude estender minha passagem por ali, pois já estava quase na hora da próxima atração, também com reserva antecipada: um passeio de barco pelos canais de Amsterdam para ver de perto o famoso Festival das Luzes.

Não vou colocar imagens aqui do passeio, porque confesso que fotos noturnas não são o meu forte, embora eu goste muito de fotografar em qualquer hora do dia. Ainda vou fazer um curso para poder me orgulhar dos meus cliques pela noite. Me aguardem! 😉

Encerrei meu “primeiro dia” com uma volta pelo famoso Red Light District, mas não fiquei muito tempo por lá. É um visual bem diferente, uma vibe bem diferente. Pensei que fosse apenas uma quadra ou algo assim, mas é um bairro extenso até, marcado por luzes vermelhas e muitas vitrines com as moças expostas. Não me identifiquei com aquele universo todo e não me demorei muito na área. De lá passei pelo Albert Heijn, um mercado tradicional na Holanda, que pode ser encontrado em vários pontos de Amsterdam e é bastante frequentado pelos locais.

O dia terminou por volta das 22h, quando cheguei no hotel. O próximo passeio seria pelo mundo dos sonhos. Afinal, para acordar cedo e aproveitar ao máximo dias reduzidos pela estação do ano, nada melhor do que uma boa noite de sono. Este “primeiro dia” era só o começo da viagem…

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